Álvaro da Silva Pinheiro Chagas
Álvaro da Silva Pinheiro Chagas, mais conhecido como Álvaro Pinheiro Chagas, (1872–1935), foi um jornalista português.[1]
Álvaro da Silva Pinheiro Chagas | |
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Outros nomes | Álvaro Pinheiro Chagas |
Nascimento | 19 de maio de 1872 Santa Isabel, Lisboa |
Morte | 27 de janeiro de 1935 (62 anos) Estoril, Cascais |
Nacionalidade | portuguesa |
Progenitores | Mãe: Maria da Piedade da Maternidade da Silva Pai: Manuel Pinheiro Chagas |
Cônjuge | Maria Teresa Pressler |
Ocupação | Jornalista e deputado |
Foi deputado "franquista", eleito em 1906 pelo circulo de de João Franco.[2]
Biografia
editarDesde muito cedo se dedicou ao jornalismo, tendo sido redactor no Correio da Manhã, que era dirigido pelo seu pai.[1] Empregou-se posteriormente como redactor principal no Jornal da Noite, tendo substituído o director Fernando Martins de Carvalho quando este foi chamado para o governo do referido João Franco.[1] Também foi colaborador do jornal O Correio: Semanário Monárquico[3] (1912–1913).
Passou igualmente pela direcção do Diário Ilustrado, e também foi director do referido Correio da Manhã desde 1909 até à Proclamação da República.[1] Quando este jornal foi assaltado e expulso do país em 18 de Fevereiro de 1911 por determinação do Governador Civil de Lisboa, Eusébio Leão,[4] refugiou-se primeiro em Espanha, a seguir em França e depois no Brasil, aonde ficou durante algum tempo.[1]
Estando ainda na Galiza, em 1911, foi obrigado a abandonar Santiago de Compostela conjuntamente com Paiva Couceiro, de quem era braço direito, expulso pelo alcaide a mando do Governo de Madrid.[5]
Regressou, posteriormente, a Portugal, aonde desempenhou primeiro o cargo de secretário geral na Sociedade Estoril, tendo sido depois promovido a gerente daquela empresa.[1] Nos seus últimos anos de actividade, fez parte da Comissão de Pescarias e Tarifas, pertenceu ao conselho de administração da Companhia de Navegação Carregadores Açorianos, e dedicou-se à indústria do turismo.[1]
Em 1934, fez uma viagem de repouso a França, tendo, no regresso, ficado retido em Espanha durante a Revolução de 1934.[1]
Faleceu em 1935, na sua vivenda no Alto do Estoril, vitimado por uma angina de peito; contava com 62 anos de idade.[1]
Era filho do escritor Manuel Pinheiro Chagas, e foi casado com Maria Teresa Pressler Chagas, tendo sido pai de Maria da Graça Pressler Chagas, Assunção Pressler Chagas Tacanho, Manuel Pressler Pinheiro Chagas e Mário Pressler Pinheiro Chagas.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j «Os Nossos Mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1131). Lisboa. 1 de Fevereiro de 1935. p. 65-66. Consultado em 17 de Outubro de 2012 – via Hemeroteca Municipal de Lisboa
- ↑ As Incursões Monárquicas (1911-1912), por Carlos Branco Morais, revista do Centro de Estudos Regionais, Viana do Castelo, Janeiro de 2013, nota pág. 16
- ↑ Rita Correia (4 de agosto de 2015). «Ficha histórica: O correio : semanario monarchico (1912-1913)» (PDF). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 27 de junho de 2016
- ↑ As Incursões Monárquicas (1911-1912), por Carlos Branco Morais, revista do Centro de Estudos Regionais, Viana do Castelo, janeiro de 2013, nota pág. 16
- ↑ As Incursões Monárquicas (1911-1912), por Carlos Branco Morais, revista do Centro de Estudos Regionais, Viana do Castelo, Janeiro de 2013, pág. 16