12.ª Região Militar
A 12.ª Região Militar (12.ª RM) é uma das doze regiões militares do Exército Brasileiro, com jurisdição sobre os estados de Rondônia, Acre, Amazonas e Rondônia. Esta área corresponde à Amazônia Ocidental, território do Comando Militar da Amazônia, ao qual a 12.ª RM está subordinada. Ela tem encargos administrativos e logísticos, coordenando o transporte fluvial e aéreo de suprimentos de sua sede em Manaus aos distantes destacamentos de fronteira da região.
12ª Região Militar | |
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Brasão | |
País | Brasil |
Estado | Amazonas |
Corporação | Exército Brasileiro |
Subordinação | Comando Militar da Amazônia |
Denominação | Região Mendonça Furtado |
Sigla | 12ª RM |
Criação | 1948 |
História | |
Condecorações | Ordem do Mérito Militar[1] |
Comando | |
Comandante | Gen Div Flavio Alvarenga Filho[2] |
Sede | |
Sede | Manaus - Amazonas |
Página oficial | Página oficial |
Organização
editarAs origens da 12.ª RM estão no Destacamento de Elementos de Fronteira, criado em Manaus em 1948, com resposnabilidade por companhias e pelotões de fronteira cujo atendimento direto era difícil ao comando da 8.ª Região Militar, ao qual o Destacamento era subordinado. A 8.ª RM abrangia o Pará, Amazonas, Amapá, Rio Branco (atual Roraima), Acre e Guaporé (atual Rondônia). Em 1957 o Destacamento tornou-se o Grupamento de Elementos de Fronteira, comandado por um general de brigada. Com a transferência do Comando Militar da Amazônia (CMA) de Belém a Manaus, em 1969, as unidades federativas da Amazônia Ocidental (Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima) foram desmembradas da 8.ª RM e entregues à 12.ª RM, formada pela transformação do Grupamento de Elementos de Fronteira. Este comando regional permanece com jurisdição sobre os quatro estados e subordinação ao CMA.[3][4]
O comando regional está instalado no bairro da Ponta Negra, em Manaus, numa área de proteção ambiental. Suas instalações físicas compreendem o Corpo de Guarda, que serve de porta de entrada, dois pavilhões, a edificação da Escalão de Apoio de Assistencial e Seção de Inativos e Pensionistas, as instalações do Serviço de Aprovisionamento, almoxarifado e garagem da Companhia de Comando, quadras e um local para formaturas militares.[5]
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Missões
editarA vocação da 12.ª RM é coordenar o apoio logístico-administrativo ao Exército na Amazônia Ocidental. Através de suas organizações subordinadas, ela presta serviços relacionados à logística, mobilização, serviço militar, transporte administrativo, assistência social e controle de patrimônio às organizações do Exército na região e à sociedade local, além de construir instalações e fornecer armários de metal, peças sobressalentes para armamento, viaturas e equipamentos de emprego militar. Seus insumos são os cidadãos que prestam o serviço militar e materiais e equipamentos diversos. Através de licitações, empresas diversas prestam serviços à 12.ª RM ou são fornecedoras de materiais.[5]
A logística militar na Amazônia Ocidental é desafiadora, pois as guarnições estão isoladas e dispersas em grandes distâncias, dependendo de modais de transporte deficientes e suprimentos trazidos do centro-sul do país, pois os recursos locais são escassos. Os principais modais são o fluvial e aéreo.[7] Para suprir as organizações militares da região, e especialmente as de fronteira, a 12.ª RM contrata transportes civis, como aeronaves de pequeno porte, balsas e rebocadores; emprega meios do Exército, como o Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA), o 12.º Batalhão de Suprimentos, e, excepcionalmente, o 4.º Batalhão de Aviação do Exército; e coordena aviões de transporte da Força Aérea Brasileira (FAB) através do Plano de Apoio à Amazônia. As alterações nos equipamentos das embarcações, a baixa disponibilidade de horas de voo dos aviões da FAB e a reduzida navegabilidade de alguns dos rios em determinadas épocas do ano são fatores de fricção, resultando em atrasos na entrega dos suprimentos.[8]
Ligações externas
editarReferências
- ↑ BRASIL, Decreto de 10 de abril de 2001.
- ↑ «Comandante da 12ª RM». Visitado em 6 de maio de 2024
- ↑ «Histórico». 12ª Região Militar. Consultado em 20 de novembro de 2023
- ↑ a b Gomes, Marcos de Lima; Senhoras, Elói Martins (2021). Poder militar na Amazônia:Estudo de caso da 1ª Brigada de Infantaria de Selva. Boa Vista: Editora IOLE. p. 37-40.
- ↑ a b c Carvalho, Ana Cintia Souza Mendonça de (2017). Aplicação do pensamento lean nas tarefas administrativas em uma organização militar no Brasil (PDF) (Mestrado em Engenharia Industrial). Universidade do Minho. p. 32-37.
- ↑ «OMDS». 12ª Região Militar. Consultado em 20 de novembro de 2023
- ↑ Passos, Luís Henrique Santos (2013). «A logística de transportes na Amazônia Ocidental: desafios, limitações e importância para o desenvolvimento do Estado de Roraima». Revista de Administração de Roraima. 3 (2). p. 11-12.
- ↑ Ferreira, Luís Fernando Tavares; Franchi, Tássio (2020). «Os desafios às operações de logística na Amazônia: fricção no abastecimento de unidades de fronteira» (PDF). Revista Hoplos. 4 (6) v. 4, n. 6, p. 83-102, 2020