8.ª reunião de cúpula do G20
A Reunião de cúpula do G-20 em São Petersburgo (2013) realizou-se nos dias 5 e 6 de setembro de 2013 na cidade de São Petersburgo, Rússia.[1] Foi a segunda rodada de uma cimeira realizada em 18 e 19 de abril de 2013, na qual foi debatida a política protecionista e a desvalorização competitiva entre as futuras potências mundiais.[2]
Os debates, agendados para o desenvolvimento mundial, giraram em torno da Crise na Síria e, subsequentemente, sobre as denúncias de uso de armas químicas contra a população pelo presidente Bashar al-Assad. Em meio às considerações sobre o governo sírio, os Estados Unidos propuseram uma intervenção militar independente (sem a colaboração das Nações Unidas) na Síria, sendo que 11 países (entre eles, França e Reino Unido) concordaram e a Federação Russa, anfitriã da cimeira, propôs argumentos mais apurados para esboço de qualquer iniciativa.[3]
O Brasil ressaltou as recentes denúncias sobre o extenso programa de espionagem norte-americano. Em resposta, o presidente Barack Obama declarou estar apurando com seriedade as denúncias, assinalando ainda que "entende a preocupação do governo brasileiro".[4][5]
Síria
editarA reunião de cúpula foi dominada pelas questões envolvendo a Guerra Civil Síria e um potencial reação internacional aos ataques químicos de Ghouta. Na prática, a reunião foi decorrente da falha dos Estados Unidos em obter uma resolução das Nações Unidas para iniciar operações militares contra o governo al-Assad, devido principalmente à oposição dos governos chinês e russo. A Câmara dos Comuns do Reino Unido votou contra uma moção sobre a cooperação britânica nas eventuais operações militares, o que gerou debates por parte dos políticos estadunidenses.[6] No entanto, 11 país assinaram um documento "condenando o governo al-Assad por ataques químicos" e conclamando para uma "forte reação internacional".[3][7]
Participantes
editarAo todo, 21 líderes tomaram parte na Reunião do G-20 e, com exceção da Austrália, todos os países foram representados por seus chefes de Estado ou de governo. O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, esteve ausente pela segunda vez na Reunião do G-20 (devido às eleições federais australianas); a primeira vez foi em 2010.[8] Dos 21 líderes, 4 eram mulheres: Dilma Rousseff, Cristina Kirchner, Angela Merkel e Park Geun-hye.
Convidados
editar-
Singapura
Lee Hsien Loong, Primeiro-ministro, Presidente do Fundo Monetário Internacional e do Grupo de Governança Global em 2013
Referências
- ↑ «Leader's Summit 2013». G20.org. Consultado em 5 de setembro de 2013. Arquivado do original em 21 de março de 2013
- ↑ «G20 steps back from currency brink, heat off Japan». Reuters. 16 de fevereiro de 2013. Consultado em 7 de setembro de 2013
- ↑ a b «Declaração de 11 países ressalta divisão do G20 sobre Síria». BBC online. Consultado em 7 de setembro de 2013
- ↑ «Dilma e Obama ficam lado a lado durante abertura». Agência Brasil. 5 de setembro de 2013. Consultado em 7 de setembro de 2013
- ↑ «Obama diz entender preocupações do Brasil sobre espionagem». O Povo. Consultado em 7 de setembro de 2013
- ↑ «Syria crisis: Cameron loses Commons vote on Syria action». BBC News. 30 de agosto de 2013. Consultado em 26 de outubro de 2014
- ↑ Kendall, Bridget (7 de setembro de 2013). «Syria crisis: No clear winner in Russia-US G20 duel». BBC News. Consultado em 26 de outubro de 2014
- ↑ «Rudd critcised for missing G20». Business Spectator. 5 de setembro de 2013. Consultado em 26 de outubro de 2014
Ligações externas
editar- «Sítio oficial» (em russo)