Aíla

Cantora, compositora, curadora e empresária brasileira

Aíla de Nazaré Campos Magalhães da Costa[1] (Belém, 11 de novembro de 1988) é uma cantora, compositora, curadora e empresária brasileira.[2] Nascida no bairro da Terra Firme, no município de Belém (Pará).

Aíla
Nascimento 11 de novembro de 1988 (36 anos)
Belém, Pará
Nacionalidade brasileira
Alma mater Universidade Federal do Pará
Ocupação Cantora
Carreira musical
Período musical 2008 - Presente
Gênero(s)
Instrumento(s)
Gravadora(s) Independente
Website www.ailamusic.com

Biografia

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Aíla nasceu no bairro da Terra Firme, na periferia de Belém, e iniciou sua carreira como cantora na Paróquia São José de Queluz, onde participava da banda oficial da Igreja. Já chamava a atenção pela simpatia e timbre peculiar.

Na infância, estudou Musicalização e Teoria Musical na Escola de Música da UFPA,[3] também influenciada pelo avô, Alexandre Magalhães, compositor e multi-instrumentista, residente no município paraense de Conceição do Araguaia.[4] Na adolescência, venceu festivais escolares interpretando composições próprias.[3][4]

Aíla formou-se em Secretariado Trilíngue na Universidade do Estado do Pará almejando a diplomacia.[5] A paixão pela música falou mais alto, e durante a formação acadêmica já lançou-se profissionalmente como cantora, cantando em bares e restaurantes pela noite de Belém.[4]

Carreira

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Em 2008, a jovem iniciou sua carreira musical,[3] tornando-se uma das representantes da nova música produzida no estado brasileiro do Pará,[6][7] e circulou por vários Festivais competitivos pela Região Norte, onde conquistou prêmios de "Melhor Intérprete" e se destacou no cenário amazônico.

Em 2012, lançou o primeiro trabalho, o álbum denominado "Trelêlê",[8][9] o nome faz uma referência ao tremor que o jambú causa na boca das pessoas. O disco teve produção musical de Felipe Cordeiro,[6] e uma ótima repercussão nacional, misturando o tradicionalismo regional com a modernidade,[10] além de ter os videoclipes de estreia exibidos em canais como Multishow e MTV Brasil. Este contou com a participação das cantoras Dona Onete e Gaby Amarantos.[11]

Em sua primeira Turnê, Aíla circulou por diversos festivais brasileiros, como Quebramar (AP), Conexão (PA), Contato (SP), Feira da Música (CE), SIM São Paulo e Levada Oi Futuro (RJ),[4][7][12] que destaca os novos nomes da música brasileira.

Em 2013, foi artista convidada do Prêmio da Música Brasileira, e dividiu o palco com grandes ícones da música nacional, como João Bosco, Zélia Duncan e Adriana Calcanhotto.

Em 2016, lançou o segundo álbum da carreira, denominado “Em Cada Verso Um Contra Ataque”,[9] via edital Natura Musical, com produção de Lucas Santtana, com estilo pop e temática "artivista", o disco aborda temas como questões de gênero, racismo e assédio sexual.[9][11] Com dois discos lançados, e mais de 1 milhão de plays nas plataformas de streaming, a turnê deste segundo trabalho circulou grandes palcos pelo Brasil, como Coala Festival,[13]Circo Voador e Teatro Oficina. Este album rendeu indicações a prêmios importantes também, como melhor videoclipe da música “Lesbigay” no WME Awards.

Paralelo a sua carreira na música, Aíla é idealizadora e curadora de Festivais pioneiros na Região Norte do país, como o Festival MANA,[14] que nasceu em 2017 e debate o protagonismo das mulheres no mercado da música. Estes projetos especiais e toda a gestão da sua carreira é feita pela 11:11 ARTE, sua própria empresa, uma produtora em parceria com a artista visual Roberta Carvalho.

Assim que a pandemia chegou, Aíla imergiu no universo das lives e foi convidada para participar do Dia Nacional da Visibilidade Lésbica promovida pelo Museu da Diversidade Sexual com uma live show no projeto #CulturaEmCasa.[15] Neste mesmo ano, participou de lives para o projeto Casa Natura Musical.[16] E também esteve presente em uma importante publicação para a Revista Vogue, publicação especializada em moda e comportamento, juntamente com as cantoras Keila Gentil e Luísa Nascim (os Alquimistas), para falar da conexão Norte-Nordeste e do gênero musical brega no contexto da música pop.[5][17] Neste mesmo ano lançou o single "Amor e Sacanagem", um feat com a cantora potiguar Luísa Nascim, da banda Luísa e Os Alquimistas.

Discografia

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  • 2012 - álbum Trelêlê[18]
  • 2016 - álbum Em Cada Verso Um Contra-Ataque
  • 2019 - Single "Treme Terra"
  • 2019 - Single "Treme Terra remix" feat. Will Love
  • 2020 - Single "Amor e Sacanagem" feat. Luísa Nascim

Premiações e Editais

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  • Edital Natura Musical 2014/2015, Projeto AÍLA - 2º CD e Turnê Nacional, Lei Semear Pará (2014);
  • Edital Conexão VIVO 2012, Projeto 1º CD AÍLA: “Trelêlê”, Lei Semear Pará (2011);
  • Edital de Intercâmbio e Difusão Cultural, MINC/2011;
  • Edital Microprojetos Mais Cultura Territórios de Paz, Projeto “Mão à Arte”, FUNARTE (2011);
  • Edital Microprojetos Mais Cultura Amazônia Legal, Projeto “À Margem do Som”, FUNARTE (2010);
  • “Prêmio Cantora Revelação 2008”, 25º Baile dos Artistas, Belém (2009);
  • “Melhor Intérprete”, Festival de Música Popular Paraense, Belém (2009);[3][4]
  • “Melhor Intérprete”, Festival de Música do Pará, Belém (2008).[3][4]

Ver também

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Referências

  1. Imprensa Oficial do ParáDiário Oficial do Pará. 33960. 23 de agosto de 2019 
  2. «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 31 de janeiro de 2014 
  3. a b c d e Amaral, Fundação Ubaldino do. «Pop com sotaque paraense». Jornal Cruzeiro do Sul. Consultado em 1 de março de 2021 
  4. a b c d e f «Show especial de Aíla celebra um ano de lançamento do disco». Leal Moreira Cultura. 23 de abril de 2013. Consultado em 1 de março de 2021 
  5. a b «O brega vai dominar o Brasil». Vogue. Consultado em 2 de março de 2021 
  6. a b «Aíla-Trelêlê». Rádio UFSCar. 4 de junho de 2012. Consultado em 1 de março de 2021 
  7. a b «Aíla». Na Music. Consultado em 1 de março de 2021 
  8. «Disco Trelêlê». Tratore. Consultado em 23 de agosto de 2021 
  9. a b c «Unindo pop e brega, Aíla apresenta no Rio o CD 'Trelelê', na abertura do festival Levada». Extra - Globo. 10 de maio de 2012. Consultado em 23 de agosto de 2021 
  10. Divulgação. «Com». HOME. Consultado em 1 de março de 2021 
  11. a b «Aíla mostra o seu som ativista em Belo Horizonte». Hoje em Dia. Consultado em 2 de março de 2021 
  12. «"O Pará sempre foi muito quente e esse calor começou a ser exportado para fora do Norte", conta Aíla». Heloisa Tolipan. 2 de agosto de 2019. Consultado em 1 de março de 2021 
  13. «Caetano Veloso, Tulipa Ruiz, Liniker, Emicida, Rincon Sapiência e Aíla estarão no Coala Festival - Cultura». Estadão. Consultado em 1 de março de 2021 
  14. Pereira, Nathália (12 de dezembro de 2020). «Festival MANA 2.0 celebra a pluralidade das mulheres artistas da região Norte». JC. Consultado em 2 de março de 2021 
  15. «Fique em casa: semana tem lives da Visibilidade Lésbica e festival transmitido do Mineirão». Guia Folha. 27 de agosto de 2020. Consultado em 1 de março de 2021 
  16. «Fique em casa: semana musical online inclui festival LGBT e show de Jennifer Lopez». Guia Folha. 3 de abril de 2020. Consultado em 1 de março de 2021 
  17. 20/02/2020. «Aíla, Keila e Luísa e os Alquimistas falam de brega em matéria da Vogue Brasil». O Liberal. Consultado em 1 de março de 2021 
  18. «Unindo Pop e Brega, Aíla apresenta no Rio o CD Trelelê, na abertura do festival levada». O Globo. 10 de maio de 2012. Consultado em 1 de maio de 2015 

Ligações externas

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