Abderramão de Marrocos
Abderramão,[1] Abederramão,[2] Abderramane[3] ou Abederramane[4] (em árabe: عبد الرحمان; romaniz.: Abd ar-Rahman;[5] 1778/1779 - Mequinez, 28 de agosto de 1859[6]) nascido Abderramão ibne Hixeme,[7] Hixame[8][9] ou Híxem[10] (em árabe: بن هشام; romaniz.: Abd ar-Rahman ibn Hixam; 1778/1779 - 1859[11]), foi mulei (em árabe: مولاي; romaniz.: mulay)[5] e sultão do Marrocos entre 1822 e 1859.[11]
| Abderramão | |
|---|---|
 | |
| Sultão de Marrocos | |
| Reinado | 1822-1859 |
| Antecessor(a) | Solimão |
| Sucessor(a) | Maomé IV |
| Nascimento | 1778/1779 |
| Morte | 1859 |
| Mequinez | |
| Dinastia | alauita |
| Pai | Hixeme |
| Religião | Islão |
Vida
editarAbderramão nasceu em 1778/1779.[6] Sucedeu Solimão (r. 1792–1822)[12] no trono sem problemas e logo se tornou apto edificador de obras públicas e administrador. Sua autoridade foi constantemente ameaçada por tribos e notáveis dissentes e suprimiu revoltas em 1824, 1828, 1831, 1843, 1849 e 1853. Além disso, teve que enfrentar ataques externos. Em represália ao apoio sultanal à pirataria, os ingleses bloquearam Tânger e os austríacos bombardearam Arzila, Larache e Tetuão; em 1851, Salé também foi atacada.[6]
O sultão apoiou Abdalcáder, líder da resistência argelina contra a França, empurrando o Marrocos numa guerra desastrosa em 1844 que findou no Tratado de Tânger no qual foi obrigado a aceitar a posição da França na Argélia. Apesar disso, também assinou vários tratados comerciais com as potências europeias e assegurou a independência marroquina.[6]
Referências
- ↑ Alves 2014, p. 59.
- ↑ Serrão 1977, p. 57.
- ↑ Losa 1982, p. 39.
- ↑ Ocidente 1955, p. 101.
- ↑ a b O Occidente 1878, p. 83.
- ↑ a b c d Editores 1998.
- ↑ Domingues 1997, p. 170.
- ↑ Azevedo 1939, p. 124-125.
- ↑ Franca 1994, p. 105.
- ↑ Alves 2014, p. 564.
- ↑ a b Innes 2018, p. 321.
- ↑ Abun-Nasr 1998.
Bibliografia
editar- Abun-Nasr, Jamil M.; Brett, Michael; Warmington, Brian H. (1998). «North Africa. Morocco under sharifian dynasties». Britânica Online
- Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798
- Azevedo, Luís Gonzaga (1939). História de Portugal Vol. 2. Lisboa: Edições Bíblion
- Domingues, José D. García (1997). Portugal e o Al-Andalus. Lisboa: Hugin. ISBN 9728310471
- Editores (1998). «Abd ar-Rahman». Britânica Online
- Franca, Rubem (1994). Arabismos: uma mini-enciclopédia do mundo árabe. Recife: Fundação de Cultura Cidade do Recife
- Innes, Joanna; Philp, Mark (2018). Re-Imagining Democracy in the Mediterranean, 1780-1860. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia
- Losa, António (1982). «Colecção de moedas árabes do Museu de Pio XII (Braga)». Guimarães. Revista Guimarães
- «Ocidente». 49. 1955
- «A Embaixada Marroquina» (PDF). O Occidente. 1.º Anno. I (11). 1 de junho de 1878
- Serrão, Joaquim Veríssimo (1977). História de Portugal: Estado, pátria e nação (1080-1415). Lisboa: Editorial Verbo
