Abu Alcacim Amade ibne Huceine ibne Cassi
governante mouro no Algarve
Abu Alcacim Amade ibne Huceine ibne Cassi (Abu-l-Qasim Ahmad ibn al-Husayn ibn Qasi; Taifa de Silves, †1151), foi um líder político sufista, de oposição à dinastia almorávida em Algarbe Alandalus.[1] Acredita-se que ele era um aluno da escola sufista de ibne Alarife e amigo de ibne Barrajane de Sevilha. Foi proclamado imame e reconhecido por cerca de 130 pessoas. Foi preso e assassinado pelo soberano Ali ibne Iúçufe antes de conseguir consolidar-se no poder. Foi um aliado e amigo de Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. Ibne Cassi era provavelmente um muladi, ou descendente de cristãos convertidos, de origem romana, dado que seu nome viria de Cássio (em latim: Cassius).
Ibne Cassi | |
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Senhor de Mértola | |
Estátua de Ibn Qasi em frente ao Castelo de Mértola. Inaugurada em maio de 2001 durante a 1.ª edição do Festival Islâmico de Mértola. | |
Reinado | 1144–1145 1146–1151 |
Nascimento | Alandalus |
Morte | 1151 |
Taifa de Silves | |
Casa | Cassidas |
Religião | Sufismo |
Referências
- ↑ «Ibn Qasi e os Muridinos». Aventar. Consultado em 24 de Maio de 2015
Bibliografia
editar- Viguera, María Jesús; Los reinos de Taifas. 2007. RBA Coleccionables. ISBN 84-473-4815-6
- J. Dreher, ed. and tr., Ibn Qasi, Abu l-Qasim Ahmad b. al-Husayn: Kitab Khal al-Na'Layn wa-Iqtibas al-Anwar min Mawdi al-Qadamayn (Das Imamat des islamischen Mystikers, Abulqasim Ahmad Ibn al-Husain Ibn Qasi: Eine Sudie zum Selbstverständnis des Autors des Buch vom Ausziehen der beiden Sandalen) Bonn, 1985
- J. Dreher, "L'Imamat d'Ibn Qasi à Mertola (Automne 1144-été 1145); Légitimité d'Une Domination Soufie?", MIDEO 18 (1988), pp. 195–210
- D. R. Goodrich, dissertation, A Sufi Revolt in Portugal: Ibn Qasi and his Kitab khal'al-na'layn, Columbia University, PH D. 1978
- Nagendra Kr Singh, International encyclopaedia of Islamic dynasties, p. 34
Ligações externas
editar- "Ibn Qasi, o aliado muçulmano de Afonso Henriques" (Artigo da National Geographic Portugal, atualizado a 29 de Fevereiro de 2024, António Matos)