Alaor Azevedo
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Alaor Gaspar Pinto Azevedo (Itajubá) é um médico brasileiro que se destacou como jogador de tênis de mesa.[1]
Alaor Azevedo | |
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Nascimento | Itajubá |
Cidadania | Brasil |
Biografia
editarAlaor Azevedo formou-se em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1978[2]. Teve destacada atuação no Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, onde foi residente de 1979 a 1981, e depois atuando em várias funções, inclusive como diretor geral entre os anos de 1997 e 1998 e assessor da Chefia da UPE (Unidade de Pacientes Externos) de junho de 2008 até a aposentadoria, em 2017. Ao todo, foram 33 anos e 6 meses no Hospital. Foi secretário do Conselho Deliberativo da Associação dos Servidores do Hospital dos Servidores do Estado (ASHSE) e foi presidente da Comissão Fiscal de 1994 até 2005.
Também atuou como assessor de planejamento da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, entre janeiro de 1999 e junho de 2008; oficial médico da Marinha do Brasil, entre 1983 e 1986; e médico em diversas empresas particulares, como COMIG(Companhia Madeireira São Miguel), NORPALMA (Palmitos do Norte Ltda) e Indústria e Comércio Aramã Ltda.Ele é especializado em Medicina no Trabalho pela Universidade Gama Filho; Hematologia Clínica, pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia; e Medicina Interna, pelo Hospital Federal dos Servidores do Estado, além de ser membro efetivo da Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia.
O Esporte
editarAlaor Azevedo teve o primeiro contato com o tênis de mesa no final da década de 1960[2] e se tornou atleta aos 12 anos de idade, ainda em sua cidade natal, onde foi campeão mineiro em todas as categorias. Ao se transferir para Santos, passou a alçar voos mais altos, tendo feito parte inclusive da Seleção Brasileira juvenil no Campeonato Sul-Americano de 1971 (campeão por equipes) e da Seleção principal nos Mundiais de Calcutá (1975) e Birmingham (1977). Sua carreira foi recheada de títulos universitários, paulistas, dois tricampeonatos cariocas (duplas e equipes pelo Fluminense, onde jogou por seis anos) e algumas finais de Campeonatos Brasileiros. Por sua exitosa carreira no Fluminense, recebeu o título de benemérito atleta do clube[3], sendo membro nato do Conselho de Administração do mesmo.
Ele encerrou a carreira de jogador em 1978, quando se formou médico.
Abaixo, seguem as participações de Alaor Azevedo como atleta[4]:
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Como monitor de Educação Física, no Rio de Janeiro (onde passou a residir em 1972), atuou na Universidade Santa Úrsula, entre 1975 e 1979, e na Universidade Gama Filho, entre 1977 e 1980. Foi responsável pelo Tênis de Mesa junto à coordenação geral de Educação Física Desportiva, na Escola de Educação Física e Desportos - Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre 1975 e 1977.
Sua primeira atuação em entes federativos foi na Federação de Esportes Universitários do Rio de Janeiro, como diretor de Tênis de Mesa, de agosto de 1973 a outubro de 1977. Presidiu a Federação Carioca de Tênis de Mesa, entre fevereiro de 1976 e fevereiro de 1978. Foi membro do Conselho de Assessores de Tênis de Mesa da Confederação Brasileira de Desportos, de abril de 1977 a março de 1978. Posteriormente, foi eleito presidente do mesmo Conselho, tendo ocupado o cargo até agosto de 1978.[2]
Em 1979, foi um dos responsáveis pelo movimento que fundou a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, no dia 30 de maio daquele ano.
CBTM
editarAlaor exerceu o cargo de diretor técnico da CBTM entre maio de 1984 e janeiro de 1986, durante a gestão de José Pereira Antelo. De estilo ousado, foi responsável por promover grandes competições internacionais em nosso país, como o I Aberto do Brasil, no Maracanãzinho, reunindo diversos grandes nomes do esporte[5] no planeta, com uma organização impecável e o maior público da história do esporte no Brasil.
Em janeiro de 1986 foi eleito para seu primeiro mandato como presidente da CBTM, posteriormente sendo reeleito até 1992. Retornou em 1995, sendo eleito para mais seis mandatos, sendo que o atual tem previsão de encerramento no início de 2021.[2]
Neste período, o tênis de mesa do Brasil teve um grande salto de crescimento. Em seu primeiro mandato, os mesa-tenistas brasileiros deixaram de apenas brigar por posições nas Américas, para conquistarem uma hegemonia no continente sul-americano e buscarem resultados internacionais.
Posteriormente, em 2007, iniciou um projeto de crescimento da modalidade, que passaria a buscar novos talentos e investir em qualidade, para que nossos atletas pudessem ter sucesso internacional. Com a ajuda de consultores internacionais, implantou projetos como o Diamantes do Futuro e a Detecção Nacional de Talentos[6]. Atualmente, o Brasil tem vários representantes nas primeiras colocações dos rankings mundiais olímpico e paraolímpico, inclusive com uma campeã mundial infantil (Bruna Takahashi, em 2015[7]), um Top-10 do mundo (Hugo Calderano[8]) e uma vice-campeã mundial paralímpica (Cátia Oliveira, classe 1-2[9]). O Brasil conquistou, em sua gestão, um inédito quinto lugar no Mundial por Equipes em 2018[10], só sendo derrotado por China e Alemanha, duas potências do tênis de mesa mundial.
O tênis de mesa paralímpico passou a ser gerido pela CBTM em 2007. Um ano antes, o Brasil havia vencido apenas quatro partidas no Mundial da Suíça[11]. Dez anos depois, o patamar era completamente diferente, com quatro medalhas conquistadas nos Jogos Paralimpicos Rio 2016. No Parapan de Toronto, um ano antes, o Brasil conquistou 31 pódios no tênis de mesa, sendo 15 medalhas de ouro[12]. No terceiro dia do Parapan, se o tênis de mesa do Brasil fosse declarado independente, seria o terceiro país das Américas, com 11 medalhas, atrás do México (12) e Brasil (27)[13].
Com Alaor no comando, a CBTM organizou o Mundial de Veteranos em 2008, com aproximadamente 1.600 atletas, no Riocentro.
Atuação Internacional
editarAlém de exercer a presidência da CBTM, Alaor Azevedo também teve atuação destacada em organismos internacionais de tênis de mesa. Foi presidente da Confederação Sul-Americana de Tênis de Mesa (Consuteme) entre 1986 e 1987[14]. Foi vice-presidente da União Latino-Americana de Tênis de Mesa (ULTM), entre março de 1989 e março de 1991, e membro dos Comitês de Mídia e da Juventude da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), entre março de 1989 e março de 1991. Foi eleito membro da diretoria da ITTF em março de 1991, ocupando o cargo até os dias de hoje.
Gestão Moderna
editarNo ano de 2017, após Assembleia Geral, durante o mandato de Alaor na CBTM, esta foi uma das primeiras entidades a aprovar a participação plena de atletas, árbitros, clubes e treinadores na tomada de decisões, ao lado dos presidentes de Federações estaduais[15]. A CBTM foi quatro vezes premiada pelo Sou do Esporte por suas práticas de governança, ficando em quinto lugar entre todas as confederações esportivas em 2015, terceiro em 2016 e 2017 e segundo lugar em 2018[16].
Referências
- ↑ «Alaor Azevedo é eleito um dos vice-presidentes da Federação Internacional de Tênis de Mesa». Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. Consultado em 30 de janeiro de 2022
- ↑ a b c d «História - CBTM». cbtm.org.br. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «FLUMINENSE: UM CLUBE QUE SE CONFUNDE COM A MINHA HISTÓRIA E O TÊNIS DE MESA». Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «História - CBTM». cbtm.org.br. Consultado em 11 de abril de 2019
- ↑ «O REENCONTRO COM JACQUES SECRÉTIN, UMA LENDA DO TÊNIS DE MESA». Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «Presidente Alaor Azevedo: 'Nossa meta é medalha e estamos chegando perto' - CBTM». www.cbtm.org.br. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ El-Shwikh, Por GloboEsporte comSharm; Egito. «Aos 15 anos, Bruna Takahashi ganha primeiro título mundial para o Brasil». globoesporte.com. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «Calderano é o primeiro latino-americano a entrar no top 10 mundial». Gazeta Esportiva. 1 de julho de 2018. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «Cátia Oliveira é vice-campeã mundial de tênis de mesa na Eslovênia - Notícias - CPB». www.cpb.org.br. Consultado em 10 de março de 2019. Arquivado do original em 1 de dezembro de 2018
- ↑ «Top-8 mundial, Brasil é superado pela Alemanha no Mundial por Equipes - CBTM». www.cbtm.org.br. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «OS PARALÍMPICOS E A MUDANÇA DE PATAMAR». Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «Parapan termina para o tênis de mesa com campanha histórica - Home - iG». Pan 2015. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «Chuva de pódios no tênis de mesa: 24 medalhas no individual». Rede do Esporte. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ Paulo, Marcos. «Alaor Azevedo é reeleito presidente da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa». www.tenisdemesams.com.br. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «Confederação amplia participação dos atletas, técnicos, árbitros e clubes nas decisões da modalidade - CBTM». www.cbtm.org.br. Consultado em 10 de março de 2019
- ↑ «CBTM é eleita a segunda melhor confederação em práticas de governança pela Sou do Esporte - CBTM». www.cbtm.org.br. Consultado em 10 de março de 2019