Aleida Quintana
Aleida Quintana Ordaz[1] (Querétaro, México, 1987) é uma ativista mexicana pelos direitos humanos[2] de formação antropóloga social.[3] Vive em exílio em Espanha após sofrer repressões no seu país pelo seu activismo.[4]
Aleida Quintana | |
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Nascimento | 1987 Querétaro |
Cidadania | México |
Ocupação | antropóloga, ativista dos direitos humanos |
Activismo
editarEm 2012, Aleida Quintana denunciou uma série de desaparecimentos ocorridos no estado de Querétaro.[2] Elaborou um banco de dados de pessoas desaparecidas, as quais eram "vítimas do tráfico de pessoas, feminicídio, exploração sexual, trabalho forçado, sicariado, mendicidade, trabalhos domésticos e casamentos forçados".[3] Durante a sua investigação, descobriu que os números dos desaparecimentos eram na realidade bastante superiores àqueles revelados pelas fontes oficiais. A partir dessa revelação, fundou a organização T'ek'ei Grup Interdisciplinario por la Equidad, iuma organização dedicada a acompanhar os familiares dos desaparecidos e pesquisar sobre os casos que as autoridades abandonavam, se centrando especialmente nos casos de feminicídios. Segundo relatos e artigos de então, o governo negava a existência de tais crimes, sendo muitos dos seus membros acusados de manterem laços com o narcotráfico.[5] Parte do interesse das autoridades para esconder estes factos do público seria para não prejudicar a imagem de prosperidade económica do território, o qual tinha então um dos PIBs mais altos do México.[2]
Pelo seu activismo, Aleida Quintana recebeu várias ameaças, ataques difamatórios e sofreu, inclusive, três agressões físicas. Em janeiro de 2018 foi agredida em represália por relevar casos de encobrimento pelas autoridades locais. A ativista exiliou-se do seu país, acompanhada pelo seu companheiro, Fernando Valadez.[6] Entraram em território espanhol no mês de março através do programa de acolhimento da Amnistia Internacional.[3]
Reconhecimento
editarEm 2015 recebeu a Medalha Cecilia Loría Saviñón pelo seu trabalho na defesa dos direitos humanos das mulheres e pela sua contribuição na luta pela igualdade e a erradicação da violência.[7]
Em 2017 a Comissão de Igualdade de Género, Grupos Vulneráveis e Discriminados da LVIII Legislatura do estado de Querétaro entregou a Aleida a Medalha de Honra Sor Juana Inés da Cruz como reconhecimento da sua luta pela igualdade substantiva de género, cujas acções têm contribuído para a criação de um estado igualitário, garantindo os direitos e, sobretudo, oportunidades dos seus cidadãos, sem distinção de género.[8]
É responsável pela campanha "Juntos cuidamos-nos, prevenindo o desaparecimento e o tratamento de pessoas", levada a cabo com o apoio da Universidade Autónoma de Querétaro.[9]
Referências
editar- ↑ «Soledad Murillo ensalza el movimiento #MeToo por "desculpabilizar" a la mujer y "romper su silencio"». La Vanguardia. 10 de novembro de 2018. Consultado em 24 de novembro de 2018
- ↑ a b c Álvarez, Marina (25 de maio de 2018). «Un periodista y dos activistas huidos de sus países participan en una carrera por los derechos humanos». El Mundo. Consultado em 24 de novembro de 2018 Erro de citação: Código
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inválido; o nome "em" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ a b c Medina, Esther R. (28 de outubro de 2018). «"No puedo regresar a México mientras no me garanticen una vida libre de violencia"». El Diario.es. Consultado em 24 de novembro de 2018 Erro de citação: Código
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inválido; o nome "eld" é definido mais de uma vez com conteúdos diferentes - ↑ «'Cuando hablábamos de desaparecidos nos acusaban de querer generar paranoia'». EiTB. 20 de novembro de 2018. Consultado em 24 de novembro de 2018
- ↑ «Aleida Quintana: «El 90% de los feminicidios en mi país queda impune»». www.larazon.es (em espanhol). 10 de dezembro de 2018. Consultado em 29 de junho de 2024
- ↑ «Aleida Quintana: "Me gustaría volver a México pero en otras condiciones" | Espacio Méx». espaciomex.com (em espanhol). 8 de março de 2019. Consultado em 29 de junho de 2024
- ↑ «Un periodista y dos activistas huidos de sus países participan en una carrera por los derechos humanos». ELMUNDO (em espanhol). 25 de maio de 2018. Consultado em 6 de fevereiro de 2021
- ↑ «Soledad Murillo ensalza el movimiento #MeToo por "desculpabilizar" a la mujer y "romper su silencio"». La Vanguardia (em espanhol). 10 de novembro de 2018. Consultado em 6 de fevereiro de 2021
- ↑ «'Cuando hablábamos de desaparecidos nos acusaban de querer generar paranoia'». EITB Radio Televisión Pública Vasca (em espanhol). Consultado em 6 de fevereiro de 2021