Algodão-bravo
Algodão-bravo (Ipomoea carnea) é um arbusto aquático perene, que possui caule com interior esponjoso, meio trepador, de 1 a 4 m de altura. A semente pilosa (origem do nome algodão) é espalhada pela água.[1]
Algodão-bravo | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
'''Ipomoea carnea''' Jacq. |
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/60/Ipomoea_carnea_in_Narshapur%2C_AP_W_IMG_1113.jpg/180px-Ipomoea_carnea_in_Narshapur%2C_AP_W_IMG_1113.jpg)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e1/Orange_Blister_Beetle_%28Mylabris_pustulata%29_on_Ipomoea_carnea_W_IMG_0594.jpg/180px-Orange_Blister_Beetle_%28Mylabris_pustulata%29_on_Ipomoea_carnea_W_IMG_0594.jpg)
Sinonímia científica
editarSinonímia popular
editar- algodão-do-pantanal
- canudo-de-pita
Ciclo
editarPerene, flor e semente praticamente durante o ano todo. A principal forma de propagação é vegetativa, os ramos que encostam no chão enraízam, estratégia de avanço que é chamada de "tática de guerrilha". Rebrota após cortes e fogo, exceto se for afogado depois.
Habitat e Distribuição
editarCresce somente em solo de barro (argiloso), muito alagável. É muito comum em lagoas rasas nas planícies de inundação dos rios Negro, Abobral e Paraguai. Aumenta em campos com excesso de gado ou perto de porteiras, cochos e aguadas.
Do sudeste dos Estados Unidos à Argentina. Abundante nas sub-regiões de Poconé, Paraguai e Nabileque. Invasora na Índia e na África.
Intoxicação
editarApesar de esta planta ser muito abundante no Pantanal, é necessário que o bovino consuma grandes quantidades de folhas verdes para desenvolver o quadro de intoxicação. Isso acontece em época de seca pronunciada. Porém, há suspeita de que os animais se viciam em comê-la. Está sendo muito cultivada como ornamental, situação em que também poderá causar eventual problema a bovinos.
Inicialmente os sinais apresentados são de emagrecimento progressivo, lassidão e pêlos ásperos. Com a evolução da intoxicação o animal apresenta sinais de origem nervosa, ou estado de embriaguez. O seu andar se torna desequilibrado (andar de bêbado), com as pernas traseiras abertas e instabilidade no trem posterior, caindo com facilidade. A evolução da intoxicação é crônica e não há recuperação.
A quantidade necessária para levar um bovino de 100 kg à morte é de 9 kg de folhas verdes por dia, durante semanas, o que é difícil de ocorrer no campo, havendo pasto.
Referências
- ↑ «Ipomoea carnea» (em inglês). ITIS (www.itis.gov)