Aliança Democrática (1979–1983)
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A Aliança Democrática (AD) foi uma coligação política em Portugal de centro-direita, formada pelo Partido Social Democrata (PPD/PSD), pelo CDS – Partido Popular (CDS–PP), pelo Partido Popular Monárquico (PPM) e personalidades independentes.[1][2] Teve como grande impulsionador o líder histórico do PSD, Francisco Sá Carneiro, bem como os líderes do CDS, Diogo Freitas do Amaral, e do PPM, Gonçalo Ribeiro Telles.
Aliança Democrática | |
---|---|
Fundadores | Francisco Sá Carneiro (PPD/PSD) Diogo Freitas do Amaral (CDS–PP) Gonçalo Ribeiro Telles (PPM) |
Fundação | 1979 |
Dissolução | 1983 |
Sede | Portugal |
Ideologia | Reformismo Democracia Cristã Liberalismo Social Conservadorismo Social |
Espectro político | centro-direita a direita |
Sucessor | AD (2024) |
Afiliação nacional | PPD/PSD CDS–PP PPM Mov. Reformadores |
Cores | azul e laranja |
Bandeira do partido | |
História
editarA AD concorreu às eleições legislativas intercalares de 1979 e às eleições legislativas gerais de 1980, obtendo os seguintes resultados:
- 1979: 45,26% (128 deputados em 250)
- 1980: 47,59% (134 deputados em 250)
Com base nestes resultados, a AD foi convidada a formar Governo, tendo o mesmo tomado posse a 3 de janeiro de 1980, liderado por Francisco Sá Carneiro. No entanto, este primeiro Governo viria a cair, devido à morte do Primeiro-Ministro num acidente de aviação ainda hoje por explicar, na noite de 4 de dezembro de 1980.
Posteriormente, a AD foi convidada a formar mais dois governos, que seriam liderados, até 1983, por Francisco Pinto Balsemão, que substituiu Sá Carneiro à frente do PSD.
Em 1982 a coligação atravessava já uma grave crise e acabou por se desfazer, tendo os partidos que a constituíam concorrido separados às eleições legislativas de 25 de abril de 1983, ganhas pelo Partido Socialista, que viria a formar com o mesmo PSD, agora liderado por Mota Pinto, a coligação pós-eleitoral do chamado Bloco Central.
Organização
editarPartidos constituintes
editarCoordenadores/porta-vozes
editar- Francisco Lucas Pires (1980-1981)[3]
- Luís Coimbra (1981)[4]
Resultados eleitorais
editarEleições legislativas
editarData | Líderes | Cl. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status | Notas |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1979 | Francisco Sá Carneiro Diogo Freitas do Amaral Gonçalo Ribeiro Telles |
1.º | 2 719 208 | 45,26 / 100,00 |
128 / 250 |
Governo | 80 / 250 43 / 250 5 / 250 | ||
1980 | 1.º | 2 868 076 | 47,59 / 100,00 |
2,3 | 134 / 250 |
6 | Governo | 82 / 250 46 / 250 6 / 250 |
Eleições autárquicas
editarData | Cl. | Votos | % | +/- | Presidentes CM | +/- | Vereadores | +/- |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1979 | 2.º | 1 272 058 | 25,50 / 100,00 |
73 / 305 |
426 / 1 900 |
|||
1982 | 3.º | 1 004 065 | 19,57 / 100,00 |
5,9 | 49 / 305 |
24 | 322 / 1 909 |
104 |
Eleições presidenciais
editarData | Candidato apoiado |
1.ª Volta | 2.ª Volta | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Cl. | Votos | % | Cl. | Votos | % | ||
1980 | António Soares Carneiro | 2.º | 2 325 481 | 40,23 / 100,00 |
Ver também
editarReferências
- ↑ «Aliança Democrática - Comissão Nacional de Eleições». Consultado em 3 de janeiro de 2024
- ↑ «Visão | É oficial: vem aí uma nova AD». Visão-PT. 21 de dezembro de 2023. Consultado em 22 de dezembro de 2023
- ↑ «Declarações de Francisco Lucas Pires». Consultado em 5 de setembro de 2022
- ↑ «Entrevista a Luís Coimbra». Consultado em 5 de setembro de 2022