Amambai
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Amambai[1] é um município brasileiro do estado de Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste. Está situado a 90 km de Ponta Porã e 50 km de Coronel Sapucaia (fronteira com o Paraguai). O município está localizado numa região de relevo levemente ondulado, predominando os “Campos de Vacaria“ e “Mata de Dourados“.
Amambai
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Município do Brasil | |
Hino | |
Gentílico | amambaiense |
Localização | |
Localização de Amambai em Mato Grosso do Sul | |
Localização de Amambai no Brasil | |
Mapa de Amambai | |
Coordenadas | 23° 06′ 14″ S, 55° 13′ 33″ O |
País | Brasil |
Unidade federativa | Mato Grosso do Sul |
Municípios limítrofes | Coronel Sapucaia, Tacuru, Aral Moreira, Ponta Porã, Caarapó e Iguatemi |
Distância até a capital | federal: 1 375 km estadual: 359 km[1] |
História | |
Fundação | 28 de setembro de 1948 (76 anos) |
Emancipação | 1 de janeiro de 1949 (76 anos) |
Administração | |
Prefeito(a) | Sergio Diozebio Barbosa[2] (MDB, 2025–2028) |
Características geográficas | |
Área total [3] | 4 202,324 km² |
• Área urbana est. Embrapa[4] | 7,29 km² |
População total (est. IBGE 2020[5]) | 39,826 (2 020) hab. |
Densidade | 8,4 hab./km² |
Clima | Tropical Aw e subtropical (Cfa) |
Altitude [6] | 480 m |
Fuso horário | Hora do Amazonas (UTC−4) |
Indicadores | |
IDH (est. PNUD/2000[7]) | 0,759 — alto |
• Posição | MS: 22º |
Gini (est. IBGE 2003[8]) | 0 450 |
• Posição | MS: 58º |
PIB (IBGE/2009[9]) | R$ 355 783,000 mil |
• Posição | MS: 20º |
PIB per capita (IBGE/2009[9]) | R$ 10 169,29 |
Com uma área de 4 202,324 km², a densidade populacional em 2024 era de 9,38 habitantes por km².[3] Na estimativa populacional realizada pelo IBGE em 1 de julho de 2024, a população era de 39 325 habitantes, resultando em uma densidade populacional estimada de 9,38 habitantes por km².[3]
Geografia
editarRelevo e altitude
editarSitua-se numa região de relevo levemente ondulado, estando a uma altitude de 480 metros.[6]
Clima
editarEstá sob influência clima tropical (AW) e subtropical (cfa) com média de 22 °C. O clima do município apresenta-se úmido e apresenta índice efetivo de umidade com valores anuais variando de 40 a 60%. A precipitação pluviométrica anual varia entre 1.750 a 2.000mm, excedente hídrico de 1.200 a 1.400mm durante sete a oito meses e deficiência hídrica de 200 a 350mm durante três meses.
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de abril de 2011 a outubro de 2019, a menor temperatura registrada em Amambai foi de −2 °C em 28 de junho de 2011, e a maior atingiu 41 °C em 16 de setembro de 2019. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 147,6 milímetros (mm) em 9 de janeiro de 2013.[10][11]
Área
editarOcupa uma superfície de 4 202,324 km².[3] A área urbana totaliza 7,290 km² segundo a Embrapa Monitoramento por Satélite.[4]
História
editar- De antiga paragem de carretas a município polo da região sul de Mato Grosso do Sul
Ao final da Guerra do Paraguai não houve um tratado de paz entre os países envolvidos (Paraguai, Brasil e Argentina). Embora a guerra tenha terminado em março de 1870, os acordos de paz não foram concluídos de imediato. As negociações foram obstadas pela recusa argentina em reconhecer a independência paraguaia. O Brasil não aceitava as pretensões da Argentina sobre uma grande parte do Grande Chaco, região paraguaia rica em quebracho (produto usado na industrialização do couro). A questão de limites entre o Paraguai e a Argentina foi resolvida através de longa negociação entre as partes. A única região sobre a qual não se atingiu um consenso — a área entre o rio Verde e o braço principal do rio Pilcomayo — foi arbitrada pelo presidente estado-unidense Rutherford Birchard Hayes que a declarou paraguaia. O Brasil assinou um tratado de paz em separado com o Paraguai, em 9 de janeiro de 1872, obtendo a liberdade de navegação no rio Paraguai. Foram confirmadas as fronteiras reivindicadas pelo Brasil antes da guerra. Estipulou-se também uma dívida de guerra que foi intencionalmente subdimensionada por parte do governo imperial do Brasil mas que só foi efetivamente perdoada em 1943 por Getúlio Vargas, em resposta a uma iniciativa idêntica da Argentina. O reconhecimento da independência do Paraguai pela Argentina só foi feito na Conferência de Buenos Aires, em 1876, quando a paz foi estabelecida definitivamente.[12]
Demografia
editarA população do município em 2014 era de 37 144, segundo estimativa do IBGE,[3] o que colocava o município em 12º lugar no estado naquele ano. A densidade populacional estimada em 2014 era de 8,84 hab/km². Em 2010, segundo o censo oficial do IBGE, a população era de 34 730 habitantes, com uma densidade populacional de 8,26 hab/km².[3]
Domicílios
editarDomicílios de Amambai[13] | |
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Total de domicílios | 12 228 domicílios |
Domicílios particulares | 12 199 (99,76%) |
Domicílios coletivos | 29 (0,24%) |
Domicílios por rendimento per capita[14] | |
Mais de 5 salários | 2,05 % |
De 2 a 5 salários | 8,85 % |
De 1 a 2 salários | 18,38 % |
De 0,5 a 1 salário | 31,53 % |
De 0,25 a 0,5 salários | 21,80 % |
Até 0,25 salários ou sem rendimento | 17,38 % |
Distribuição por classe social[14] | |
Classe A | 2,05 % |
Classe B | 8,85 % |
Classe C | 49,91 % |
Classe D | 21,80 % |
Classe E | 17,38 % |
Classe alta (A - B) | 10,90 % |
Classe média (C - D) | 71,71 % |
Classe consumidora (A - B - C - D) | 82,61 % |
Classe periférica (E) | 17,38 % |
Religião
editarConforme o Censo de 2010 do IBGE, a população de Amambai é formada por grupos religiosos como cristãos (78,58%), sendo católicos (49,30%), evangélicos de missão (5,64%), evangélicos de origem pentecostal (17,56%), restauracionistas (0,18%) e outros cristãos (5,90%) os seus representantes. Outros grupos religiosos presentes são os reencarnacionistas (0,63%), afro-brasileiros (0,02%), orientais (0,03%), tradições esotéricas (0,03%), tradições indígenas (2,62%), indeterminados (0,15%) e não-religiosos (17,94%).[15][16]
Cristãos
editarÉ o maior grupo religioso, totalizando 78,58% de sua população.[15][16]
Católicos
editarAmambai localiza-se no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009,[17] ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico.[18].
A Igreja Católica reconhece como padroeiros da cidade Nossa Senhora Auxiliadora. O município faz parte da Circunscrições eclesiásticas da Regional Oeste I (que atende Mato Grosso do Sul) e de acordo com a divisão resolvida pela Igreja Católica, o município de Amambai pertence à Província Eclesiástica de Campo Grande, mais precisamente à Diocese de Dourados, sendo sede de 1 paróquia. Seu atual bispo é, desde 2001, Dom Redovino Rizzardo.
Grupo formado por 49,30% dos seus habitantes, sendo a Católica Apostólica Romana a única representante no município.[15][16]
Protestantes
editarEmbora seu desenvolvimento tenha sido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes. De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população local era composta 28,23% de protestantes.[15][16]
Evangélicos de missão
editarOs evangélicos de missão totalizam 5,64% dos locais. Destes, 0,71% são luteranos, 2,06% são presbiterianos, 2,40% são batistas e 0,47% são adventistas.[15][16]
Evangélicos neopentecostais
editarOs evangélicos neopentecostais totalizam 17.56% dos locais. Destes, 3,01% é da Igreja Assembleia de Deus, 2,53% da Congregação Cristã do Brasil, 0,14% da Igreja o Brasil para Cristo, 1,61% da Igreja Evangelho Quadrangular, 1,19% da Igreja Universal do Reino de Deus, 1,88% da Igreja Deus é Amor, 0,42% da Comunidade Evangélica e 6,78% de outras evangélicas de origem pentecostal.[15][16]
Restauracionista
editarRepresentado por 0,18% dos habitantes. Abrange a Testemunhas de Jeová.[15][16]
Outros cristãos
editarEm Amambai existem também cristãos de outras denominações, representado por 5,90% dos habitantes. Destes 5,03% são de outras igrejas evangélicas e 0,87% são de outras religiosidades cristãs.[15][16]
Outras denominações
editarO município é representada por variados outros credos, existindo também religiões de várias outras denominações tais como Testemunhas de Jeová, Maçônica, Messiânica, entre outras. São elas:
Reencarnacionistas
editarPossui 0,63% do total, sendo 0,57% espírita e 0,06% espiritualista.[15][16]
Afro-brasileiras
editarPossui 0,02% do total, sendo todos da umbanda.[15][16]
Orientais ou asiáticas
editarPossui 0,03% de locais, sendo religiões orientais não definidas.[15][16]
Tradições esotéricas
editarPossui 0,03% do total.[15][16]
Tradições indígenas
editarPossui 2,62% de locais.[15][16]
Indeterminados
editarOpções indeterminadas respondem por 0,15% dos habitantes, sendo os mal definidos respondendo por 0,12% e 0,03% dos que não sabem que religião são.[15][16]
Não religiosos
editarO Grupo das pessoas não religiosas respondem por 17,94% dos habitantes, sendo os sem religião convictos 17,08%, ateus 0,64% e agnósticos 0,21%.[15][16]
Observações
editar- ↑ Segundo alguns autores, a ortografia do topônimo deveria ser Amambaí, por ser a pronúncia mais correta, ao invés da oficial (Amambai).
Amambaienses ilustres
editar- Ana Castela, cantora
Referências
- ↑ «Mapas e rotas». Guia 4 Rodas. Consultado em 3 de novembro de 2011
- ↑ «Eleições 2024 – Perfil do Prefeito Eleito Sergio Barbosa». O Tempo. Consultado em 19 de janeiro de 2025
- ↑ a b c d e f Erro de citação: Etiqueta
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inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeIBGE_Pop_2014
- ↑ a b «Urbanização das cidades brasileiras». Embrapa Monitoramento por Satélite. Consultado em 30 de Julho de 2008
- ↑ «Estimativa Populacional 2020». Estimativa Populacional 2020. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2020. Consultado em 1 de maio de 2020
- ↑ a b «Mato Grosso do Sul». Embrapa. Consultado em 19 de julho de 2011
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ «Indice GINI». Cidade Sat. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2000. Consultado em 6 de agosto de 2011. Arquivado do original em 30 de abril de 2012
- ↑ a b «Posição ocupada pelos maiores municípios em relação ao Produto Interno Bruto» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de dezembro de 2011. Consultado em 14 de dezembro de 2011. Arquivado do original (PDF) em 3 de março de 2016
- ↑ Sistema de Monitoramento Agrometeorológico (Agritempo). «Dados Meteorológicos - Mato Grosso do Sul». Consultado em 28 de outubro de 2019
- ↑ «Consulta Dados da Estação Automática: Amambai (MS)». Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). Consultado em 28 de outubro de 2019
- ↑ DORATIOTO, Francisco, Maldita Guerra, Companhia das Letras, 2002
- ↑ «População do Brasil» (PDF). Domicílios particulares permanentes. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2010. Consultado em 5 de agosto de 2011
- ↑ a b «Classes sociais do Brasil». Domicílios particulares permanentes, por classes de rendimento nominal mensal domiciliar per capita - Resultados Preliminares do Universo. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2010. Consultado em 3 de agosto de 2011
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra) (2000). «População residente por religião». Consultado em 6 de abril de 2012
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o «Censo 2010 - Lista municípios e religiões, Exibir Registro». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2010. Consultado em 14 de maio de 2013. Arquivado do original em 8 de agosto de 2014
- ↑ Cristiane Agostine (8 de outubro de 2009). «Senado aprova acordo com o Vaticano». O Globo. Consultado em 26 de março de 2010. Cópia arquivada em 22 de setembro de 2011
- ↑ Fernando Fonseca de Queiroz (Outubro de 2005). «Brasil: Estado laico e a inconstitucionalidade da existência de símbolos religiosos em prédios públicos». Jus Navigandi. Consultado em 21 de junho de 2022