Anastácio I de Antioquia
Anastácio I (em latim: Anastasius I; em grego clássico: Αναστάσιος Α; romaniz.: Anastásios A) foi um patriarca grego ortodoxo de Antioquia entre 559/61 e 570/1 e novamente entre 593 e 598.
Anastácio I de Antioquia | |
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Patriarca grego ortodoxo de Antioquia | |
Reinado | 561–571 |
Antecessor(a) | Dono III |
Sucessor(a) | Gregório I |
Patriarca grego ortodoxo de Antioquia | |
Reinado | 593–598 |
Predecessor(a) | Gregório I |
Sucessor(a) | Anastácio II |
Nascimento | século VI |
Palestina | |
Morte | 598 |
Antioquia | |
Religião | Cristianismo |
São Anastácio | |
Veneração por | Igreja Católica Igreja Ortodoxa |
Festa litúrgica | 21 de abril |
Vida
editarAnastácio nasceu em data incerta na Palestina. Antes da eleição, serviu como apocrisiário de Alexandria por Antioquia.[1] Assumiu o patriarcado em 559/61.[2][3] Lembrado por sua erudição e austeridade,[4] atraiu a inimizade do imperador Justiniano (r. 527–565) ao se opor ao edito dele favorável ao aftartodocetismo, que acreditava que o corpo de Cristo antes da ressurreição era incorruptível.[3] Não foi deposto de sua sé pelo imperador, pois ele faleceu em 565. Seu sobrinho e sucessor, Justino II (r. 565–578), realizou o propósito do tio em 570/1, depondo e exilando Anastácio e o substituindo por Gregório I.[4]
É capaz que Anastácio ficou por anos em Constantinopla e se amigou com o futuro papa Gregório I (590–604). Gregório faleceu em 593 e ele foi restituído em 23 de março[1] por intercessão de Gregório I, junto a Maurício (r. 582–602) e seu filho Teodósio, que pediu que fosse a Roma caso não voltasse a Antioquia. Ficou na posição até 598, quando faleceu. Foi substituído em 599 por Anastácio II. Foi considerado um santo e seu dia é 21 de abril.[4]
Anastácio teve papel central nas discussões dogmáticas de seu tempo e escreveu tratados contra um triteísta, sobre a Trindade e a Encarnação, sobre a providência de Deus e sobre inúmeros problemas de interpretação bíblica.[5] De algumas cartas enviadas a ele por Gregório, acredita-se que não foi suficientemente vigoroso em denunciar as reivindicações do patriarca de Constantinopla de ser bispo universal.[4] Defendeu o credo calcedoniano, mas tentou fechar a lacuna com os monofisistas.[5]
Referências
- ↑ a b Papadakis 1991, p. 87.
- ↑ Sahas 2021, p. 176.
- ↑ a b Smith 1870, p. 160.
- ↑ a b c d Campbell 1907.
- ↑ a b Livingstone 2006.
Bibliografia
editar- Campbell, T. (1907). «St. Anastasius». Enciclopédia Católica. Nova Iorque: Robert Appleton Company
- Livingstone, E. A. (2006). «Anastasius I». The Concise Oxford Dictionary of the Christian Church. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia
- Papadakis, Aristeidis (1991). «Anastasios I». In: Kajdan, Alexander. The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia. ISBN 0-19-504652-8
- Sahas, Daniel J. (2021). Byzantium and Islam: Collected Studies on Byzantine-Muslim Encounters. Leida e Nova Iorque: Brill
- Smith, Philip (1870). «Anastasius Sinaita». In: Smith, William. Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. Boston: Little, Brown and Company