Andreas Aurifaber

médico alemão

Andreas Aurifaber (também: Goldschmidt; Breslávia, 1514Königsberg, 12 de dezembro de 1559) foi um médico alemão de alguma reputação, que através de sua influência com Alberto de Brandemburgo, último grão-mestre dos Cavaleiros Teutônicos, e primeiro duque protestante da Prússia, tornou-se uma figura de destaque na controvérsia associada a Andreas Osiander, com cuja filha se casou.[1]

Andreas Aurifaber
Andreas Aurifaber
Gravura de Andreas Aurifaber por Heinricus Pantaleon em Prosopographiae heroum atque ilustrium uirorum totius Germaniae. Basileia 1565/1566
Nascimento 1514
Breslávia
Morte 1559
Königsberg
Cidadania Alemanha
Progenitores
  • Valentin Goldschmid
  • Ursula Kirstein
Cônjuge Agnes Osiander
Alma mater
Ocupação físico, professor universitário, médico, teólogo protestante
Empregador(a) Universidade de Conisberga, Universidade de Wittenberg

Biografia

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Aurifaber nasceu em Breslávia; Johannes Aurifaber foi seu irmão mais novo.[2] Estudou na Universidade de Wittenberg, em 1527, e lá ficou amigo de Filipe Melâncton. Em 1529, se tornou reitor da escola de latim em Danzig, e dois anos depois aceitou um cargo semelhante em Elbing.[3]

O patrocínio do duque Alberto da Prússia lhe permitiu prosseguir no estudo da Medicina em Wittenberg e em Pádua, na Itália, e depois de 1545, era o médico do duque e professor de Física e Medicina na recém-criada Universidade de Königsberg. Lá, escreveu uma série de tratados sobre a física e a fisiologia.[3]

Em 1550, se casou com uma filha de Andreas Osiander, e ficou envolvido na amarga controvérsia despertada pela opinião deste último sobre a justificação e a graça. Após a morte de Osiander, em 1552, Aurifaber, que no ano anterior foi nomeado reitor da universidade, tornou-se o líder da facção osiandrina e fez uso de seu cargo e sua influência sobre o duque para esmagar a facção rival na Prússia, orientando seus adeptos a partir da universidade em 1554. Passou a viajar constantemente por toda a Alemanha, despertando o ódio dos conservadores, que o criticaram com extrema virulência. Aurifaber, no entanto, manteve sua influência até a sua morte, que ocorreu repentinamente, na antecâmara do duque, em Königsberg, em 12 de dezembro de 1559.[3]

  • Historia succini (1561), uma monografia sobre o âmbar, impresso como um apêndice para o 4.º livro do Consilia et epistolae Cratonis de seu parente, o botânico e médico Lorenz Scholz Rosenau.
  • Annotationes in Phaemonis libellum de cura canum; Wittenberg, 1545

Bibliografia

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  • Irene Dingel, Lexikon für Theologie und Kirche, volume 1. pág. 1256
  • Deutsche Biographische Enzyklopädie (DBE) volume 1, pág. 224
  • Heinz Scheible, Religion in Geschichte und Gegenwart (RGG) volume 1, pág. 975
  • Heinz Scheible, Melanchthons Briefwechsel Personen 11
  • Thomas Anselmino, Medizin und Pharmazie am Hof Albrechts von Preußen, 2003 pág. 41-46, 103-106
  • Wagenmann, Gustav Kawerau, Aurifaber, Andreas. Em: Realenzyklopädie für protestantische Theologie und Kirche (RE), 3.ª edição, vol. 2, (1897), pág. 287-288

Notas

  1. Encyclopædia Britannica (1911) entrada para «Aurifaber'» (em inglês). , volume 2, página 925 
  2. G. Kawerau, New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, volume 1: Aachen - Basilians; entrada para «Aurifaber, Johannes, of Breslau'» (em inglês) 
  3. a b c G. Kawerau, New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge, volume I: Aachen - Basilians; entrada para «Aurifaber, (Goldschmid), Andreas'» (em inglês) 

Referências