Ano Internacional da Luz
O Ano Internacional da Luz foi celebrado ao longo de 2015 por decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas em reconhecimento à importância das tecnologias associadas à luz na promoção do desenvolvimento sustentável e na busca de soluções para os desafios globais nos campos da energia, educação, agricultura e saúde.[1]
Histórico
editarA resolução publicada pela Assembleia Geral das Nações Unidas[2] aponta que o ano de 2015 coincide com a comemoração de alguns marcos importantes relacionados à luz, ao longo da história da ciência:
- os trabalhos em óptica de Ibn Al-Haytham em 1015;
- o comportamento ondulatório da luz, proposto por Fresnel em 1815;
- a teoria eletromagnética da luz, proposta por Maxwell em 1865;
- os trabalhos de Einstein sobre o efeito fotoelétrico (1905) e sobre o vínculo entre a luz e a cosmologia no contexto da Relatividade geral (1915);
- a descoberta da radiação cósmica de fundo em micro-ondas por Penzias e Wilson em 1965 e
- os trabalhos de Charles Kao (1965) a respeito do uso de fibras ópticas nas comunicações.
Ao fazer a declaração formal do ano internacional, a Assembleia Geral das Nações Unidas convidou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura a facilitar a implementação do evento em colaboração com os governos nacionais, os organismos internacionais e as organizações não-governamentais.[2]
Atividades
editarAo longo do ano foram realizadas atividades em 148 países, dirigidas a um público amplo e diversificado.[3][4] A solenidade de abertura foi realizada em Paris nos dias 19 e 20 de janeiro.[5]
O encerramento ocorreu no México no período compreendido entre 4 e 6 de fevereiro de 2016. A cerimônia foi realizada na cidade de Mérida, localizada próxima a El Caracol, um dos mais antigos observatórios astronômicos do mundo, e a Chichén Itzá, um sítio arqueológico maia declarado patrimônio da humanidade.[6]
A cerimônia de encerramento contou com a presença de dois ganhadores do prêmio Nobel de Física cujos trabalhos estão diretamente relacionados à tematica do Ano Internacional da Luz: Shuji Nakamura e John Mather.[4] Nakamura recebeu o prêmio em 2014 por ter sido um dos inventores do diodo emissor de luz azul,[7] enquanto Mather foi laureado em 2006 por ter sido um dos responsáveis por confirmar de maneira inequívoca que a radiação cósmica de fundo em micro-ondas tem um espectro de corpo negro.[8]
Relatório final
editarEm outubro de 2016 a UNESCO publicou o relatório final do evento. Esse documento registra que foram realizadas 13 168 atividades em 147 países e em todos os continentes, incluída a Antártica. Eventos específicos, tais como atividades de divulgação científica e congressos científicos foram promovidos em 129 países. Além disso, 18 nações emitiram moedas ou selos postais alusivos ao evento ou o apoiaram de outras formas.[9]
Ver também
editarReferências
- ↑ «The United Nations Proclaims an International Year of Light in 2015» (PDF) (em inglês). European Physical Society. 20 de dezembro de 2013. Consultado em 9 de julho de 2014
- ↑ a b «International Year of Light and Light-based Technologies, 2015» (em inglês). United Nations General Assembly. 20 de dezembro de 2013. Consultado em 9 de julho de 2014
- ↑ SANTOS, Carlos Alberto (5 de setembro de 2014). «2015, Ano Internacional da Luz». Ciência Hoje. Consultado em 6 de setembro de 2014. Arquivado do original em 8 de setembro de 2014
- ↑ a b «Inspired by light: Close of the International Year of Light and Light-based Technologies 2015» (em inglês). Unesco. Consultado em 1 de março de 2016
- ↑ «Opening Ceremony of the International Year of Light» (em inglês). Unesco. Consultado em 6 de setembro de 2014
- ↑ «The International Year of Light 2015 Closing Ceremony to be held in Mexico on 4-6 February 2016» (em inglês). Unesco. Consultado em 21 de junho de 2015
- ↑ «The Nobel Prize in Physics 2014» (em inglês). Fundação Nobel. Consultado em 1 de março de 2016
- ↑ «The Nobel Prize in Physics 2006» (em inglês). Fundação Nobel. Consultado em 1 de março de 2016
- ↑ «Atividades do Ano Internacional da Luz 2015» (PDF). Sociedade Brasileira de Física. Consultado em 4 de novembro de 2016
Ligações externas
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