António Júdice Cabral

médico, cientista e politico português

António Joaquim Júdice Cabral, também conhecido por Dr. Júdice Cabral e António Júdice Cabral OSE (Lagos, 23 de Setembro de 1868 - Lagos, 25 de Setembro de 1956), foi um médico, cientista e político português.

António Júdice Cabral
António Júdice Cabral
Placa de homenagem a Júdice Cabral, junto ao parque com o mesmo nome, em Lagos.
Nascimento António Joaquim Júdice Cabral
23 de Setembro de 1868
Lagos, Algarve
Morte 25 de Setembro de 1956
Lagos
Educação Curso de medicina na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa
Carreira médica
Ocupação Médico, cientista, político
Área Neurologia, Sismologia
Instituições Caminhos de Ferro Portugueses
Prêmios relevantes Oficialato da Ordem de Santiago

Biografia

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Nascimento e formação

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Nasceu na Freguesia de Santa Maria do Concelho de Lagos, em 23 de Setembro de 1868.[1]

Frequentou a Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, tendo concluído com distinção o seu curso em 1892, tendo a sua tese final sido sobre a Siringomielia, doença ainda pouco conhecida na medicina portuguesa.[1] Logo após a sua formatura, foi convidado a ensinar na Escola Médico-Cirúrgica, convite que recusou, de forma a aprofundar os seus conhecimentos sobre neurologia na Sorbonne, em Paris.[1][2]

Carreira profissional, política, científica e artística

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Trabalhou principalmente como médico, nos caminhos de ferro e a nível municipal e particular em Lagos, e publicou vários trabalhos científicos, destacando-se o estudo Paralisias Espasmódicas da Infância, de 1898, a obra Meningite Cérebro - Espinal realizada em conjunto com o médico Mendonça Corte-Real, e uma tese sobre sanatórios.[1]

Em Lagos, foi presidente da Associação Comercial e Industrial, empresário e presidente da Câmara Municipal, cargo que abandona quando pedem que apoie a ditadura instaurada com golpe de estado de 28 de Maio de 1926. [3][2] Também foi presidente da Junta Autónoma do Porto de Lagos, tendo defendido a instalação de um porto comercial na cidade.[1]

Dedicou-se igualmente à sismologia, tendo publicado em 1935 uma obra sobre o terramoto do Baluchistão.[1] Também escreveu poesia, nunca tendo no entanto publicado uma obra nesta área, embora o seu poema A Máxima Ambição tenha sido premiado nos Jogos Florais da Emissora Nacional.[1]

Falecimento

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Morreu na cidade de Lagos, em 25 de Setembro de 1956.[1]

Prémios e homenagens

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Foi distinguido pelo rei D. Carlos com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, tendo sido nomeado Médico Honorário da Real Câmara.[1]

A Câmara Municipal de Lagos colocou o seu nome num parque, tendo sido retratado num medalhão em bronze à entrada deste espaço.[1][4]

Referências

  1. a b c d e f g h i j Ferro, Silvestre Marchão Ferro; Castelo, Francisco. «BNP - Vultos na toponímia de Lagos». bibliografia.bnportugal.gov.pt. ISBN 972-8773-00-5. Consultado em 8 de dezembro de 2021 
  2. a b «António Júdice Cabral». Fototeca Municipal de Lagos. Consultado em 8 de dezembro de 2021 
  3. SILVA, Marco. «Lagos no Anuário Comercial de Portugal: Ano de 1938». Centro de Estudos Marítimos e Arqueológicos de Lagos. Consultado em 18 de Janeiro de 2012. Arquivado do original em 9 de maio de 2008 
  4. «Freguesia de Santa Maria» (PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 18 de Janeiro de 2012 [ligação inativa] 


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