António Manuel de Vilhena
António Manuel de Vilhena (Lisboa, 28 de maio de 1663 - Malta, Malta, 10 de dezembro de 1736), foi o 66.º Grão-Mestre Soberano da Ordem dos Hospitalários, tendo governado o arquipélago de Malta (onde então se achava a sede da ordem) desde 19 de Junho de 1722 até à sua morte em 1736.[1]
António Manuel de Vilhena (1663-1736) | |
---|---|
Pintura de António Manuel de Vilhena, grão-mestre da ordem de Malta | |
Nascimento | 28 de maio de 1663 Lisboa |
Morte | 10 de dezembro de 1736 (73 anos) Malta |
Nacionalidade | Portuguesa |
Cidadania | Portuguesa |
Progenitores | Pai: D. Sancho Manuel de Vilhena, 1.º Conde de Vila Flor |
Ocupação | Aristocrata, grão-mestre da Ordem de Malta |
Religião | Catolicismo romano |
Biografia
editarD. Frei António Manuel de Vilhena era um aristocrata português com ascendentes régios (era o quinto filho de D. Sancho Manuel de Vilhena, 1.º Conde de Vila Flor) e de sua primeira mulher e também sua prima, Ana de Noronha, filha do ministro Gaspar de Faria Severim.[2]
Foi o terceiro grão-mestre da ordem de origem portuguesa (o primeiro fora D. Frei Fernando Afonso de Portugal, filho natural de D. Afonso I de Portugal, que fora 12.º grão-mestre da Ordem), e o segundo D. Frei Luís Mendes de Vasconcelos (1622-1623), que fora 55.º grão-mestre da Ordem.
Em 1703 foi elevado ao cargo de grão-chanceler da Ordem e chefe da língua de Castela e Portugal, mais tarde a Bailio de São João de Acre, assim como a Governador do Tesouro. Só em 1722 foi eleito Grão-Mestre da Ordem por voto de todos os eleitores sendo um dos mais notáveis no cargo pelo seu valor nas batalhas e pela sua integridade na Administração Pública. Tornou-se o seu nome conhecido em toda a Europa, pela habilidade, prudência e valor com que defendeu ataques dos Turcos. Acometido por Abdi-Capitan que contava com a presença de um dos cativos que havia em Malta na ocasião do ataque, não só o repeliu, mas também sufocou os movimentos de revolta.
Embora a maior parte dos grão-mestres de Malta não fossem muito queridos da população maltesa, Vilhena foi amado pelos seus contemporâneos por ter tentado melhorar a situação da ilha, criando inúmeras instituições de caridade na ilha. Para além disso, fundou na ilha de Malta a cidade de Floriana, assim baptizada em homenagem ao Conde, seu pai, um subúrbio de La Valetta onde ainda hoje se ergue uma estátua em sua homenagem e onde criou o Palácio da Ordem. Construiu ainda o Forte Manuel e o Teatro Manuel (1731), que é tido como sendo o segundo mais antigo teatro da Europa ainda hoje em utilização.
A sua sepultura na Cocatedral de S. João é considerada a maior e mais sumptuosa de todas as sepulturas dos grão-mestres da Ordem de Malta.
Referências
- ↑ PINHO, António Brandão de (2017). A Cruz da Ordem de Malta nos Brasões Autárquicos Portugueses. Lisboa: Chiado Editora. 426 páginas. Consultado em 28 de agosto de 2017
- ↑ «D. António Manuel de Vilhena, Grão-mestre da Ordem de Malta, », por D. Thomaz d'Almeida Manuel de Vilhena (Conde de Vila Flor), Armas e Troféus : revista de História e de Arte, Vol. 1, 1932-1936, p. 9 a 20
Bibliografia
editar- «D. António Manuel de Vilhena, Grão-mestre da Ordem de Malta, », por D. Thomaz d'Almeida Manuel de Vilhena (Conde de Vila Flor), Armas e Troféus : revista de História e de Arte, Vol. 1, 1932-1936, p. 9 a 20.
Ligações externas
editar
Precedido por Marc'Antonio Zondadari |
Grão-Mestre da Ordem dos Hospitalários 1722 — 1736 |
Sucedido por Raymond Despuig |