António Maria de Oliveira
António Maria de Oliveira (Lisboa, 9 de maio de 1818 — Horta, 25 de novembro de 1886) foi um médico e político que se fixou na ilha do Faial, tendo atingido grande notabilidade local, liderando o Partido Regenerador no Distrito da Horta, distrito de que foi governador civil de 15 de maio de 1878 até 12 de junho de 1879.[1][2][3]
António Maria de Oliveira | |
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Nascimento | 9 de maio de 1818 Lisboa |
Morte | 25 de novembro de 1886 (68 anos) Horta |
Cidadania | Reino de Portugal |
Alma mater | |
Ocupação | médico, político |
Biografia
editarFormou-se Medicina e Cirurgia no ano de 1839 e nesse ano concorreu e foi admitido a uma vaga de facultativo municipal, tendo prestado «o competente juramento» na Câmara da Horta no dia 9 de outubro de 1839. Desde então o Dr. António Maria de Oliveira tornou-se médico municipal, cargo que, tal como os outros poucos clínicos residentes no Faial, acumulou com as de médico-cirurgião do hospital da Santa Casa da Misericórdia da Horta. Radicado na Horta, aqui constituiu família, casando com Luísa Isménia Ribeiro, havendo nascido três filhos desse consórcio.[4]
No seu trabalho revelou-se um médico sempre pronto, sempre assíduo, a todas as horas do dia e da noite, nas ilhas do Faial e do Pico.[1] Um jornal coevo afirmava: «Coração de oiro, abria-o a todos os infortúnios; alma nobilíssima, alma de eleição, modelava-a nos exemplos sublimes da honradez; espírito culto, punha-o ao serviço dos seus numerosos clientes sem buscar saber se tinham ou não cheias as algibeiras!».[5]
Na Horta desempenhou a partir de 1844 as funções de guarda-mor da saúde. Tinha honras de cirurgião-mor do Exército.[1]
A sua ação como médico granjeou-lhe uma larga influência. Dedicou-se à política, tendo assumido a liderança do Partido Regenerador nas ilhas do Distrito da Horta durante vários anos. Foi governador civil do distrito da Horta por decreto de 31 de janeiro de 1878, exonerado com a queda do governo regenerador, por decreto de 3 de junho de 1879, servindo desde 15 de maio de 1878 até 12 de junho de 1879.[1] Quando era governador civil recebeu a carta de conselheiro.
Exerceu o cargo de conselheiro do distrito por mais de vinte anos e foi eleito, por diversas vezes, procurador à Junta Geral do Distrito da Horta.[6][7]
Foi sócio correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa e comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.[1]
Referências
editar- ↑ a b c d e Enciclopédia Açoriana.
- ↑ da Silveira Macedo, História das quatro ilhas que formam o districto da Horta, p. 178. Horta, Typ. de L. P. da Silva Correa, 1871.
- ↑ «António Maria de Oliveira no Álbum Açoriano, p. 547. Lisboa, Bertrand, 1903-1908.
- ↑ Susana Garcia, Retalhos da nossa história – CXVIII: «Governador António Maria de Oliveira» in Tribuna das Ilhas, 16 de março de 2012.
- ↑ «Pantheon Açoriano, Dr. António Maria d'Oliveira» in Folha Insulana, Horta, ano I, n.º 8, edição de 28 de junho de 1888.
- ↑ «Junta geral do districto» in O Fayalense, Horta, ano 22, n.º 45, edição de 15 de junho de 1879.
- ↑ O Pico, Madalena, n.º 78, edição de 5 de dezembro de 1886.