Antônio Francisco de Andrade Couto
Major Antônio Francisco de Andrade Couto (Campinas, 1 de dezembro de 1847 - Campinas, 1 de maio de 1906) foi um comerciante, fazendeiro e político campineiro.
Foram seus pais o Comendador José Soares do Couto, natural do Porto, Portugal, falecido em 1865 no Rio de Janeiro, vítima de febre amarela; e de Ana Jacinta de Andrade Couto[1], natural de Mogi Mirim, falecida em 1897 em Campinas, sobrinha do Barão do Descalvado.
Em sua terra natal foi o Major Andrade Couto atuante cidadão. Exerceu o cargo de vereador na Câmara Municipal de Campinas de 1881 a 1884 (46ª legislatura) e integrou, logo após a Proclamação da República, o primeiro Conselho de Intendentes, cuja posse se deu em 25 de janeiro de 1890[2], uma vez tendo sido dissolvida a câmara anterior; foi também juiz municipal, tomando parte em diversas ações de liberdade de escravos do Tribunal de Campinas[3].
Capitão e major reformado da Guarda Nacional[4], foi ainda um dos fundores da Sociedade Luís de Camões e irmão remido da Santa Casa de Misericórdia de Campinas.
Possuía na cidade, juntamente com sua genitora, a importante casa comercial Viúva Couto & filho, mais tarde denominada A. Couto & Comp., do ramo de ferragens e construção[5]. Era proprietário das fazendas de café Paraíso, em Campinas (com produção de 4.000 arrobas em 1900[6]), Brumado, em Amparo, e Santa Francisca do Camanducaia, em Jaguariúna, as três em sociedade com seu consogro Avelino Antero de Oliveira Valente, ao lado de quem fundara a próspera firma Avelino & Couto.
Casou-se em 7 de maio de 1870 com Maria Umbelina Alves Couto, fundadora do Liceu Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora[7], tendo coadjuvado sua esposa na concretização daquela importante obra de caridade. Deixou descendência.
Bibliografia
editar- ABRAHÃO, Fernando Antonio. As ações de liberdade de escravos no Tribunal de Campinas. Campinas: UNICAMP/CMU, 1992.
- AMARAL, Leopoldo. O Liceu Salesiano N. S. Auxiliadora, um monumento erigido pela caridade. In Monografia histórica do Município de Campinas. Rio de Janeiro: Serviço gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1952.
- AMARAL, Leopoldo (org.). A Cidade de Campinas em 1900. Campinas: Casa Livro Azul, 1899.
- DUARTE, Rafael de Andrade. Traços biográficos de Custódio Manuel Alves. In Revista do Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas, 1904.
- OTÁVIO, Benedito & MELILLO, Vicente (org.). Almanaque histórico e estatístico de Campinas. Campinas: Casa Mascote, 1912.
- SILVA LEME, Luís Gonzaga da. Genealogia paulistana. São Paulo: Duprat & Comp., 1904-05.
Referências
- ↑ SILVA LEME, Luís Gonzaga da. Genealogia paulistana. São Paulo: Duprat & Comp., 1904-05. Vol III, p. 191.
- ↑ OTÁVIO, Benedito & MELILLO, Vicente (org.). Almanaque histórico e estatístico de Campinas. Campinas: Casa Mascote, 1912, pp. 64 e 65.
- ↑ ABRAHÃO, Fernando Antonio. As ações de liberdade de escravos no Tribunal de Campinas. Campinas: UNICAMP/CMU, 1992, pp. 56, 69, 70, 151.
- ↑ AMARAL, Leopoldo (org.). A Cidade de Campinas em 1900. Campinas: Casa Livro Azul, 1899, p. 192.
- ↑ LUNÉ, João Batista de & FONSECA, Paulo Delfino da. Almanque da Província de São Paulo para o ano de 1873. São Paulo: Tipografia Americana, p. 339. AMARAL, Leopoldo (org.). A Cidade de Campinas em 1900. Campinas: Casa Livro Azul, 1899, p. 333;.
- ↑ AMARAL, Leopoldo (org.). A Cidade de Campinas em 1900. Campinas: Casa Livro Azul, 1899, p. 310.
- ↑ AMARAL, Leopoldo. O Liceu Salesiano N. S. Auxiliadora, um monumento erigido pela caridade. In Monografia histórica do Município de Campinas. Rio de Janeiro: Serviço gráfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1952.