Antoniana Krettli
Antoniana Ursine Krettli (Araçuaí, 23 de setembro de 1943) é uma bioquímica, pesquisadora e professora universitária brasileira.
Antoniana Ursine Krettli | |
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Nascimento | 23 de setembro de 1943 (81 anos) Araçuaí, Minas Gerais, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileira |
Alma mater | Universidade Federal de Minas Gerais (graduação) |
Prêmios | Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico[1] |
Orientador(es)(as) | Antonio de Oliveira Lima |
Instituições | |
Campo(s) | Farmácia e bioquímica |
Tese | Efeito de anticorpos e do complemento sobre tripomastigotas sanguíneos de camundongos infectados com Trypanosoma cruzi (1978) |
Grande oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico[2], membro titular da Academia Brasileira de Ciências na área de Ciências Biomédicas desde 1996, é professora titular da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora da Fiocruz Minas.[3]
Antoniana foi a primeira presidente mulher da Sociedade Brasileira de Imunologia, em 1987 e primeira professora mulher titular do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.[4] Sua principal linha de pesquisa é buscar novos medicamentos antimaláricos.[5]
Biografia
editarNascida na cidade de Araçuaí, em 1943, Antoniana ingressou no curso de farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais em 1962. Em 1969, cursou o mestrado em parasitologia, defendido em 1971. Em 1976, cursou o doutorado na mesma área, ambos pela UFMG. Realizou três estágios de pós-doutorado. Um em 1980, pela Universidade de Lausanne, na Suíça, e pelo Instituto Pasteur, em Paris, e entre 1990 e 1991 pelos Institutos Nacionais da Saúde, nos Estados Unidos. Voltaria às salas de aula como estudante em 1992, para cursar medicina, pela UFMG, onde se formou em 1998.[3]
Já na graduação começou a trabalhar com pesquisa de doenças tropicais e conseguiu uma bolsa de iniciação científica sob a orientação do professor Zigman Brener, autoridade mundial na área de Doença de Chagas, e pesquisador do hoje da Fiocruz Minas. Por seu intermédio, Antoniana começou a pesquisar sobre malária, onde ingressou em 1965. Em 1967 passou em concurso na Faculdade Farmácia da UFMG, atuando na área de Parasitologia. Com a criação do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), em 1968, que agregou professores de outros departamentos da universidade, seguiu carreira docente no Instituto, pesquisando na área de Parasitologia.[4]
Antoniana foi pioneira no cultivo contínuo do Plasmodium falciparum, agente maligno da malária, usado em testes de antimaláricos a partir de plantas da Amazônia, estimulando vários grupos de químicos do país a fracionar extratos de plantas ativas em busca de um novo antimalárico. Na Fiocruz Minas criou, em 1976, o Laboratório de Malária, sendo sua chefe até 2003, onde liderou pesquisas sobre a biologia de parasitas e a quimioterapia experimental antimalária, dentre outras pesquisas de importância.[4]
Referências
- ↑ «Agraciados pela Ordem Nacional do Mérito Científico». Canal Ciência. Consultado em 21 de junho de 2021
- ↑ «Ministério da Ciência & Tecnologia». web.archive.org. 13 de fevereiro de 2007. Consultado em 20 de novembro de 2020
- ↑ a b «Antoniana Ursine Krettli». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 20 de novembro de 2020
- ↑ a b c «Antoniana Ursine Krettli recebe homenagem». Fiocruz. Consultado em 2 de fevereiro de 2021
- ↑ «Antoniana Krettli pesquisa novos medicamentos de combate à malária». Globo Universidade. Consultado em 2 de fevereiro de 2021