Antonio Carlos Rocha-Campos
Antonio Carlos Rocha-Campos (Araras, 3 de março de 1937 – São Paulo, 22 de julho de 2019) foi um proeminente geólogo, pesquisador e professor universitário brasileiro.
Antonio Carlos Rocha-Campos | |
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Conhecido(a) por |
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Nascimento | 3 de março de 1937 Araras, São Paulo, Brasil |
Morte | 22 de julho de 2019 (82 anos) São Paulo, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Cônjuge | Maria Lucia Rocha Campos |
Alma mater | Universidade de São Paulo |
Prêmios |
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Orientador(es)(as) | Josué Camargo Mendes |
Instituições | |
Campo(s) | geologia e petrografia |
Tese | Contribuição à estratigrafia da região de Taó, SC (1964) |
Um dos pioneiros em pesquisas antárticas no Brasil, ajudou na implantação e operação do Programa Antártico Brasileiro e foi o único brasileiro a presidir o Comitê Científico sobre Pesquisa Antártica (SCAR). Dentro da Universidade de São Paulo criou o Centro de Pesquisa Antártica, do qual foi seu primeiro diretor.
Grande oficial e comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico, foi também membro titular da Academia Brasileira de Ciências, do Conselho Internacional de Ciência, sediado na França, da Fundação de Estudos e Pesquisas Aquáticas, da Fundação Nacional da Ciência, dos Estados Unidos.
Biografia
editarAntonio Carlos nasceu em Araras, no interior de São Paulo, em 1937.[1][2] Em 1956, aos 17 anos, ingressou no curso de Ciências Naturais na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL), da Universidade de São Paulo, graduando-se em 1960.[1] No ano seguinte, ingressou no doutorado pelo Departamento de Geologia e Paleontologia, ainda da FFCL, obtendo o título em 1964, sob a orientação do Prof. Dr. Josué Camargo Mendes.[1] Em 1969, obteve o título de livre-docente pela mesma instituição.[1][2]
No mesmo ano, 1969, com a reforma universitária da USP, foi criado o Instituto de Geociências e Astronomia[3], dentro da Cidade Universitária, que em 1972 se chamaria apenas Instituto de Geociências, para o qual Antonio Carlos prestou concurso para o cargo de professor adjunto e depois, em 1980 para professor titular.[1][2]
Carreira
editarComo pesquisador visitante no pós-doutorado, palestrou e pesquisou nas Universidade de Illinois, Universidade da Cidade de Nova Iorque, Universidade de Minnesota, Museu Americano de História Natural e no Serviço Geológico dos Estados Unidos.[1][2] Também visitou a Universidade de Estrasburgo, na França.[1] Em fevereiro de 1971, tomou posse na Academia Brasileira de Ciências.[1]
No Instituto de Geociências criou o Centro de Pesquisas Antárticas, do qual foi diretor e de onde promoveu encontros e simpósios, além de ajudar na implantação do Programa Antártico Brasileiro. Com seu auxílio e orientação, o centro também promoveu várias edições do Simpósio Brasileiro de Pesquisas Antárticas, o principal evento científico da pesquisa brasileira na Antártica.
Antonio Carlos foi o primeiro geólogo a reconhecer o varvito de Itu, no interior paulista, onde se identificou um antigo lago glacial, posteriormente transformado no Parque Geológico do Varvito, em 1995, criado a partir do desativamento da Pedreira Itu.[4]
Morte
editarAntonio Carlos vinha lutando contra a Doença de Parkinson já havia alguns anos e morreu no dia 22 de julho de 2019[2][5], na cidade de São Paulo, aos 82 anos. Ele foi sepultado no Cemitério do Santíssimo Sacramento, na capital paulista.[2] Deixou a esposa, Maria Lucia Rocha Campos e três filhos.[5]
Referências
- ↑ a b c d e f g h «Antonio Carlos Rocha-Campos». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 23 de julho de 2019
- ↑ a b c d e f Governo Federal (ed.). «MCTIC lamenta falecimento do pesquisador Antonio Carlos Rocha Campos». Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Consultado em 23 de julho de 2019
- ↑ «Institucional». Instituto de Geociências. Consultado em 23 de julho de 2019
- ↑ Juca Ferreira (ed.). «Atividades marcam aniversário de 20 anos do Parque do Varvito». Itu. Consultado em 23 de julho de 2019
- ↑ a b «Nota de Pesar Antonio Carlos Rocha-Campos». Sociedade Brasileira de Geologia. Consultado em 23 de julho de 2019