Antonio María Cascajares y Azara
Antonio María Cascajares y Azara (Calanda, 2 de março de 1834 - Calahorra, 27 de julho de 1901) foi um cardeal da Igreja Católica espanhol, arcebispo de Zaragoza.
Antonio María Cascajares y Azara | |
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Cardeal da Santa Igreja Romana | |
Arcebispo de Zaragoza | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Arquidiocese de Saragoça |
Nomeação | 18 de abril de 1901 |
Predecessor | Vicente Alda y Sancho |
Sucessor | Juan Soldevilla y Romero |
Mandato | 1901 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 23 de fevereiro de 1861 Saragoça por Manuel García Gil, O.P. |
Nomeação episcopal | 27 de março de 1882 |
Ordenação episcopal | 4 de junho de 1882 Capela Real de Madrid por Angelo Bianchi |
Nomeado arcebispo | 17 de dezembro de 1891 |
Cardinalato | |
Criação | 29 de novembro de 1895 por Papa Leão XIII |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | Santo Eusébio (1896-1898) Santo Agostinho (1898-1901) |
Brasão | |
Lema | Sit nomen Domini benedictum O nome do Senhor seja bendito |
Dados pessoais | |
Nascimento | Calanda 2 de março de 1834 |
Morte | Calahorra 27 de julho de 1901 (67 anos) |
Nacionalidade | espanhol |
Progenitores | Mãe: Catalina de Azara y Mata Pai: Agustín de Cascajares y Bardaxí |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Biografia
editarDe uma família nobre, era o décimo segundo filho de Agustín de Cascajares y Bardaxí (1794-1860), barão de Bárcabo e Catalina de Azara y Mata (1794-1869). Seus irmãos Manuel (1814-1872) e Felipe (1820-1903) foram expoentes de Teruel. Era sobrinho-neto, por parte de pai, do cardeal Dionisio Bardaxí y Azara.[1] Ingressou no Exército pela Escola de Artilharia de Segóvia em 1846. Em 1856, foi promovido a tenente do Quinto Regimento de Cavalaria e, em 1857, aposentou-se com o posto de capitão para prosseguir seus estudos eclesiásticos.[1]
Estudou no Seminário de Zaragoza, onde obteve uma licenciatura em teologia e outra em direito canônico. Foi ordenado padre em 23 de fevereiro de 1861, em Saragoça, por Manuel García Gil, O.P., arcebispo de Zaragoza.[1][2] Ele obteve benefícios nas igrejas de El Pilar em Calanda e em La Granja. Também foi cônego do capítulo da Catedral de Girona, tesoureiro do capítulo da Catedral de Saragoça, arquidiácono da Arquidiocese de Toledo e decano da Arquidiocese de Burgos. Foi nomeado para o episcopado pelo rei Alfonso XII da Espanha em 25 de janeiro de 1882.[1]
Foi confirmado como Prior nullius de Ciudad Real em 27 de março de 1882, foi consagrado bispo-titular de Dora em 4 de junho, na Capela Real de Madrid, por Angelo Bianchi, núncio apostólico na Espanha, assistido por Victoriano Guisasola y Rodríguez, bispo de Orihuela, e por Ciriaco María Sancha y Hervás, bispo de Ávila.[1][2] Tal prelazia unia in perpetuum o priorado das quatro ordens militares de Santiago, Alcântara, Calatrava e Montesa, na cidade de Ciudad Real. O ocupante tinha a autoridade de grão-mestre das ordens e, submetido à Sé Apostólica, exercia jurisdição espiritual no território civil daquela província.[1]
A Santa Sé e o então novo núncio apostólico na Espanha, Mariano Rampolla del Tindaro, mostraram-se muito reticentes quanto à sua promoção, visto que não tinha preparação teológica suficiente para assumir o episcopado. Assim, acabou sendo transferido para a Diocese de Calahorra y La Calzada, com residência em Logroño, em 27 de março de 1884. Desta vez, o núncio Rampolla teve que abandonar suas objeções por insistência do rei.[1] Foi apresentado em 14 de dezembro de 1891 pela rainha regente Maria Cristina para a sé de Valladolid e foi promovido pelo papa à Sé Metropolitana de Valladolid em 17 de dezembro, recebendo o pálio nesse mesmo dia.[1] Nessa época, foi eleito senador.[3]
Foi criado cardeal pelo Papa Leão XIII, no Consistório de 29 de novembro de 1895, recebendo o barrete vermelho e o título de cardeal-presbítero de Santo Eusébio em 25 de junho de 1896.[1][2] Em 1897, a Rainha Maria Cristina queria sua transferência para a Sé Metropolitana e Primacial de Toledo, mas Cascajares não queria deixar sua sé de Valladolid. Optou pelo título de Santo Agostinho em 24 de março de 1898. Transferido para a Arquidiocese de Saragoça em 18 de abril de 1901, recebeu o pálio no mesmo dia, mas morreu sem ter tomado posse da Sé de Saragoça, em 27 de julho de 1901, em Calahorra.[1][2]
Foi sepultado no Templo de Pilar de Calanda, contudo, seu túmulo foi profanado durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), enquanto o local sagrado foi usado como cinema pelas milícias republicanas. Desaparecido o seu corpo, resta hoje apenas a placa de pedra que indicava, no chão da referida capela, a sua exata localização anterior.
Referências
Ligações externas
editar- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês)
- «GCatholic» (em inglês)
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «Araldica Vaticana» (em italiano)
- «Antonio Maria Cascajares Azara» (em espanhol). Dicionário Biográfico Espanhol da Academia Real de História da Espanha
Precedido por Victoriano Guisasola y Rodríguez |
Bispo-titular de Dora e Prior nullius de Ciudad Real 1882 — 1884 |
Sucedido por José María Rancés y Villanueva |
Precedido por Gabino Catalina del Amo |
Bispo de Calahorra 1884 — 1891 |
Sucedido por Gregorio María Aguirre y García |
Precedido por Mariano Miguel Gómez Alguacil y Fernández |
Arcebispo de Valladolid 1891 — 1901 |
Sucedido por José María Justo Cos y Macho |
Precedido por Benito Sanz y Forés |
Cardeal-presbítero de Santo Eusébio 1896 — 1898 |
Sucedido por Agostino Richelmy |
Precedido por Antolín Monescillo |
Cardeal-presbítero de Santo Agostinho 1898 — 1901 |
Sucedido por Sebastiano Martinelli, O.S.A. |
Precedido por Vicente Alda y Sancho |
Arcebispo de Zaragoza 1901 |
Sucedido por Juan Soldevilla y Romero |