Estação Ferroviária de Olivais

estação ferroviária em Portugal
(Redirecionado de Apeadeiro dos Olivais)

A Estação Ferroviária de Olivais, originalmente denominada de Olivaes,[1] foi uma gare ferroviária da Linha do Norte, que servia a vila de Olivais, no município de Lisboa, em Portugal. Esta interface foi demolida para permitir a construção da Gare do Oriente.

Olivais
Linha(s): Linha do Norte (PK 6,8)
Coordenadas: 38°46′25.49″N × 9°5′55.51″W

(=+38.77375;−9.09875)

Mapa

(mais mapas: 38° 46′ 25,49″ N, 9° 05′ 55,51″ O; IGeoE)
Município: LisboaLisboa
Serviços: sem serviços
Inauguração: 28 de outubro de 1856 (há 168 anos)
Encerramento: sim
Aspeto da Estação Ferroviária dos Olivais na década de 1960.

História

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Durante a fase de planeamento da futura Linha do Norte, o engenheiro Thomaz Rumball apresentou, no seu relatório de 7 de Dezembro de 1852, duas propostas para o traçado de Lisboa a Santarém, com uma delas a iniciar-se num ponto perto da fundição e a seguir ao longo da margem do Rio Tejo, passando pelo Poço do Bispo e por Olivais.[2] O primeiro projecto para o lanço da linha entre Lisboa e Santarém fazia a linha sair do Intendente, mantendo-se a passagem por Olivais, tendo o ponto de origem sido posteriormente mudado para a futura estação de Lisboa-Santa Apolónia.[3]

 
Anúncio de 1872 da Companhia Real, para bilhetes de ida e volta de Lisboa até Olivais a preços especiais, por ocasião da festa de São Sebastião. A estação de Olivais surge com o nome original, Olivaes.

Esta estação fazia parte do troço entre Lisboa e o Carregado da Linha do Norte, que foi inaugurado no dia 28 de Outubro de 1856, pela Companhia Central e Peninsular dos Caminhos de Ferro em Portugal, e posteriormente passada para a Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses.[4] Na altura da inauguração, Olivais era a primeira estação fora de Lisboa.[5]

Em 1857, a estação de Olivais tinha serviço de passageiros e bagagens, nas três classes.[6] No dia 5 de Setembro de 1891, o comboio real para a inauguração da Linha da Beira Baixa teve uma paragem nesta estação.[7]

Em 15 de Abril de 1890, entrou ao serviço a segunda via no lanço entre Olivais e o Carregado.[8]

Para a Exposição do Mundo Português, em 1940, a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses formou vários comboios especiais entre Sacavém até Belém, que tinham paragem em Olivais.[9]

Referências literárias

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No Guia de Portugal de 1924, é descrito o apeadeiro dos Olivais e a via férrea em redor:

De súbito surge à esq. um vale largo, alegre, verdejante, mostrando o quadriculado das culturas - um sorriso no meio desta paisagem sorumbática e tristonha. Estamos nos - 13 km. Olivais, importante pov. suburbana.
— PROENÇA, Raúl e DIONÍSIO, Santana, Guia de Portugal, p. 588

Ver também

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Referências

  1. «Sacaven - Tramways. - Lisboa R., Sacavem, Povoa e Villa Franca». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 74. Consultado em 2 de Fevereiro de 2014 
  2. ABRAGÃO, Frederico (16 de Março de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1638). p. 131-138. Consultado em 27 de Setembro de 2016 
  3. «Ano Centenário dos Caminhos de Ferro Portugueses» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 533-534. Consultado em 3 de Março de 2018 
  4. TORRES, Carlos Manitto (1 de Janeiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1681). p. 9-12. Consultado em 9 de Agosto de 2015 
  5. ABRAGÃO, Frederico (16 de Agosto de 1956). «No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal: Algumas notas sobre a sua história» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 69 (1648). p. 375-382. Consultado em 27 de Setembro de 2016 
  6. SABEL (16 de Fevereiro de 1936). «Ecos & Comentários» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1156). p. 117. Consultado em 27 de Setembro de 2016 
  7. «Horario dos comboios reaes nos dias 5 e 6» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha. 4 (89). 3 de Setembro de 1891. p. 269. Consultado em 10 de Agosto de 2015. Arquivado do original (PDF) em 27 de Setembro de 2015 
  8. MARTINS et al, 1996:251
  9. «Horário dos combóios especiais para a Exposição» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 52 (1266). 16 de Setembro de 1940. p. 623. Consultado em 3 de Março de 2018 

Bibliografia

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  • PROENÇA, Raúl; DIONÍSIO, Santana (1991) [1924]. Guia de Portugal: Generalidades, Lisboa e arredores. Col: Guia de Portugal. Volume 1 de 5 3.ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 696 páginas. ISBN 972-31-0544-6 
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