Arez (Rio Grande do Norte)

município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte
(Redirecionado de Arês)

Arez é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Conforme estimativa do IBGE de 2021, sua população é de 14.526 habitantes. Área territorial de 115,4 km².

Arez
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Arez
Bandeira
Brasão de armas de Arez
Brasão de armas
Hino
Gentílico aresense
Localização
Localização de Arez no Rio Grande do Norte
Localização de Arez no Rio Grande do Norte
Localização de Arez no Rio Grande do Norte
Arez está localizado em: Brasil
Arez
Localização de Arez no Brasil
Mapa
Mapa de Arez
Coordenadas 6° 11′ 38″ S, 35° 09′ 36″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio Grande do Norte
Região metropolitana Natal
Municípios limítrofes Nísia Floresta, São José do Mipibu, Espírito Santo, Goianinha, Tibau do Sul e Senador Georgino Avelino
Distância até a capital 59 km
Administração
Prefeito(a) Bergson Iduino de Oliveira (Republicanos, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 115,407 km²
População total (estimativa IBGE/2021[1]) 14 526 hab.
Densidade 125,9 hab./km²
Clima Tropical chuvoso
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,606 médio
PIB (IBGE/2018[3]) R$ 447 728,23 mil
PIB per capita (IBGE/2018[3]) R$ 31 547,93
Sítio arez.rn.gov.br (Prefeitura)

Geografia

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Distante 59 km da capital do estado, Natal,[4] Arez ocupa uma área de 115,407 km²[1] (0,2185% da superfície estadual), dos quais 1,264 km² constituem a área urbana.[5] Tem como limites Nísia Floresta e São José de Mipibu a norte; Goianinha e Tibau do Sul a sul; Senador Georgino Avelino e Tibau do Sul a leste e, a oeste, São José de Mipibu e Goianinha.[6] Arez pertence à região geográfica imediata de Canguaretama e à região intermediária de Natal, conforme a atual divisão territorial regional do Brasil, vigente desde 2017,[7] quando até então fazia parte da microrregião do Litoral Sul e mesorregião do Leste Potiguar, que vigoravam desde 1989.[8]

O relevo de Arez é baixo e relativamente plano, com altitudes abaixo dos cem metros, e inserido nos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, estando os vales dos rios nas planícies fluviais, que inundam nos períodos de cheia. A geologia é marcada pela existência de rochas do Grupo Barreiras, do período Terciário Superior, cobertos por areia e paraconglomerados de quartzo e sílex, formando as paleocascalheiras.[6] Cortado pelos rios Baldum e Jacu, Arez possui 53,84% do seu território na bacia hidrográfica do rio Trairi e os 46,16% na bacia do rio Jacu.[6] A leste, onde ficam as localidades de Camocim e Patané, localiza-se a Lagoa de Guaraíras, parte do Complexo Lagunar de Bonfim e Papeba-Guaraíras, que por sua vez integra a Área de Proteção Ambiental de Bonfim-Guaraíras, criada por decreto estadual em 22 de março de 1999, da qual fazem parte Arez e outros cinco municípios,[9] cobrindo um total de mais de 42 mil hectares de área.[10]

Os solos do município são profundos, lixiviados e altamente permeáveis, com boa capacidade de reter água, porém muito pobres em nutrientes e, portanto, pouco férteis, havendo a predominância a areia quartzosa distrófica e dos latossolos, que se diferenciam por sua textura. O primeiro, como indica o nome, é arenoso, enquanto o segundo apresenta textura média,[6] com concentrações equilibradas de areia e argila. Também existem os solos indiscriminados de mangue e os solos litólicos,[11] este último chamado de neossolo na nova classificação brasileira de solos, tal como a areia quartzosa.[12] Esses solos são cobertos pela Mata Atlântica, que apresenta na forma de floresta subperenifólia, verde durante todo o ano.[6] No entorno da Lagoa das Guaraíras estão os manguezais,[13] um ecossistema de transição entre os biomas terrestre e marinho.

O clima, por sua vez, é tropical chuvoso,[6] com chuvas concentradas no período de março a julho. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), referentes ao período de 2004 a 2016 e a partir de 2020, o maior acumulado de chuva em 24 horas registrado em Arez atingiu 190 mm em 4 de setembro de 2013, seguido por 186,6 mm em 13 de abril de 2011 e 163,5 mm em 8 de abril de 2008. Junho de 2007, com 539 mm, foi o mês mais chuvoso da série histórica.[14]

Dados climatológicos para Arez (2004-2016)[14]
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Precipitação (mm) 70,6 88,5 145,1 205,5 219 283,2 171,8 96,7 52,3 13,4 11,8 11,2 1 369,1

Referências

  1. a b c IBGE. «Brasil / Rio Grande do Norte / Arês». Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  2. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) (2010). «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Consultado em 4 de setembro de 2013 
  3. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2018». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 3 de janeiro de 2021 
  4. IDEMA - Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (2020). «Anuário estatístico do Rio Grande do Norte». Consultado em 18 de fevereiro de 2022 
  5. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  6. a b c d e f IDEMA (2008). «Perfil do seu município: Arez» (PDF). Consultado em 23 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de fevereiro de 2022 
  7. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (2017). «Base de dados por municípios das Regiões Geográficas Imediatas e Intermediárias do Brasil». Consultado em 29 de março de 2019 
  8. IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1: 44–45. Consultado em 8 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017 
  9. SILVA; SOUZA MILLER, 2019, p. 98-99.[1]
  10. IDEMA (23 de setembro de 2021). «Área de Proteção Ambiental Bonfim-Guaraíra». Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  11. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Arês, RN» (PDF). Consultado em 23 de fevereiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de fevereiro de 2022 
  12. JACOMINE, 2008, p. 178.[2]
  13. LIMA; LOPES, 2016, p. 209.[3]
  14. a b Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). «Relatório pluviométrico». Consultado em 23 de fevereiro de 2022 

Bibliografia

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LIMA, Gilberto Feliciano; LOPES, Régia Lúcia. Impactos ambientais dos resíduos gerados na pesca artesanal de moluscos bivalve no distrito de Patané/Arez-RN. Holos, v. 4, p. 206-216, 2016.
JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008.
SILVA, Luênia Kaline Tavares; SOUZA MILLER, Francisca. Pesca artesanal no litoral sul potiguar: Perfil socioeconômico, dificuldades e perspectivas. Vivência: Revista de Antropologia, v. 1, n. 53, 2019.

Ver também

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