Arco de Fábio
O Arco de Fábio (em latim: Fornix Fabiorum ou Fornix Fabianus) foi o primeiro arco do triunfo construído na área do Fórum Romano e um dos mais antigos de Roma.
Arco de Fábio | |
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Informações gerais | |
Tipo | Arco do triunfo |
Construção | 121 a.C. |
Promotor | Quinto Fábio Máximo Alobrógico |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região VIII - Forum Romanum |
Coordenadas | 41° 53′ 31″ N, 12° 29′ 11″ L |
Arco de Fábio |
Localização
editarDos vestígios deste arco foram identificados logo ao norte do Templo de César e seu vão atravessava a Via Sacra na extremidade oriental do Fórum[1], perto da Régia[2].
História
editarDesde períodos muito antigos, uma porta, provavelmente nada mais que uma cancela entre dois muros, marcava a entrada da Via Sacra no Fórum. Durante as celebrações das vitórias militares, os soldados passavam por esta porta como um ato de purificação com o objetivo de deixarem para trás a violência que traziam de volta da guerra[3]. Esta porta foi substituída por um pequeno arco (em latim: fornix) construído pelo cônsul Quinto Fábio Máximo Alobrógico em 121 a.C. para celebrar sua vitória sobre os alóbroges, um povo gaulês[4]. Foi um dos primeiros monumentos do tipo construídos em Roma e o primeiro no Fórum[4]. Os arcos triunfais, uma evolução arquitetural destes primeiros fornices (pequenos arcos) foram construídos depois, principalmente na época imperial[5]. O monumento foi restaurado pelo neto de Alobrógico, Quinto Fábio Máximo, que foi edil curul entre 57 e 56 a.C.[1][4].
Ele foi citado muitas vezes na obra de Cícero, o que nos permitiu inferir sua localização:
“ | Assim, Crasso, dissestes de Mêmio: ele se sentia tão grande que, chegando ao Fórum, se curvou ao passar sob o Arco de Fábio. | ” |
“ | De fato, quando Hortênsio, cônsul-eleito, estava chegando do Campo de Marte acompanhado de uma grande multidão que o conduzia, C. Curião atravessou a multidão. [...] Ele vei, perto do Arco de Fábio, Verres entre a multidão; ele se dirigiu a ela e o congratulou em voz alta | ” |
Descrição
editarA arquitetura é incerta e impossível de deduzir pelos fragmentos encontrados no local a partir de 1540, mas hoje desaparecidos e que podem ter sido incorretamente atribuídos ao arco[8]. Uma hipótese o descreve como um arco simples com 3,945 metros de largura composto de blocos de tufo e peperino revestido de placas de travertino, decorado com estátuas e ornamentos em bronze dourado[9]. Os fragmentos de uma inscrição encontrados no local são atribuídos a ele: [Q. FABIUS L. F. MAXS]UMUS [AID. CUR. RESTIT]UIT...ORI[10]. O arco estava decorado com estátuas de membros ilustres da gente Fábia e podem ser adições da época da restauração do arco por volta de 57 a.C.[4].
Localização
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Referências
- ↑ a b Platner & Ashby 1929, p. 211.
- ↑ Coarelli 2007, p. 84.
- ↑ Duret & Néraudeau 2001, p. 295.
- ↑ a b c d Richardson 1992, p. 154.1.
- ↑ Duret & Néraudeau 2001, p. 295-296.
- ↑ Cícero|De Oratore II 66
- ↑ Cícero, In Verrem actio prima I, 7-19
- ↑ Richardson 1992, p. 154.1-2.
- ↑ Richardson 1992, p. 154.2.
- ↑ Platner & Ashby 1929, p. 212.
Bibliografia
editar- Richardson, Lawrence (1992). A New Topographical Dictionary of Ancient Rome (em inglês). [S.l.]: Johns Hopkins University Press. 488 páginas. ISBN 0801843006
- Platner, Samuel Ball; Ashby, Thomas (1929). A topographical dictionary of Ancient Rome (em inglês). [S.l.]: Oxford University Press
- Coarelli, Filippo (2007). Rome and environs. an archaeological guide (em inglês). [S.l.]: University of California Press
- Duret, Luc; Néraudeau, Jean-Paul (2001). Urbanisme et métamorphose de la Rome antique. Col: Realia (em inglês). [S.l.]: Les Belles Lettres