Ardabasto
Este artigo não está em nenhuma categoria. (Novembro de 2024) |
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Outubro de 2024) |
Esta página ou se(c)ção precisa ser formatada para o padrão wiki. (Dezembro de 2024) |
Ardabasto (703-756) filho do último rei visigodo Witiza. Aliou-se com os muçulmanos contra Rodrigo para recuperar as terras do seu pai e ganhar o favor do Al-Álndalus. Tornou-se conde dos cristãos de Córdoba, além de colector dos chamados impostos jaray
Origens e contexto
editarArdabasto é filho de Witiza, rei dos visigodos, destacado primeiro para cargos de governo durante o reinado de seu pai Egica, ocupando um posto na Corte itinerante. Ao morrer seu pai, subiu ao trono como único Rei.
Como rei ganhou fama de generoso e bondoso senhor, por destruir todos os documentos reconhecedores de dívidas para com o seu pai Egica. A sua política causou um grande descontentamento já que suporia uma grave perda para a Fazenda Real. Com esta política demonstrou uma drástica redução no peso da lei, segundo a Crónica de Alfonso III, Witiza permitiu o casamento aos clérigos, segundo o XVIII concilio de Toledo, o que quiçá supusesse o fim de seu reinado, já que esta nova permissão, lhe causou problemas com membros de prestigio, do clero da sede toledana. A crónica de Alfonso III, mostra-se-nos um monarca totalmente diferente, desonesto com costumes pouco ortodoxos, tomando diferentes esposas e concubinas e que dissolveu os concilios. Para além disso, aprovou o casamwnto clerical para que não se pudesse reprovar a sua conduta. Assim sendo, são-nos apresentadas duas visões contrapostas do monarca Witiza. Este contexto depois de sua morte no ano 710 deixaria a Witiza sem poder decidir sua sucessão ao trono. Na coroa sucedeu-lhe a rainha, mãe dos três filhos de Witiza, que aquando sua morte ainda eram pequenos para reinar. Aproveitando este vazio sucessorio, Rodrigo, general das tropas do rei, levantou-se em armas juntamente com outros homens e reclamou o trono, ainda que por pouco tempo.
Depois da morte de seu pai, Ardabasto e seus irmãos ficaram como senhores das terras que tinham em sua posse. Mas um problema maior surgiria com a invasão muçulmana que pôs fim ao reino godo. Ardabasto destacava-se pela sua astúcia e suas habilidades negociadoras, pelo que sua riqueza e suas numerosas propriedades espalhadas pela o-Ándalus se deviam possivelmente a pactos com os invasores muçulmanos para conservar sua posição e ampliar suas terras, depois da queda do reino visigodo, da qual ele e seus irmãos fizeram parte, ajudando aos muçulmanos a derrotar a Rodrigo. Beneficiando-se enormemente dos favores destes.
Para além disso, ao morrer seu irmão Olemundo, Ardabasto apropriou-se de uma parte de suas propriedades, que deveriam pertencer por direito legítimo a seus filhos. Como resultado desta usurpacão da herança, seus três sobrinhos deslocaram-se a Damasco para denunciar a seu tio ao califa e assim se lhes restituíssem suas propriedades.
Conselheiro do vali Abu I-Jattar (743 – 745) Ardabasto era um dos principais potentados do território da o-Ándalus e converteu-se num dos principais conselheiros de Abu I-Jattar. Neste cargo reconhece-se especialmente por aconselhar ao vali para afastar as tribos sírias que chegaram desde o Norte de África a Córdoba e assentaram em outras províncias. De tal forma que o Yund de Damasco foi enviado à Cora de Elvira; o de Jordánia a Jaén; o de Palestiniana a Sidonia; o de Hims a Sevilla; e o de Egipto a Beja.
Como consequência da rebelião dos qaysíes, Abu I- Jattar foi aprisionado e nomearam vali Ṯawāba ben Salama sob a tutela de Al-Ṣumayl. O agora conceituado homem mais forte da Al-Ándalus manteve vários encontros com Ardabasto acompanhado por outros dez notáveis qaysíes. Num destes encontros, Ardabasto doou cem aldeias aos sírios para que se estabelecessem, o que demonstra o seu imenso património territorial. Entre estas propriedades estavam em Almodóvar, Torox, ou Jaén.
Confiscacão das suas propriedades. Ardabasto perdeu todas suas terras durante o reinado de Abderramán I. Segundo narrações, deveu-se à inveja do emir para Ardabasto. Diz-se que este, durante uma de suas expedições numa campanha militar, por curiosidade foi à tenda de Ardabasto e observou a quantidade de presentes que recebia. Ao não receber as mesmas atenções, o emir sentiu-se ofendido apesar do maior poder que exercia no território da A-Ándalus. Abderramán, por inveja, despojou-o de todas suas terras. Ardabasto pediu ajuda a seus sobrinhos, a quem tinha tratado de roubar as propriedades de seu pai. De maneira que, vendo nesta situação tão precária, foi ao háyib Abda Yūsufben Bujt, a quem tinha feito doações anteriormente, para que lhe pedisse uma audiência com o emir e poder procurar uma solução a seu problema. Segundo conta a crónica, após a audiência, converteu-se em conde dos cristãos de Córdoba, além de colector dos chamados impostos jaray.
Bibliografia
editarViguera Molins, Maria Jesús (janeiro de 1976)
«La conquista de al-Andalus según Ibn al-Qutiyya (siglo X)». Aljaranda: revista de estudios tarifeños. NÚMERO MONOGRÁFICO CONMEMORATIVO DEL XIII CENTENARIO DEL DESEMBARCO ÁRABO-BEREBER DEL 711 (81): 8-13. De enero de 1976 |nome1=
sem |sobrenome1=
em Authors list (ajuda); Verifique data em: |acessodata=, |data=
(ajuda);