Artabano III
Artabano III (em parta: 𐭍𐭐𐭕𐭓; romaniz.: Ardawān), incorretamente conhecido nos estudos mais antigos como Artabano IV, foi um príncipe parta que competiu contra seu irmão Pácoro II (r. 78–110) pela coroa parta de 79/80 a 81.
Artabano III | |
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Dracma de Artabano III cunhado em Selêucia do Tigre | |
Xá rival do Império Arsácida | |
Reinado | 79/80–81 |
Antecessor(a) | Pácoro II |
Sucessor(a) | Pácoro II |
Nascimento | século I |
Dinastia | arsácida |
Pai | Vologases II |
Religião | Zoroastrismo |
Nome
editarArtabano (Artabanus; Ἁρτάβανος, Artábanos) ou Artabanes (Artabanus; Ἀρταβάνης, Artabanēs[1]) são as formas latina e grega do persa antigo Artabanu (*Arta-bānu), "a glória de Arta". Foi registrado em parta e persa média como Ardavã (em persa médio: 𐭓𐭕𐭐𐭍, Ardawān),[2], em acadiano como Atarbanus (Atarbanuš), em elamita como Irtabanus (Irtabanuš), em aramaico como Artebenu (‘rtbnw), em lídio como Artabana (Artabãna),[3] em armênio como Artavã (Արտաւան, Artawān) e em persa novo como Ardavã (em persa: اردوان, Ardavan).[4]
Vida
editarNão se sabe o ano de nascimento de Artabano.[5] Pela semelhança de sua cunhagem com a emitida pelo xainxá Artabano II (r. 12–38/41), já foi proposto que era filho dele, mas outras análises o apontam como filho de Vologases I (r. 51–78) e irmão de Vardanes II (r. 55–58), Vologases II (r. 78–80) e Pácoro II (r. 78–110). Nos últimos anos de reinado de Vologases I, Pácoro II foi nomeado cogovernante e com a morte do pai em 78, Pácoro assumiu o trono como único xainxá.[6][7] Em 79/80, o governo de Pácoro foi disputado por Artabano. Sua reivindicação ao trono parece ter tido pouco apoio no Império Arsácida, com exceção da Babilônia. A ação mais notável de Artabano III foi dar refúgio a um Pseudo-Nero chamado Terêncio Máximo.[8] Artabano III inicialmente concordou em emprestar ajuda militar a Terêncio Máximo para capturar Roma, até descobrir a verdadeira identidade do impostor.[9] As casas da moeda de Artabano III desaparecem depois de 81, o que sugere que Pácoro II o derrotou.[8]
Referências
- ↑ Gandhi 2004, p. 44.
- ↑ Schippmann 1986, p. 647–650.
- ↑ Dandamayev 1986, p. 646–647.
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 316.
- ↑ Verstandig 2001, p. 293.
- ↑ Dąbrowa 2012, p. 391.
- ↑ Chaumont 1988, p. 574–580.
- ↑ a b Schippmann 1986, p. 647–650.
- ↑ Kia 2016, p. 179.
Bibliografia
editar- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Արտաւան». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Chaumont, M. L.; Schippmann, K. (1988). «Balāš VI». Enciclopédia Irânica, Vol. III, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 574–580
- Dąbrowa, Edward (2012). «The Arsacid Empire». In: Daryaee, Touraj. The Oxford Handbook of Iranian History. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-987575-7
- Dandamayev, M. A. (1986). «Artabanus (old persian proper name)». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 646–647
- Gandhi, Maneka; Husain, Ozair (2004). The Complete Book of Muslim and Parsi Names. Déli: Penguin Books
- Kia, Mehrdad (2016). The Persian Empire: A Historical Encyclopedia [2 volumes]. Santa Bárbara: ABC-CLIO. ISBN 978-1610693912
- Schippmann, K. (1986). «Artabanus (arsacid kings)». Enciclopédia Irânica, Vol. II, Fasc. 6. Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Colúmbia. pp. 646–647
- Verstandig, A. (2001). Histoire de l'empire parthe ( -250-227) : À la découverte d'une civilisation méconnue. Bruxelas: Le Cri
Ligações externas
editar- Media relacionados com Artabano III da Pártia no Wikimedia Commons