Artavasdes Dimacísio
Artavasdes Dimacísio (em latim: Artavasdes; em armênio/arménio: Արտաւազդ; romaniz.: Artawazd) foi um nobre armênio (nacarar) do século VI, membro da família Dimacísio, ativo durante o reinado do imperador Constante II (r. 641–668).
Artavasdes Dimacísio | |
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Nacionalidade | Império Sassânida |
Etnia | Armênia |
Religião | Cristianismo |
Nome
editarArtavasdes, Artoasdes ou Artabazo (Artabazus) são as formas latinas do armênio Astavasde (em armênio/arménio: Արտաւազդ, Artawazd),[1] que derivou do avéstico Axavasda (Ašavazdah-), "aquele que promove a justiça", através do iraniano antigo *Artavasda (*Artavazdah).[2][3] Foi registrado em persa médio como *Ardevaste (*Ard-vast), em grego como Artabasdo (Αρτάβασδος, Artábasdos), Artauasdes (Αρταουάσδης, Artaouásdēs), Artabazes (Αρτάβαζης, Artábazēs) e Artabazo (Αρτάβαζος, Artábazos) e em árabe como Artabatus (em árabe: ارتاباتوس).[1]
Contexto
editarApós a queda do Império Sassânida, conquistado pelos árabes, os armênios, vassalos dos sassânidas, se aproximam do Império Bizantino para resistir melhor às incursões dos árabes. O imperador Constante II (r. 641–668) nomeou Teodoro Restúnio como príncipe da Armênia em 643, mas os armênios rapidamente se desapontaram com o Império Bizantino que, por um lado, apenas ajuda fracamente contra os árabes e, por outro, procura acabar ao cisma armênio pela conversão forçada. Restúnio rejeita a suserania bizantina e aproxima-se dos árabes e aprisiona os emissários bizantinos.[4] Constante invadiu a Armênia em 654, obrigando Teodoro Restúnio a fugir, e nomeou em seu lugar Musel IV, que assim se tornou príncipe da Armênia. Após a partida do exército bizantino, Restúnio recebeu um contingente de sete mil árabes, assumiu o controle da Armênia e se tornou príncipe novamente.[5]
Vida
editarA parentela de Artavasdes é incerta, exceto que pertenceu à família Dimacísio. Em 654, em meio aos tumultos no qual o país estava envolvido, Artavasdes serviu como emissário de Musel IV. Por conta da inveja de seu irmão, cujo nome não é registrado, foi entregue ao general árabe Habibe ibne Maslama Alfiri, então residindo em Aruche, em Aragatózia, que o executou com excessiva crueldade.[6]
Referências
- ↑ a b Justi 1895, p. 37-38.
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 310-311.
- ↑ Fausto, o Bizantino 1989, p. 358.
- ↑ Grousset 1973, p. 296-302.
- ↑ Grousset 1973, p. 302-304.
- ↑ Sebeos 1999, p. 149-150.
Bibliografia
editar- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Արտավազդ». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Fausto, o Bizantino (1989). Garsoïan, Nina, ed. The Epic Histories Attributed to Pʻawstos Buzand: (Buzandaran Patmutʻiwnkʻ). Cambrígia, Massachusetts: Departamento de Línguas e Civilizações Próximo Orientais, Universidade de Harvard
- Grousset, René (1973) [1947]. Histoire de l'Arménie: des origines à 1071. Paris: Payot
- Justi, Ferdinand (1895). Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung
- Sebeos (1999). The Armenian History Attributed to Sebeos. Traduzido por Thomson, R. W. Liverpul: Imprensa da Universidade de Liverpul. ISBN 0853235643