Artesanato de balata
O artesanato de balata é um produto feito manualmente por artesãos a partir da modelagem do látex natural da arvore balateira (Manilkara bidentata). É patrimônio cultural do município brasileiro de Monte Alegre (estado do Pará).[1]
Balateira
editarA balateira (Manilkara bidentata) é uma sapotácea encontrada na Amazônia brasileira, árvore de grande porte com tronco avermelhado e,[1] frutos em forma de cocos pequenos.
Artesanato
editarO látex extraído do tronco da balateira é a matéria-prima usada na confecção do tradicional artesanato das miniaturas que representam a fauna e os tipos sociais da região amazônida.[1]
O artesanato de miniaturas produzido com a balata é considerado patrimônio cultural e imaterial de nível municipal em Monte Alegre (lei 5 256 sancionada em 13 de outubro de 2020.[1][2]
Ecodesign
editarA floresta amazônica é um dos ecosistemas/biomas mais extenso do Brasil, que representa 1/3 (hum terço) das florestas tropicais do mundo, contendo a mais elevada biodiversidade.[3][4] Os impactos ambientais foram muitos nesta região durante o século XX trazendo vários tipos de perdas (ambiental e econômica), provocados por: queimada, extrativismo de matéria-prima, venda de madeira nobre, biopirataria, implantação de mineração e, agropecuária.[3]
A consciência ambiental levou a sociedade e as indústrias à discutirem soluções para os comportamentos sociais que afetam os ecosistemas.[5] O ecodesign é um tipo de projeto ecologicamente necessário, orientado por critérios ambientais e legislação sobre o meio ambiente, partindo do redesenho dos produtos, abragendo também aspectos econômicos, como: redução de custos, competição empresarial, pressões do mercado, inovação, motivação de empregadores e, como ferramenta de marketing.[5]
O ecodesign promove novos critérios de qualidade do ambito da sustentabilidade, que são socialmente aceitáveis e atrativos.[5] O designer busca alia a atividade de criação, inteligência projetual, com o ecologicamente necessário.[5] A consciência ambiental e a Amazônia sustentável vem ganhando mais espaço e sendo considerada essencial em empresas que tem um histórico poluidor, por exemplo a indústria têxtil.[5] Que poderia ser alcançada com o manejo de espécies naturais ("fibras da amazônia"), como o uso da palmeira do ubucuzeiro, alternativa que atende a demanda crescente por produto artesanal e sustentável (ecodesign), gerando rentabilidade e recuperação das áreas degradadas.[3]
Referências
- ↑ a b c d «Artesanato de miniatura em balata se torna patrimônio imaterial em Monte Alegre, no Pará». G1 Pará Santarém. 23 de outubro de 2020. Consultado em 25 de julho de 2023
- ↑ «LEI No 5.256 - Artesanato em Balata Patrimonio Cultural.». Câmara Municipal de Monte Alegre. 20 de abril de 2022. Consultado em 25 de julho de 2023
- ↑ a b c Leal, Rosa Maria de Castro. A DIVERSIDADE DA FIBRA DO TURURI: APLICABILIDADE E USABILIDADE (PDF). Col: Tecnologia de Design de Moda. [S.l.]: Faculdade Estácio FAP. Resumo divulgativo
- ↑ «Bioma». Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM). Consultado em 17 de julho de 2023
- ↑ a b c d e Monteiro, Amanda Sousa (14 de junho de 2016). «Tururi (Manicaria saccifera Gaertn.): caracterização têxtil, processos e técnicas artesanais em comunidade local amazônica (PA - Brasil)» (PDF). Consultado em 12 de julho de 2023. Resumo divulgativo – Biblioteca Digital USP