Arthur J. Finkelstein
Arthur Jay Finkelstein (Brooklyn, 18 de maio de 1945 — Ipswich 18 de agosto de 2017) foi um consultor do Partido Republicano baseado no estado de Nova York que trabalhou para candidatos conservadores e de direita nos Estados Unidos, Canadá, Israel, Europa Central e Oriental por quatro décadas.
Arthur J. Finkelstein | |
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Nascimento | 18 de maio de 1945 Nova Iorque |
Morte | 18 de agosto de 2017 Ipswich |
Cidadania | Estados Unidos |
Cônjuge | Donald Curiale |
Alma mater |
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Ocupação | político |
Causa da morte | câncer de pulmão |
Gay, judeu e libertário, Finkelstein notabilizou-se por eleger candidatos homofóbicos e anti-aborto, sendo considerado um especialista na campanha negativa. Dentre seus principais clientes estavam Ronald Reagan, Benjamin Netanyahu e Richard Nixon.[1] Também é responsável pela ascensão de Viktor Orbán na Hungria, trazendo de volta o antissemitismo ao poder, criando uma teoria da conspiração contra o bilionário húngaro George Soros, também judeu.[2]
Biografia
editarEra filho de imigrantes judeus da Europa Oriental, seu pai era taxista; quando tinha onze anos de idade a família se mudou para Long Island e depois para o Queens, onde concluiu o secundário na Forest Hills High School. Formou-se em economia e ciências políticas pelo Queens College em 1967. desde novo mostrou interesse pela política.[1]
Em 1972 fundou com o irmão Ronald a Arthur J. Finkelstein & Associates, empresa de consultoria política baseada no Condado de Westchester, onde passou a assessorar políticos conservadores e que, graças à gestão de Ronald, teve sucesso financeiro.[1]
Teve um relacionamento de mais de cinquenta anos com Donald Curiale, com quem se casou em 2004; manteve sua opção sexual desconhecida do público até que em 1996 a Boston Magazine abordou o assunto.[1]
Em 2008 conheceu o então candidato húngaro Viktor Orbán a quem sugeriu construir como inimigo político de sua campanha a George Soros, também judeu como Finkelstein, apesar de Soros ter no passado financiado a educação do próprio Orbán e seu partido. A campanha cercou-se de várias informações falsas e alastrou-se além das fronteiras húngaras, sendo usada por políticos de extrema-direita em vários países, a ponto de incitar um episódio racista terrorista na Nova Zelândia.[2]
Fumante inveterado, Finkelstein morreu de câncer no pulmão.[1]
Referências
- ↑ a b c d e Sam Roberts (19 de agosto de 2017). «Arthur Finkelstein, Innovative, Influential Conservative Strategist, Dies at 72» (em inglês). The New York Times. Consultado em 29 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 12 de abril de 2022
- ↑ a b Felix Schlagwein (29 de maio de 2020). «Como George Soros se tornou um inimigo da extrema direita». DW. Consultado em 29 de novembro de 2022. Cópia arquivada em 16 de outubro de 2022