Artio
Artio (Dea Artio na religião galo-romana) foi uma deusa urso céltico . Evidência de seu culto tem sido notadamente encontrada em Berna (Suíça) cujo nome, de acordo com a lenda, é derivado da palavra Bär, "urso"[carece de fontes].
Representações e inscrições
editarUma escultura em bronze de Muri, próximo à Berna na Suíça mostra um urso grande encarando uma mulher sentada em uma cadeira, com uma pequena árvore atrás do urso. A mulher parece segurar um fruto no colo, talvez alimentando o urso. (Deyts p.48, Green pp.217-218). A escultura tem base de bronze retangular, que carrega uma inscrição. (CIL 13, 05160)
- Deae Artioni / Licinia Sabinilla
À Deusa Artio (ou Artionis), de Licinia Sabinilla. Se o nome é gaulês a sintaxe é no entanto latina, um Artioni dativo daria um nominativo radical-i *Artionis ou um nominativo radical-n *Artio. Esse seria talvez correspondente a um nominativo radical-n gaulês *Artiu.
Outra inscrição à deusa foi descoberta em Daun (CIL 13, 4203), Weilerbach (CIL 13, 4113), Heddernheim (CIL 13, 7375 [4, p 125]), e Stockstadt (CIL 13, 11789).
Etimologia
editarO nome dela é derivada da palavra gaulês artos, urso (Delamarre 2003 p. 55-56). Outras línguas célticas têm palavras semelhantes, tais como Irlandês antigo art, galês arth - que também podem ser a origem do nome moderno Arthur.
O gelo derrete em forma de cascata dos picos das montanhas, encontrando rios brancos em direção ao mar gelado. Se endireitando lentamente, como idosos, as árvores e fauna da vegetação rasteira, livres do peso da neve, procuram os raios do sol. É primavera, o mundo acordou das trevas e morte para crescer verde novamente. Sua hibernação acabou. Com a pela molhada pela chuva, Artio, a deusa Ursa, ruge sob o frio ar da manhã. Ela é a guardiã do ciclo. Não da passagem do tempo, mas do equilíbrio das coisas. Não existe primavera sem inverno, não existe morte sem vida, trevas sem luz, bem sem mal. A natureza cria as leis destes opostos, e Artio é a quem as mantém. Entre os ursos ela corre, às vezes em forma de mulher, ágil e selvagem, às vezes como urso, marrom e feroz. Em nenhum lugar da floresta são encontrados templos em seu nome, pois Artio é menos venerada, e mais respeitada. Talvez, ela se encontre nos céus, com uma presença constante no brilho das estrelas, uma conexão com a luz brilhante, na constelação da Ursa Maior.
Ver também
editar- Diretório Online da Deusa Obscura Artio
- foto @ Stefan Rebsamen Bern Historical Museum
- https://www.smitegame.com/gods/artio
Rodapés
editarReferências
editar- Corpus Inscriptionum Latinarum (CIL) vol XIII, Inscriptiones trium Galliarum et Germaniarum
- Delamarre, X. (2003). Dictionnaire de la Langue Gauloise (2nd ed.). Paris: Editions Errance. ISBN 2-87772-237-6
- Deyts, Simone (1992) Images des Dieux de la Gaule. Paris, Editions Errance. ISBN 2-87772-067-5.
- Green, Miranda (1992) Animals in Celtic Life and Myth. London, Routledge. ISBN 0-415-18588-2
- Wightman, E.M. (1970) Roman Trier and the Treveri London, Hart-Davis. ISBN 0-246-63980-6