Arturo Frondizi
Arturo Frondizi Ercoli (Paso de los Libres, 28 de outubro de 1908 — Buenos Aires, 18 de abril de 1995) foi um advogado e político argentino, ocupando o cargo de Presidente da República entre 1 de maio de 1958 e 29 de março de 1962.[1]
Arturo Frondizi | |
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Arturo Frondizi | |
29.º Presidente da Argentina | |
Período | 1 de maio de 1958 a 29 de março de 1962 |
Vice-presidente | Alejandro Gómez |
Antecessor(a) | Pedro Eugenio Aramburu |
Sucessor(a) | José María Guido |
Presidente do Comitê Nacional União Cívica Radical | |
Período | 1954-1963 |
Antecessor(a) | Santiago del Castillo |
Sucessor(a) | Oscar Alende |
Deputado da Argentina pela Cidade de Buenos Aires | |
Período | 4 de junho de 1946 a 4 de junho de 1952 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de outubro de 1908 Buenos Aires, Argentina |
Morte | 18 de abril de 1995 (86 anos) Buenos Aires, Argentina |
Partido | União Cívica Radical |
Profissão | Advogado |
Assinatura |
Carreira
editarDurante o processo eleitoral que elegeu Frondizi, o Peronismo estava proibido na Argentina. Por este motivo, firmou um acordo escrito com Juan Domingo Perón comprometendo-se a anular as leis de proibição ao partido Justicialista ao passo que Perón deveria indicar a seus seguidores que votassem em sua candidatura. Isso porém no primeiro momento não aconteceu e Frondizi não cumpriu sua promessa com medo de um novo golpe militar.
Em seu governo foi sancionada uma nova lei sindical. A produção de petróleo triplicou, obtendo-se a autosuficiência argentina do produto. Grandes projetos de hidroeletricidade foram iniciados, além da construção de uma extensa rede de rodovias. A indústria de base foi impulsionada, com investimentos em petroquímica, siderurgia, implemento de técnicas agrícolas e expansão de escolas de educação técnica. Assim, a Argentina iniciou uma década (1963-1974) em que apresentou uma das mais altas taxas de crescimento do mundo, além de praticamente erradicar a pobreza.[1][2]
As Forças Armadas restringiram bastante seu governo, com seis tentativas de golpe. A cada uma delas era obrigado a ceder mais espaço de seu governo para os militares.
Sua política externa foi independente, com boas relações com John F. Kennedy e oposição à expulsão de Cuba da OEA, chegando a se reunir com Ernesto Guevara na residência presidencial argentina.
Impopular e sem apoio, Frondizi anulou a ilegalização do Peronismo em 1961, objetivando ganhar apoio dos peronistas, tendo o partido ganho nas eleições legislativas do ano seguinte em 10 das 14 províncias argentinas. Contudo as Forças Armadas exigiram que Frondizi anulasse as eleições - o que não ocorreu - desencadeando um golpe militar que o destituiu em 29 de março de 1962.[3]
Frondizi ficou preso na ilha Martín García e posteriormente em Bariloche até a posse de Arturo Illia na presidência, em 1963.
Referências
- ↑ a b Museo de Casa Rosada. «Arturo Frondizi Ercoli». Casa Rosada-Presidencia de la Nación. Consultado em 25 de maio de 2019
- ↑ GERCHUNOFF,Pablo; LLACH, Lucas (1998). El ciclo de la ilusión y el desencanto. Un siglo de políticas económicas argentinas- Capítulo El impulso desarrolllista (1958-1963). [S.l.]: Buenos Aires: Ariel. 490 páginas. ISBN 950-9122-57-2
- ↑ Alfredo Serra (20 de abril de 2017). «Arturo Frondizi, el presidente que no pudo con tantos enemigos». Infobae. Consultado em 25 de maio de 2019
Precedido por Pedro Eugenio Aramburu de facto |
Presidente da Argentina 1958 - 1962 |
Sucedido por José María Guido de facto
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