As Bolas de sabão (Manet)

pintura de Édouard Manet
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As Bolas de sabão (Les Bulles de savon) é uma pintura do pintor francês Manet de 1867. A obra, que é um óleo sobre tela,[1] representa o filho natural do artista, Léon Koelin-Leenhoff e inscreve-se como tal na série de retratos representando Leon, tais como A Criança com espada e Almoço no estúdio (ambos em Galeria).

'As Bolas de sabão'
As Bolas de sabão (Manet)
Autor Édouard Manet
Data 1867
Gênero retrato
Técnica Óleo sobre tela
Dimensões 100.5 x 81.4
Localização Museu Calouste Gulbenkian, Lisboa

O jovem com quinze anos diverte-se a fazer bolas de sabão a partir de uma calda de sabão numa tigela, talvez para simbolizar a brevidade da vida.[2]

A obra foi adquirida por Calouste Gulbenkian, em Nova Iorque, em novembro de 1943 estando actualmente exposta no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa.[3]

Descrição

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A apresentação no site do Museu Calouste Gulbenkian desta obra que faz parte do seu acervo refere ainda o seguinte:[4]

O tema da pintura, a vanitas, o sentido da existência efémera, simbolizado pelas bolas de sabão, conhece através de Manet uma interpretação singular. Aspectos como o fundo escuro, a simplicidade das formas e a sobriedade da composição parecem evocar, contudo, uma obra com o mesmo título da autoria do pintor setecentista francês Jean-Siméon Chardin (em Galeria). O conteúdo alegórico não se sobrepõe, todavia, no presente caso, à autonomia plástica do discurso visual. Manet cria a sua expressão autónoma e impõe a partir do motivo uma afirmação da sua perceção sensorial, da sua subjectividade. Não é de excluir, também, a hipótese de o quadro poder constituir uma reflexão do autor sobre a perenidade da arte. O estilo livre e direto da composição, com recorte da figura bem definido, acentuado por um forte contraponto entre claro e escuro, traz à memória o génio de grandes mestres como Murillo e Frans Hals (...).

O Artista

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 Ver artigo principal: Edouard Manet

As obras de Edouard Manet imitam a pintura, não imitam a natureza. A maior parte das obras realizadas por Manet nos anos de 1860 teve uma influência explícita de alguns artistas, tais como Velásquez, Goya, Rubens, Van Dyck, Raphael, Ticiano, Giorgione, Veronese, Watteau e Chardin. Todos esses artistas correspondiam ao padrão de pintura defendido pelos museus no século XIX.[5]

Manet, foi o percursor do movimento impressionista no mundo, ao fazer a representação de obras de forma que a composição dos traços fortes formassem um todo que por si só já era uma obra. Além disso, o artista fazia constantes citações à arte do passado, ligando de maneira única a modernidade com o período clássico. Por conta disso, os críticos da época menosprezavam e não enxergavam a mestria da obra do artista.[5]

Ver também

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Galeria

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Referências

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  1. Queirós de Jesus, Joana. «Non Art: uma reflexão em torno dos conceitos de arte, tecnologia, tempo cíclico e identidade» 
  2. Nota sobre a obra na página do Museu Calouste Gulbenkian, [1]
  3. Nota da página do Museu Calouste Gulbenkian, [2]
  4. AS BOLAS DE SABÃO: ÉDOUARD MANET (1832-1883), Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Calouste Gulbenkian. Visitado em 23 de fevereiro de 2015.
  5. a b Gonçalves, Rosa Grabriela de Castro. «Pintura, história da arte e cultura». Consultado em 23 de setembro de 2017