Axântis
Os axântis[1] ou axantes[2] constituem um dos principais grupos étnicos da região de Axânti, em Gana. Falam axânti, uma língua akan integrante do grupo linguístico nigero-congolês e semelhante ao fânti.
Axântis | |||
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População total | |||
acima de 5 milhões | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
Axânti | |||
Religiões | |||
Cristianismo, Religiões tradicionais africanas, Islâmica | |||
Grupos étnicos relacionados | |||
Acãs, Fantes |
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a9/Akwasidae_Celebration_in_Manhyia_Palace.jpg/315px-Akwasidae_Celebration_in_Manhyia_Palace.jpg)
Em meados do século XVIII, antes da colonização britânica, os axântis desenvolveram um grande e afluente império na África Ocidental, o poderoso Império Axânti - estado altamente organizado e dominante na região.[3]
Geografia
editarGana tem topografia e vegetação muito variadas: áreas costeiras e montanhas, florestas e savanas, exuberantes áreas agrícolas e outras quase desérticas. Os axântis se encontram, atualmente, na parte central do país, a cerca de 300 quilômetros da costa. Seu território é densamente arborizado e, em parte, montanhoso. Os solos são geralmente férteis. Há duas estações - o período chuvoso (abril a novembro) e o período de seca (dezembro a março) -, mas o clima é quente durante todo o ano. Há um grande número de cursos dágua, que entretanto resistem mal à estação seca.
Hoje os axântis somam perto de 7 milhões de pessoas (cerca de 30% da população do Gana). A maioria deles reside na região administrativa epônima. Atualmente, a região administrativa de Axânti conta com uma população de 3 612 950 habitantes, sendo a mais populosa de Gana. Seu poder político tem variado, desde a independência do país (1957), mas eles continuam a ser influentes. O atual presidente ganense, John Agyekum Kufuor é axânti.
Kumasi, a capital regional, também foi a capital do histórico Império Axânti. A nordeste de Kumasi, edificações tradicionais feitas de terra, madeira e palha, vulneráveis ao tempo, constituem os únicos vestígios dessa antiga civilização e, em 1980, foram inscritos, pela UNESCO, na lista dos sítios considerados Património Mundial.
Ver também
editar- Edifícios tradicionais axantes, um sítio registrado como património mundial da UNESCO
Referências
- ↑ Formas vernáculas registradas pelos dicionários Houaiss e Aurélio e pelo VOLP.
- ↑ Silva 2014.
- ↑ Hallett, Robin. Africa to 1875: A Modern History. University of Michigan Press: Ann Arbor, 1970, pp. 69s.
Bibliografia
editar- Silva, Alberto da Costa (2014). «6. A Costa do Ouro». A Manilha e o Libambo - A África e a Escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN 978-85-209-3949-9
- «Axante». VOCLP – Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa. 2019