Augusto António da Matta e Silva
Augusto António da Matta e Silva, (Castelo Branco, 1 de agosto de 1803 – Castelo Branco, 7 de dezembro de 1889), membro do Partido Legitimista e um dos signatários da declaração de Laugenselbold, de 1852.
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Biografia
editarAugusto António da Matta e Silva nasceu, em Castelo Branco, no dia 1 de agosto de 1803. Licenciou-se na Universidade de Coimbra, em 1829. Concluído o curso, foi nomeado juiz de fora, da Vila do Alandroal, sendo cabeça de Comarca, em 1832.[1][2]
Após a Convenção de Évora Monte, foi um dos 27 acompanhantes do Rei D. Miguel, na sua partida para o exílio, a bordo do navio de guerra Stag, no dia 1 de Junho de 1834.[3]
Entre 1835 e 1841, viveu junto da corte do duque de Módena, com a missão de apoiar os exilados portugueses acolhidos nos Estados do Duque. É nesse período que compôs, em Roma, um livro de orações com o título “Caminho para o Céu” que ofereceu a todos os portugueses ali residentes.[4]
Em 18 de junho de 1852, em Laugenselbold, com o visconde de Queluz e José da Silva Tavares, foi testemunha da declaração de protesto do rei D. Miguel para salvaguarda dos direitos de seus filhos[5][6][7]. No dia 19 de Setembro de 1853, no palácio de Heubach, na Baviera, foi uma das testemunhas do nascimento do Príncipe Real D. Miguel, tendo, no dia do baptizado, em 4 de Outubro, encabeçado o cortejo para a capela composto pelos portugueses e estrangeiros que se encontravam no palácio.[8][9]
Era comendador da Ordem de Malta.[10] Foi "um dos mais dedicados e desinteressados amigos de D. Miguel" [11]. Morreu, em Castelo Branco no dia 7 de dezembro de 1889.
Família
editarEra filho de Agostinho António da Mata e Silva e de sua mulher, D. Quitéria Maria Augusta Nunes Fevereiro.
Casou com D. Maria Francisca Meirelles de Távora do Canto e Castro da Matta e Silva.
Teve 10 irmãos, entre os quais:
- João António da Matta e Silva que veio a casar com D. Joana Luísa de Brito (c.g.) e
- D. José António da Mata e Silva, 20.º Arcebispo de Évora.[12][13]
Referências
- ↑ Mercê do rei D. Miguel, de 7 de Fevereiro de 1832.
- ↑ FEVEREIRO, José Luiz de Sampayo Torres Fevereiro - Uma Família da Beira Baixa, (2ª edição actualizada), p. 272, Dislivro Histórica.
- ↑ Chronica Constitucional de Lisboa, nº 132, sexta-feira, 6 de junho de 1834 ! https://digitarq.arquivos.pt/Controls/vaultimage/?id=DISSEMINATION/0E05A423FB44B9DF29E796C3D7D6783B&r=0&ww=1000&wh=600 .
- ↑ QUINHONES, António Guedes de - Memórias de um Miguelista Renegado, pág.s 40-41, Publicações Alfa, S.A., Lisboa, 1990.
- ↑ CASTRO, José – Portugal em Roma, vol. II. Lisboa: União gráfica, 1939, pp. 387-391.
- ↑ FEVEREIRO, José Luiz de Sampayo Torres Fevereiro, ibidem.
- ↑ Album Legitimista, nº 1, Lisboa, Agosto de 1885, D. Miguel II, p.2, Typographia Gutierres. ! https://purl.pt/39390/service/media/pdf
- ↑ MIRANDA, J. Belleza de – A morte de El-Rei D. João VI, 1957, edição do autor.
- ↑ A UNIÃO, nº 125, Sabado, 17 de Dezembro de 1853 ! http://memoria.bn.br/pdf/014478/per014478_1853_00125.pdf
- ↑ Album Legitimista, nº 1, Lisboa, Agosto de 1885, D. Miguel II, p.2, Typographia Gutierres. ! https://purl.pt/39390/service/media/pdf .
- ↑ MARQUES GOMES, – LUCTAS CASEIRAS - PORTUGAL 1834 a 1851, tomo I,p.360, Imprensa Nacional, 1894 ! http://ia600503.us.archive.org/8/items/luctascaseiraspo01marq/luctascaseiraspo01marq_bw.pdf
- ↑ FEVEREIRO, José Luiz de Sampayo Torres Fevereiro - Uma Família da Beira Baixa, (2ª edição actualizada), p. 272, Dislivro Histórica, I.S.B.N. 972-8876-05-X.
- ↑ CAMPOS E SOUZA, José de – Memórias sobre louça brasonada, p. 264, Armas e Troféus, III série, tomo IV, Maio-Dezembro, 1978, Instituto Português de Heráldica.