Augusto Mascarenhas Barreto
Augusto Cassiano Neves Mascarenhas de Andrade Barreto (Lisboa, 27 de janeiro de 1923 — Lisboa, 3 de janeiro de 2017) foi um investigador de História, romancista, poeta e tradutor português.[1]
Augusto Mascarenhas Barreto | |
---|---|
Nome completo | Augusto Cassiano Neves Mascarenhas de Andrade Barreto |
Nascimento | 27 de janeiro de 1923 Lisboa, Portugal |
Morte | 3 de janeiro de 2017 (93 anos) Lisboa, Portugal |
Nacionalidade | portuguesa |
Ocupação | Investigador, escritor, poeta, tradutor |
Biografia
editarFilho de Augusto Cassiano da Silva Neves Barreto (Sintra, 1897 - Segunda Guerra Mundial, Timor Português, Timor, Dezembro de 1941) e de sua mulher Mavíldia Augusta da Costa Andrade (Lisboa, 1900 - Lisboa, 1980).
Casou com Maria do Carmo Thomasa y Marcet Pizarro de Sampaio e Melo (Lisboa, Lapa, 16 de Março de 1928), filha de Luís Francisco Pizarro de Melo e Sampaio (4 de Julho de 1904 - 1964), sobrinho-trineto do 1.º Visconde de Bóbeda e primo distante de Francisco Pizarro e de Hernán Cortés, e de sua mulher a espanhola catalã María de las Mercedes Thomasa y Marcet (Barcelona - 1991), de quem teve três filhas e três filhos.
Cristóvão Colombo, português?
editarDedicou 20 anos da sua vida na pesquisa de documentos em busca de provas que confirmassem as inúmeras incoerências da biografia oficial de Cristóvão Colombo, defendendo a nacionalidade portuguesa do navegador, cujo nome verdadeiro seria Salvador Fernandes Zarco. A tese é compartilhada por Manuel Luciano da Silva, médico e pesquisador luso-norte-americano, que publicou, juntamente com a mulher, Sílvia Jorge da Silva, o livro Cristóvão Cólon (Colombo) Era Português. Vários outros historiadores, no entanto,[2][3][4][5] rejeitam a tese do Colombo português, qualificando-a de ficção histórica.
Conclusões da investigação
editarAs principais conclusões do seu trabalho são as seguintes:
- Cristóvão Colombo, não era genovês, mas sim português, natural de Cuba, Alentejo;
- Cristóvão Colombo, era filho de Dom Fernando, duque de Beja e de Viseu, e de Isabel Gonçalves Zarco;
- Cristóvão Colombo, sendo filho de Dom Fernando, era neto do rei de Portugal;
- Cristóvão Colombo foi neto de João Gonçalves Zarco;
- Cristóvão Colombo foi uma espécie de espião, ao serviço do rei D. João II de Portugal (que a História consagrou como “Príncipe Perfeito”), cuja missão, bem sucedida, foi a de desviar a atenção dos Reis de Castela do caminho marítimo para a Índia, oferecendo-lhes "de bandeja" um caminho alternativo, mais curto, pelo Ocidente e um novo continente que já constava nos mapas portugueses. Pretendia-se que acreditassem que tinham chegado à Índia, tese que Cristóvão Colombo, sempre fiel e leal à coroa portuguesa e ao rei de Portugal, defendeu até à sua morte em 1506.
Obras publicadas
editar- O Português Cristóvão Colombo, Agente Secreto do Rei D. João II. Ed. Referendo (Portugal), 1988.
- The Portuguese Columbus - Secret Agent of King John II, Editora: McMillan (Grã-Bretanha), 1992 (em inglês)
- Colombo português: Provas Documentais (2 vols.), 1ª edição em 1997, Editora Arrancada (Portugal).
Referências
- ↑ «Mascarenhas Barreto: morreu poeta e investigador do Fado». TVI24. 3 de janeiro de 2017. Consultado em 3 de janeiro de 2017
- ↑ ALBUQUERQUE, Luis de - "Lá vem Cristóvão Colombo, que tem muito que contar", Duvidos e Certezas na Historia dos Descobrimentos Portugueses, Vol. 1 Lisboa, Vega, 1990, p. 105-156
- ↑ PINHEIRO MARQUES, Alfredo - As teorias fantasiosas do Colombo "Português", Lisboa, 1991.
- ↑ GRAÇA MOURA, Vasco - Cristóvão Colombo e a floresta das asneiras, Lisboa, Quetzal, 1991
- ↑ LANCASTRE e TÁVORA, D. Luis de - Colombo, a cabala e o delirio, Lisboa, Quetzal, 1991