Augusto dos Reis
Augusto dos Reis MPCG ( Chaves, ? — Lisboa, 4 de outubro de 1932), mais conhecido como o Clarim de Naulila, foi um militar português.
Augusto dos Reis | |
---|---|
Nascimento | Chaves |
Morte | 4 de outubro de 1932 Lisboa |
Nacionalidade | português |
Ocupação | Militar |
Serviço militar | |
Patente | Segundo-sargento |
Biografia
editarNasceu na cidade de Chaves, em Portugal.[1]
Ingressou pela carreira militar, tendo sido destacado para o primeiro esquadrão de dragões de Moçâmedes, como clarim e impedido do tenente-coronel Francisco Aragão.[1] Participou na Batalha de Naulila a 18 de dezembro de 1914, onde se destacou pelo seu papel como clarim.[2] No entanto, foi atingido no braço esquerdo por uma bala, tendo sido obrigado a fugir.[2] Esteve perdido durante cerca de onze dias na floresta, durante os quais foi atacado por um grupo de africanos rebeldes.[2] Depois de cerca de uma semana de caminho, atingiu a Missão de Chipalongo, onde recebeu tratamento ligeiro.[1] Chegou a Gambos três dias depois, onde o braço lhe foi amputado pelo médico Vasconcelos e Sá.[1]
Regressou a Portugal a bordo do navio Moçambique, tendo chegado a Lisboa cego de um olho e com grandes problemas cerebrais, provavelmente devido aos efeitos do clorofórmio durante a operação.[1][2] Passou à reforma com o posto de segundo-sargento, e empregou-se como chefe dos contínuos na Câmara Municipal de Lisboa[1], cujos rendimentos permitiram a educação da sua filha.[2]
Continuou a padecer de problemas de saúde, incluindo uma chaga no braço esquerdo que nunca chegou a curar-se e cegueira permanente no olho direito, tendo ficado acamado desde março de 1932 até à sua morte.[1] Em Lisboa, também foi atingido pela tuberculose.[2]
Morreu em 4 de outubro de 1932[2], aos quarenta e três anos de idade.[1] O seu funeral, em 6 de outubro,[2] foi pago pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra, tendo sido enterrado no talhão dos combatentes, no Cemitério do Alto de São João.[1]
Prémios e homenagens
editarFoi homenageado com a Medalha da Cruz de Guerra.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j «Os nossos mortos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 45 (1076). Lisboa. 16 de Outubro de 1932. p. 500. Consultado em 18 de Janeiro de 2018
- ↑ a b c d e f g h «Dois mortos». Diário de Lisboa. 12 (3557). Lisboa: Renascença Gráfica. 6 de Outubro de 1932. p. 4. Consultado em 18 de Janeiro de 2018