Autoerotismo (psicanálise)

O autoerotismo é um conceito desenvolvido por Sigmund Freud, para descrever um tipo de sexualidade que se orienta ao corpo próprio, prescindindo de um objeto externo. No sentido amplo refere-se à Masturbação, mas no sentido estrito refere-se à satisfação das pulsões parciais que caracterizam à sexualidade infantil.

Na psicanálise, o conceito tem então duas dimensões:[1]

A) Em sentido amplo, qualidade do comportamento sexual em que o sujeito obtém satisfação recorrendo apenas ao seu próprio corpo, sem objeto externo: nesse sentido, fala-se da masturbação como um comportamento autoerótico.

B) Mais especificamente, qualidade do comportamento sexual infantil precoce, através do qual uma pulsão parcial, ligada ao funcionamento de um órgão ou à excitação de uma zona erógena, encontra a sua satisfação no mesmo local, ou seja:

  1. Sem recorrer a um objeto externo;
  2. Sem referência a uma imagem unificada do corpo, a um primeiro contorno de si, como o que caracteriza o narcisismo.

Ver também

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Referências

  1. Laplanche, Jean & Pontalis, Jean-Bertrand (1996), Diccionario de Psicoanálisis, traducción Fernando Gimeno Cervantes. Página 40. Barcelona: Editorial Paidós. ISBN 978-84-493-0256-5.