Azulejos da Reitoria da Universidade Federal da Bahia
Os Azulejos da Reitoria da UFBA é uma coleção de azulejos artísticos pertencente a reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que encontram-se em guarda instituição no prédio da reitoria da universidade, localizada no município de Salvador, capital do estado da Bahia.[1][2][3]
Azulejos da Reitoria da UFBA Coleção de Silhares de Azulejos do Palacete Aguiar | |
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Data | século XIX |
Técnica | azulejo |
Localização | Reitoria da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia |
História
editarA coleção de azulejos pertencente à Universidade Federal da Bahia (UFBA) é oriundo do Solar Bom Gosto, mais conhecido como Palacete Aguiar, edificação de feição neoclássica construída pelo comerciante português Pedro Barbosa de Madureira, na primeira metade do século XIX, localizado próxima ao bairro de Canela, região que abarca boa parte da cidade universitária da Universidade Federal da Bahia.[4][5]
No ano de 1933, o Palacete foi demolido e os azulejos foram retirados antes do processo e as obras artísticas foram doadas para instituição no ano de 1953, ano de construção do prédio da reitoria.[1][6]
Atualidade
editarOs painéis estão dispostos em diversos locais do cotidiano da reitoria como na portaria, secretaria, contadoria, salão e galeria de recepção, gabinete do Reitor, sala de espera, sala do chefe de gabinete e galerias do universitário e da administração.[1][7]
Os azulejos são agrupados em treze séries diferentes, caracterizadas por seus enquadramentos e coloridos e mais quatro painéis isolados, provavelmente oriundos da Real Fábrica do Rato, Portugal.[3] A maioria dos painéis tem como característica a cor azul sobre fundo branco.[8] Alguns apresentam moldura policroma com o uso do amarelo, verde e roxo.[3][9]
Dentre os temas representados pela coleção estão a caça, a pesca, o galanteio, damas e jogos nos quais os personagens são revestidos à moda do último quartel do século XVIII e início do XIX. Os azulejos ainda trazem figuras históricas, mitológicos e bíblicos.[8]
No ano de 2019, o vice-reitor da Universidade, o professor doutor Paulo Miguez anunciou o processo de restauro dos azulejos, visando maior proteção das obras.[10][11] A obra foi comandada pelo professor emérito da instituição e especialista em restauro, Mário Mendonça de Oliveira, junto ao Núcleo de Tecnologia da Preservação e da Restauração da Escola Politécnica (NTPR).[10][12] Para Oliveira, "esse importante acervo está nas mãos da universidade, que tem o compromisso com a cultura e a memória. Estamos todos envolvidos com a defesa desse patrimônio".[10]
Tombamento
editarA coleção passou pelo processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no ano dia de 27 de agosto de 1958 sob inscrição do processo de número 444, devido sua importância histórica.[8][13]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b c «Salvador - Coleção de Silhares de Azulejos do Palacete Aguiar». iPatrimônio. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Salvador». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ a b c TV UFBA apresenta - Azulejos Portugueses, consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ Góis, Ana (20 de fevereiro de 2018). «Solar Bom Gosto (Palacete Aguiar)». Mais de Salvador. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Universidade Federal da Bahia (UFBA)». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Histórico | Universidade Federal da Bahia». Universidade Federal da Bahia. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Folhapress - Fotos - Conjunto de azulejos da UFBA». Folhapress. 10 de julho de 2018. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ a b c «Coleção de silhares de azulejos oriundos do Palacete Aguiar e instalados na sede da Reitoria da UFBA». Universidade Federal da Bahia. 2019. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Painel de azulejo da reitoria da UFBA» (PDF). Fundação Gregório de Mattos. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ a b c «UFBA dará início ao projeto de restauração de conjunto de azulejos da Reitoria». Universidade Federal da Bahia. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Paulo Miguez». Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ Guerra, Murilo (1 de junho de 2018). «Passo inicial para a restauração dos azulejos da reitoria». Edgardigital - Universidade Federal da Bahia. Consultado em 13 de julho de 2021
- ↑ «Bens Tombados». Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Consultado em 13 de julho de 2021
Bibliografia
editar- VALLADARES, José (1982). Os azulejos da reitoria. [S.l.]: Editora da Universidade Federal da Bahia. 90 páginas