Badger da Silveira
Badger Teixeira da Silveira (Bom Jesus do Itabapoana, 1916 — 9 de maio de 1999) foi um político brasileiro.[1][2]
Badger da Silveira | |
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Badger da Silveira | |
Governador do Rio de Janeiro | |
Período | de 31 de janeiro de 1963 a 1.º de maio de 1964 |
Antecessor(a) | Luís Miguel Pinaud |
Sucessor(a) | Cordolino José Ambrósio |
Dados pessoais | |
Nascimento | 1916 Bom Jesus do Itabapoana |
Morte | 9 de maio de 1999 (83 anos) |
Filhos(as) | Badger Teixeira da Silveira Filho |
Partido | PTB (1945-1965) |
Profissão | político |
Era irmão do ex-governador Roberto Silveira e tio do político Jorge Roberto Silveira, quatro vezes prefeito de Niterói.[1][2]
Um dos fundadores do PTB fluminense, Badger da Silveira foi delegado de polícia e vereador na cidade de Resende e, quando da ascensão de seu irmão ao governo do estado, foi nomeado secretário de Educação e posteriormente ministro do Tribunal de Contas.[1][2][3]
Após a morte de seu irmão em um acidente aéreo e dos "governos-tampão" de José de Carvalho Janotti e Luís Miguel Pinaud é eleito governador do estado do Rio nas eleições de 1962.[3] Seu primeiro ato como governador foi abastecer com gêneros alimentícios as unidades hospitalares estaduais, para debelar a crise hospitalar pela qual o estado do Rio de Janeiro passava.[4][5]
Aliado do presidente João Goulart, perdeu o mandato logo após o Golpe Militar de 1964, tendo seus direitos políticos cassados mesmo havendo negado qualquer envolvimento com movimentos subversivos e reafirmando sua fé católica, nas suas últimas tentativas de se manter no poder.[1][2][5]
Após a votação do seu impedimento pela Assembléia Legislativa fluminense, foi substituído pelo general Paulo Francisco Torres, nomeado pelo presidente Castelo Branco.[1][2] Teve ainda seus direitos políticos cassados por dez anos com base o AI-1 e retirou-se da vida pública.[1][2][5]
Apesar de ter tido seus direitos políticos cassados, o então novo governador do estado do Rio de Janeiro, o general Paulo Torres, contrariando as expectativas de exoneração, decidiu manter Badger no Tribunal de Contas do Estado, mas com a restrição dele ser colocado a disponibilidade e ter um decréscimo no salário. Ao assumir o governo, o general Paulo Torres afirmou que iria fazer um governo sem perseguições, mas dentro do espírito vitorioso da Revolução de Abril de 1964[5]
Referências
- ↑ a b c d e f «BADGER TEIXEIRA DA SILVEIRA». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 7 de março de 2021
- ↑ a b c d e f Barata, Carlos Eduardo de Almeida. «Governadores do Estado do Rio de Janeiro (1889 a 1975)» (PDF). Colégio Brasileiro de Genealogia: 40. Consultado em 7 de março de 2021
- ↑ a b ROCHA, José Sergio (2003). Roberto Silveira - A Pedra E O Fogo. Niterói: Casa Jorge. ISBN 8585835338
- ↑ SILVEIRA, Badger. «IV». Esboço Autobiográfico. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b c d CARMO, Andressa Cristina de Miranda do (2019). Trabalhismo fluminense: o governo e o impeachment de Badger da Silveira (1963-1964) (PDF) (Dissertação de Mestrado). Niterói: Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de História, Universidade Federal Fluminense. Consultado em 22 de julho de 2023
Precedido por Luís Miguel Pinaud |
Governador do Estado do Rio de Janeiro 1963 — 1964 |
Sucedido por Cordolino José Ambrósio |