Banco do Sul
Banco do Sul (em castelhano: Banco del Sur; em neerlandês: Bank van het Zuiden; em inglês: Bank of the South) é um fundo monetário e organização de empréstimos da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e foi idealizado pelo presidente da Venezuela Hugo Chávez. A intenção do banco é emprestar dinheiro às nações da América Latina para a construção de programas sociais e de infraestrutura.
Rafael Correa, Evo Morales, Néstor Kirchner, Cristina Fernández, Luiz Inácio Lula da Silva, Nicanor Duarte e Hugo Chávez assinando a Ata Fundacional do Banco do Sul em Buenos Aires. | |
Tipo | banco internacional |
Fundação | 26 de setembro de 2009 (15 anos) |
Sede | Caracas, Venezuela |
Membros | |
Filiação | União de Nações Sul-Americanas |
O objetivo final do Banco do Sul é incluir todas as nações dentro da região da América Latina, do México à Argentina. Segundo previsões, o programa deverá começar com um capital de 20 bilhões de dólares estadunidenses,[1] e emprestará dinheiro a qualquer nação envolvida na construção dos programas aprovados, sendo benevolente com seus membros na exigência de garantias e na concessão de prazos.[2] Um dos primeiros projetos a serem analisados pela nova instituição será o da construção de um gasoduto de 12 500 quilômetros ligando a Venezuela à Argentina e passando pelo Brasil.[3]
História
editarA Venezuela propôs a criação da organização bancária multilateral como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Mundial, em função da impopularidade dessas instituições na América Latina. Hugo Chávez prometeu sair do FMI e encoraja outros membros do banco a fazer o mesmo. Foi proposto que todos os membros contribuirão com quantidades iguais para o capital inicial do banco (14 bilhões de reais),[4] para que nenhum controle uma parte dominante.
Sete nações sul-americanas se encontraram no Rio de Janeiro em 8 de outubro de 2007 para planejar o começo do banco. O banco terá sua sede em Caracas e sub-sede em Buenos Aires. Suas operações devem ter início quando a criação do Banco do Sul tiver sido ratificada pelo parlamento de pelo menos 9 dos 12 países da Unasul. Representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela estiveram presentes na reunião. Todas as 12 nações sul-americanas estarão aptas a pegar emprestado do banco.[5]
Em 9 de dezembro de 2007, em Buenos Aires, os presidentes Néstor Kirchner (Argentina), Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador), Nicanor Duarte (Paraguai) e Hugo Chávez (Venezuela) assinaram a ata de criação da nova entidade.[6]
Em 13 de março de 2020, Uruguai decidiu sair da organização, argumentando que o Uruguai "não participará de iniciativas baseadas no alinhamento ideológico".[7]
Ver também
editarReferências
- ↑ «Banco do Sul 'terá capital autorizado de US$ 20 billhões'». BBC Brasil. Consultado em 28 de junho de 2008
- ↑ Sandra Nascimento (16 de abril de 2007). «Brasil diverge sobre criação do Banco do Sul». Sindlab. Consultado em 21 de dezembro de 2007
- ↑ Vladimir Platonow (8 de outubro de 2007). «Banco do Sul dará prioridade à construção de gasoduto, diz ministro venezuelano». Agência Brasil. Consultado em 21 de dezembro de 2007
- ↑ Juliano Domingues (13 de dezembro de 2007). «EM DEBATE: Banco do Sul pode incentivar outro modelo de desenvolvimento». Radioagência NP. Consultado em 21 de dezembro de 2007
- ↑ «Bank of the South sets launch date on Nov. 3 in Venezuela». Associated Press (em inglês). International Herald Tribune. 8 de novembro de 2007. Consultado em 11 de outubro de 2007
- ↑ «Banco do Sul nasce como esperança à América do Sul». EFE. Terra. 9 de dezembro de 2007. Consultado em 21 de dezembro de 2007
- ↑ «Uruguay se retira de Telesur y Banco del Sur bajo el principio de no integrar uniones basadas en afinidades ideológicas». Ministerio de Relaciones Exteriores