Batalha de Cabira
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A Batalha de Cabira ou Batalha de Cabeira foi travada em 72 (ou 71 a.C.) entre as forças da República Romana, lideradas por Lúcio Licínio Lúculo, e as do Reino do Ponto, comandadas pelo próprio rei Mitrídates VI, e terminou numa decisiva vitória romana.
Batalha de Cabira | |||
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Terceira Guerra Mitridática | |||
Data | 72 a.C. | ||
Local | Cabira, Reino do Ponto | ||
Coordenadas | |||
Desfecho | Vitória romana | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Localização aprox. de Cabira no que é hoje a Turquia | |||
Contexto
editarO Reino da Bitínia foi deixado como herança à República Romana depois da morte do rei Nicomedes IV em 74 a.C.. Mitrídates VI, que almejava para si o território havia muito tempo, invadiu a Bitínia em 73 a.C. pressionando a pequena guarnição romana e isolando-a de qualquer tentativa de assistência. Lúculo estava na Cilícia e imediatamente partiu para enfrentar o exército pôntico.
Lúculo rapidamente cercou Cízico, iniciou uma campanha naval contra a marinha de Mitrídates no Êuxino (mar Negro) e esmagou um contingente de tropas pônticas na Batalha do Ríndaco. Sem conseguir capturar Cízico antes da chegada do inverno, Mitrídates foi forçado a levantar o cerco. Ele fugiu por mar enquanto suas tropas tentaram chegar por terra até o porto de Lâmpsaco. O exército pôntico foi repetidamente fustigado por Lúculo, que finalmente conseguiu forçar um combate na confluência dos rios Esopo e Granico. O outro general romano na guerra, Marco Aurélio Cota, avançou sobre Heracleia Pôntica e cercou a cidade, que só caiu em 71 a.C.
Batalha
editarSem a confirmação de seu comando pelo Senado Romano, Lúculo invadiu o Ponto pelo leste. No verão de 72 (ou 71 a.C.), ele chegou até o vale do Lico e, depois de perder uma escaramuça inicial contra a cavalaria pôntica, Lúculo assumiu uma posição defensiva nas colinas em frente a Cabira. Inicialmente nenhum dos dois exércitos tomou a iniciativa.
As linhas de suprimento de Lúculo vinham desde a Capadócia e um ataque pôntico numa caravana de cereais vinda de lá se transformou numa batalha decisiva quando Lúculo percebeu que o vale estreito no local limitava a efetividade da cavalaria pôntica. Os romanos venceram e a desordem provocada pelos preparativos para a fuga de Mitrídates acarretou na perda total do acampamento para os romanos.
Eventos posteriores
editarA batalha foi um ponto de inflexão na guerra contra Mitrídates, que foi forçado a fugir, sem dinheiro e sem exército, para a corte de seu genro e aliado, Tigranes, da Armênia. Lúculo continuou a campanha com vários cercos pela Ponto e organizou a região como uma nova província romana, a Bitínia e Ponto. Ápio Cláudio Pulcro foi enviado até a Armênia para exigir a entrega de Mitrídates. Tigranes se recusou e se preparou para enfrentar os romanos.
Bibliografia
editar- Mackay, Christopher S. Ancient Rome (em inglês). [S.l.: s.n.]
- Rickard, J. Third Mithridatic War, 74-63 B.C. (em inglês). [S.l.: s.n.]
- Sherwin-White, Adrian N. (1994). Crook, J.A., ed. The Last Age of the Roman Republic, 146-43 BC. Lucullus, Pompey, and the East. Col: The Cambridge Ancient History (em inglês). 9. Cambridge: Cambridge University Press