Batalha de Corbião

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A Batalha de Corbião (em latim: Corbio)[1] foi uma batalha travada em 446 a.C. entre a República Romana e os povos itálicos dos équos e volscos, vizinhos de Roma ao nordeste e sul respectivamente. O cônsul Tito Quíncio Capitolino Barbato foi o comandante geral, ajudado por Agripa Fúrio Fuso e Espúrio Postúmio Albo Regilense, e liderou suas tropas a uma vitória. Os romanos já haviam derrotado os équos na Batalha do Monte Álgido e esta vitória marcou a sua submissão definitiva.

Batalha de Corbião
Guerras romano-volscas

Corbião está à direita da cidade de Túsculo, marcada neste mapa nas proximidades de Roma.
Data 446 a.C.
Local Corbião, Lácio
Coordenadas 41° 46' 38.3" N 12° 55' 3.6" E
Desfecho Vitória dos romanos
Beligerantes
República Romana República Romana   Volscos
  Équos
Comandantes
República Romana Tito Quíncio Capitolino Barbato
República Romana Agripa Fúrio Fuso
República Romana Espúrio Postúmio Albo Regilense
República Romana Sérvio Sulpício Camerino Cornuto
 
Corbio está localizado em: Itália
Corbio
Localização de Corbio que é hoje a Itália

Contexto histórico

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Depois dos revezes militares sofridos pelos decênviros, provocados principalmente pela má coordenação das operações e a problemas de autoridade e disciplina no exército, Roma deu início a uma série de campanhas vitoriosas depois do re-estabelecimento do consulado. A eleições dos novos cônsules e tribunos permitiu a aplicação de novas políticas que dificultavam o simples apego ao poder a qualquer preço. Paradoxalmente, équos e volscos não aproveitaram o período de desordens civis que desestabilizou Roma e só retomaram suas ofensivas depois que os romanos já estavam preparados e eram liderados por generais competentes.

Ofensiva dos équos e volscos

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Segundo Lívio, os líderes das tribos équas e volscas decidiram romper a paz com Roma para saquearem livremente o território romano. É mais provável, porém, que estivessem simplesmente aproveitando um momento no qual os romanos estavam divididos para atacar impunemente um estado que já crescia perigosamente e ameaçava a independência dos povos vizinhos.

As tribos reuniram suas tropas e invadiram o território latino, saqueando tudo pelo caminho. Paralisados por conflitos internos, os romanos não intervieram e o exército conjunto se aproximou de Roma, perto da Porta Esquilina, sem encontrar resistência e acamparam perto de Corbião, nas proximidades de Túsculo[2].

Intervenção de Tito Quíncio Capitolino

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Em 446 a.C., Tito Quíncio Capitolino Barbato, cônsul pela quarta vez, decidiu assumir o comando. Segundo a tradição, ele conseguiu convencer o povo da necessidade de uma ação militar com um grande discurso, no qual criticou as divisões internas entre os romanos e a segunda secessão da plebe, ressaltando especialmente os prejuízos econômicos decorrentes da liberdade de ação do inimigo em território aliado. Todas as classes e ordens do povo romano responderam ao chamado do cônsul e um alistamento foi realizado sem dificuldade[3].

O segundo cônsul, Agripa Fúrio Fuso, reconhecendo a competência militar de seu colega, deixa com ele o comando das operações. O exército marchou para Corbião poucos dias depois e acampou perto do inimigo. A batalha começou no dia seguinte: atacados em duas frentes, équos e volscos são postos rapidamente em fuga[4] e os romanos tomam seu acampamento, recuperando todo o espólio amealhado por eles nos meses anteriores[5]. Neste combate, cada cônsul comandou uma das alas do exército, e os consulares Espúrio Postúmio Albo Regilense e Sérvio Sulpício Camerino Cornuto, atuando como legados, comandaram o centro e a cavalaria respectivamente[5].

Os cônsules vitoriosos voltaram para Roma, mas nenhum triunfo foi celebrado, mas não há detalhes do motivo, se por não ter sido solicitado ou por ter sido rejeitado o pedido pelo Senado Romano[5].

Referências

  1. Plutarco 2016, p. 160, nota 112.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita III, 66
  3. Lívio, Ab Urbe Condita III, 67-69
  4. Broughton, p.51
  5. a b c Lívio, Ab Urbe Condita III 70

Bibliografia

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  • Broughton, T. Robert S. (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Col: Philological Monographs, number XV, volume I (em inglês). Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. New York: The American Philological Association. 578 páginas