Batalha de Gumbinnen

A Batalha de Gumbinnen, iniciada em 20 de agosto de 1914,[3] foi a primeira grande ofensiva na Frente Oriental durante a Primeira Guerra Mundial. As forças russas, com superioridade numérica de efetivos, obtiveram sua primeira vitória.

Batalha de Gumbinnen
Frente Oriental da Primeira Guerra Mundial

Batalha de Gumbinnen, 1914.
Data 20 de agosto de 1914
Local Gumbinnen, Prússia Oriental (atualmente Gusev Rússia)
Desfecho Vitória do Império Russo
Beligerantes
Império Alemão Império Alemão Rússia Império Russo
Comandantes
Império Alemão Maximilian von Prittwitz Rússia Paul von Rennenkampf
Forças
Império Alemão 8º Exército Alemão
148 800 homens
Rússia 1º Exército Russo
192 000 homens
Baixas
14 607[1]
  • 1 250 mortos
  • 6 414 feridos
  • 6 943 capturados
18 839 mortos, feridos ou capturados[2]

Encorajado pelo sucesso na Batalha de Stalluponen e aconselhado pelo general von François, o comandante alemão Maximilian von Prittwitz, decidiu empreender um ataque ao 1º Exército russo, comandado pelo general Paul von Rennenkampf.

Consciente de que o 2º Exército russo, do general Alexander Samsonov, movia-se pelo norte da Polônia, von Prittwitz decidiu confrontar as tropas de von Rennenkampf, que avançava para o leste, tentando evitar a junção dos dois exércitos invasores.

Batalha

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Tendo designado um corpo de exército para cobrir a retaguarda do 8º Exército alemão contra uma possível aproximação das tropas de Samsonov, von Prittwitz formou três corpos reforçados com uma divisão adicional, dispostos numa linha ao sul de Gumbinnen, por aproximadamente 40 km para o interior da fronteira da Prússia Oriental.

Entretanto, a ofensiva alemã foi prematuramente desencadeada pelo general Herman von François por volta das 4 horas da manhã, mesmo antes que os outros dois corpos tivessem completado seus preparativos para o ataque.

O general August von Mackensen, no centro, e o general Otto von Bellow, ao sul, não atingiram sua capacidade total de combate, enquanto a divisão adicional despachada por von Prittwitz, sequer havia chegado ao teatro de operações, para ter qualquer participação na batalha.

Embora o 1º Exército russo de von Rennenkampf defendesse ferozmente suas posições, seu flanco direito entrou em colapso ao meio-dia, depois de ter esgotado sua munição, e retirou-se, sendo perseguido por von François por 8 km. Esse intervalo levou von Mackensen a lançar seu próprio ataque quando seu corpo estava pronto, por volta das oito da manhã, seguido pelo de von Bullow ao meio-dia.

Porém o 1º Exército russo, alertado pelo ataque prematuro de von François, havia reposicionado sua pesada artilharia na linha de frente, causando um massacre entre as tropas von Mackensen e von Bellow, forçando-os a recuar desordenadamente por cerca de 24 km. O general von François, ciente de que a frente alemã fora bloqueada ao centro e ao sul, viu-se igualmente obrigado a ordenar a retirada de sua divisão.

Aproveitando a desordem que se seguiu, os russos fizeram seis mil prisioneiros alemães.

Sob a intensa comoção causada pela eficácia do contra-ataque russo, e temendo que o 2º Exército de Samsonov se juntasse ao 1º Exército de Rennenkampf, impondo um cerco; von Prittwitz ordenou a retirada geral em direção ao rio Vístula, apesar da aparente falta de interesse de Rennenkampf em perseguir os alemães fugitivos.

As ordens de von Prittwitz, de fato, envolviam a cessão da totalidade da Prússia Oriental ao exército russo.

Desdobramentos

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Helmuth von Moltke, chefe do Estado-Maior alemão em Berlim, irritou-se com a decisão de retirar o 8º Exército da Prússia Oriental, chamando von Prittwitz e seu Chefe de Estado-Maior, von Waldersee, para Berlim, a fim de destituí-los do comando.

O general da reserva, Paul von Hindenburg foi convocado e von Moltke nomeou-o para o comando do 8º Exército, atribuindo-o como Chefe de Estado Maior do 8º Exército o arrojado general Erich Ludendorff, que acabara de se destacar na frente ocidental durante captura da cidade belga de Liege.

Felizmente para von Hindenburg, a retirada para o Vístula não havia sido concluída quando ele chegou em 23 de agosto para assumir o cargo.

Após consultas com Ludendorff e o coronel Max Hoffmann, segundo chefe de operações, Hindenburg conseguiu cancelar a retirada e reagrupar suas tropas para lançar uma nova ofensiva contra o segundo exército russo de Samsonov, engajando-se na decisiva Batalha de Tannenberg.

Referências

  1. Tannenberg 1914,(2005) p. 29.
  2. Tannenberg 1914, Warszawa, 2005; p. 32
  3. Michael Duffy (22 Agosto de 2009). «The Battle of Gumbinnen, 1914» (em inglês). firstworldwar.com. Consultado em 20 de julho de 2017 

Bibliografia

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  • Goodspeed, Donald James (1968). Ludendorff. Soldado: Ditador: Revolucionário. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. 272 páginas 
  • Hoffmann, Max (2005). War Diaries and Other Papers (em inglês) ilustrada ed. Reino Unido: Naval & Military Press. 670 páginas. ISBN 9781845741242 
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