Beata Sancha de Portugal

senhora de Alenquer
 Nota: Se procura outros significados de Santa Sancha, veja Santa Sancha.

D. Sancha Sanches de Portugal (Coimbra, 1180 — Mosteiro de Celas, Coimbra, 1229), a segunda filha do rei D. Sancho I de Portugal,[2][3] foi senhora de Alenquer.

Sancha de Portugal
Beata Sancha de Portugal
Rainha titular de Portugal
Senhora de Alenquer
em oposição a Afonso II de Portugal
Reinado 1212-1229
Nascimento 1180
  Coimbra, Reino de Portugal
Morte 13 de março de 1229 (49 anos)
  Coimbra, Reino de Portugal
Sepultado em Mosteiro de Lorvão transladada Mosteiro de Celas, Coimbra, Reino de Portugal
Nome completo Sancha Sanches
Casa Dinastia de Borgonha
Pai Sancho I de Portugal
Mãe Dulce de Aragão
Religião Cristianismo
Beata Sancha de Portugal
Beatificação 13 de dezembro de 1705
por Papa Clemente XI
Festa litúrgica 20 de junho[1]

Querelas com D. Afonso II de Portugal, seu irmão

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Por morte de D. Sancho I de Portugal, Sancha deveria receber, segundo as disposições testamentárias do pai, o castelo de Alenquer, com o resto do termo da vila, e todos os rendimentos aí produzidos, podendo usar o título de rainha enquanto senhora desse mesmo castelo.

Isto gerou uma luta com seu irmão D. Afonso II de Portugal, que desejando centralizar o poder, obstou à prossecução do testamento do pai, impedindo a infanta-rainha de receber os títulos e os réditos a que tinha direito - de facto D. Afonso II temia que esta pudesse passar a eventuais herdeiros o vasto património que o testamento lhe legava, criando assim um problema à soberania do rei de Portugal e dividindo quase o país ao meio.

O testamento previa também terras e castelos para as suas irmãs D. Teresa e D. Mafalda, tendo-se formado um partido de nobres afectos às infantas, liderado pelo infante D. Pedro (que se acolheu a Leão sob a protecção de Teresa, então rainha de Leão, e tomou algumas praças transmontanas), mas que acabaria por sair derrotado; só com a morte de Afonso II, o seu filho D. Sancho II resolveu o problema, concedendo os rendimentos dos castelos às tias, nomeando os seus alcaides de entre os nomes que estas propusessem, pedindo-lhes apenas que renunciassem ao título de rainhas - assim se estabeleceu enfim a paz no reino, em 1223.

Vida religiosa e beatificação

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Devotada à vida religiosa, fundou o mosteiro de Celas (cisterciense), no qual viveu a maior parte da sua vida; o seu corpo foi depois depositado no Mosteiro de Lorvão, regido pela sua irmã Teresa.[4]

A 13 de Dezembro de 1705, D. Sancha foi beatificada pelo Papa Clemente XI, através da bula Sollicitudo Pastoralis Offici, juntamente com a sua irmã Teresa.[4][5]

Referências

  1. «Beatas Irmãs: Teresa, Mafalda e Sancha». Canção Nova. Consultado em 29 de dezembro de 2023 
  2. Rodrigues Oliveira 2010, pp. 84 y 89.
  3. Sottomayor Pizarro 1997, p. 165, vol. I.
  4. a b Rodrigues Oliveira 2010, p. 89.
  5. Carvalho Correia 2008, p. 187.

Bibliografia

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Ver também

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