Beatriz Ramos
Beatriz Pederneiras Ramos (Rio de Janeiro, 9 de outubro de 1898 — Florianópolis, 1 de junho de 1991), também conhecida como Sizete,[1] foi a primeira-dama do país durante a presidência de seu marido, Nereu Ramos, 20.º presidente do Brasil, entre 11 de novembro de 1955 e 31 de janeiro de 1956, e a segunda-dama brasileira de 1946 a 1951. Durante 10 anos, entre 1935 e 1945, foi a primeira-dama de Santa Catarina.
Beatriz Ramos | |
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Beatriz Ramos em 1957. | |
21.ª Primeira-dama do Brasil | |
Período | 11 de novembro de 1955 até 31 de janeiro de 1956 |
Presidente | Nereu Ramos |
Antecessor(a) | Graciema da Luz |
Sucessor(a) | Sarah Kubitschek |
12.ª Segunda-dama do Brasil | |
Período | 19 de setembro de 1946 até 31 de janeiro de 1951 |
Vice-presidente | Nereu Ramos |
Antecessor(a) | Clotilde de Mello Vianna |
Sucessor(a) | Jandira Café |
18.ª Primeira-dama de Santa Catarina | |
Período | 1 de maio de 1935 até 6 de novembro de 1945 |
Governador | Nereu Ramos |
Antecessor(a) | Guilhermina Ramos |
Sucessor(a) | Antonieta Albuquerque |
Dados pessoais | |
Nome completo | Beatriz Pederneiras Ramos |
Nascimento | 9 de outubro de 1898 Rio de Janeiro, Rio de Janeiro |
Morte | 1 de junho de 1991 (92 anos) Florianópolis, Santa Catarina |
Nacionalidade | brasileira |
Progenitores | Mãe: Avelina Francilvina França Leite Pai: Nicolau Oscar Paranhos Pederneiras |
Cônjuge | Nereu Ramos (c. 1916; v. 1958) |
Filhos(as) | Olga (n. 1917) Nereu Filho (n. 1918) Murilo (n. 1919) Rubens (n. 1921) |
Vida pessoal
editarFilha de Nicolau Oscar Paranhos Pederneiras e Avelina Francilvina França Leite.[2] Beatriz e seu marido tiveram quatro filhos: Olga Ramos de Paula, nascida em 29 de junho de 1917; Nereu Ramos Filho, nascido em 27 de julho de 1918; Murilo Pederneiras Ramos, nascido em 27 de junho de 1919; e Rubens Pederneiras Ramos, nascido em 13 de dezembro de 1921.[1][3]
Ficou viúva em 1958, quando Nereu Ramos faleceu em um acidente aéreo.
Primeira-dama de Santa Catarina
editarBeatriz se tornou a primeira-dama de Santa Catarina em 1935. No papel que exerceu por pouco mais de dez anos, foi pioneira da implantação da Legião Brasileira de Assistência (LBA) no Estado, em meados de 1942. Recebeu uma carta da então primeira-dama do Brasil Darcy Vargas pedindo que fosse implantada em Santa Catarina a entidade de apoio assistencial:[4]
Do Rio de Janeiro:
Senhora Nereu Ramos – Florianópolis.
Em vista das grandes dificuldades que atravessam o nosso país, a mulher brasileira será chamada a cumprir importante missão na proteção ás famílias dos nossos bravos soldados e execução de todos os deveres civis que forem necessários. Com esse objetivo foi fundada nesta Capital, sob a égide da Federação das Associações Comerciais do Brasil, a Legião Brasileira de Assistência. Desejando estender a todo o país os benefícios desta organização, sugerimos que assuma nesse Estado a direção do movimento, em conjunto com a Associação Comercial, que a procurará imediatamente. Muito grata por sua colaboração, saúda cordialmente Darcy S. Vargas.
Beatriz Ramos respondeu pouco tempo depois agradecendo "com as mais efusivas congratulações" pela generosa e patriótica iniciativa da primeira-dama brasileira, pedindo que acolhesse a certeza de que não ela "poupou esforços" para corresponder o "honroso apelo" de dona Darcy.[5]
A Comissão da LBA no Estado de Santa Catarina teve em sua formação inicial a Beatriz Ramos, como primeira-dama do Estado, o Secretário Jaú Guedes, o Tesoureiro Américo Souto e demais funcionários. No dia em que fundou a Legião Brasileira de Assistência em Santa Catarina, Beatriz Ramos mandou um telegrama "a todas as senhoras esposas de prefeitos municipais, dando-lhes instruções e concitando-as a desenvolver esforços no sentido da concretização dos centros municipais".[5]
Em 7 de setembro de 1943, viajou até Blumenau para ser paraninfa da turma da turma de alertadoras.[6]
Primeira-dama do Brasil
editarSeu marido que era o terceiro na linha de sucessão presidencial, assumiu a Presidência do Brasil em 11 de novembro de 1955, após alguns fatores históricos. Beatriz logo emerge como a primeira-dama do Brasil.[7]
Beatriz Ramos deixou ao Museu da República, localizado no Palácio do Catete, um pequeno livro de orações que se encaixa em um ovo de madrepérola, datado de 1700.[8]
Homenagens
editarEm 1943, recebeu uma homenagem durante uma partida de futebol em Santa Catarina. O prêmio para o vencedor do torneio era a Taça Beatriz Paranhos Pederneiras Ramos.[9]
O "Hospital Beatriz Ramos", em Indaial, recebeu o nome da ex-primeira-dama.[10][11]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b http://www.asbrap.org.br/documentos/revistas/rev2_art19.pdf
- ↑ «Family tree of Beatriz Paranhos Pederneiras». Geneanet (em inglês). Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ Personalidades de Lages - Nereu Ramos
- ↑ http://cress-sc.org.br/wp-content/uploads/2014/03/A-Genese-da-Assistencia-Social-em-Santa-Catarinense.pdf
- ↑ a b Erro de citação: Etiqueta
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- ↑ http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/jornais/ana%C3%A7%C3%A3o_Blumenau/1943/NAC1943038.pdf
- ↑ «Nereu Ramos - personalidades - Estadao.com.br - Acervo». Estadão - Acervo. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ Defeito no ar-condicionado põe em risco acervo do Museu da República - O Estado de S. Paulo
- ↑ Vieira, Roberto Luiz Dos Santos (1 de agosto de 2011). «BLOG DO ROBERTO LUIZ DOS SANTOS VIEIRA: 1943: FIGUEIRENSE GANHOU TAÇA EM AMISTOSO NO SUL». BLOG DO ROBERTO LUIZ DOS SANTOS VIEIRA. Consultado em 12 de junho de 2019
- ↑ Hospital Beatriz Ramos
- ↑ http://hemeroteca.ciasc.sc.gov.br/oestadofpolis/1951/EST195111247.pdf
Bibliografia
editar- Ramos Filho, Celso: Coxilha Rica. Genealogia da Família Ramos. Florianópolis : Insular, 2002.
Ligações externas
editar
Precedido por Graciema da Luz |
21.ª Primeira-dama do Brasil 1955 — 1956 |
Sucedido por Sarah Kubitschek |
Precedido por Clotilde de Mello Vianna |
12.ª Segunda-dama do Brasil 1946 — 1951 |
Sucedido por Jandira Café |
Precedido por Guilhermina Schimidt Ramos |
Primeira-dama de Santa Catarina 1935 — 1945 |
Sucedido por Maria Antonieta Albuquerque |