Benedito Lima de Toledo
Benedito Lima de Toledo (São Paulo, 22 de julho de 1934 – São Paulo, 31 de julho de 2019) foi arquiteto e urbanista brasileiro, considerado um dos mais importantes historiadores da evolução urbana da cidade de São Paulo, autor do clássico “São Paulo: três cidades em um século”.[1] Benedito era membro da Academia Paulista de Letras.[2]
Benedito Lima de Toledo | |
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Nome completo | Benedito Lima de Toledo |
Nascimento | 22 de julho de 1934 |
Morte | 31 de julho de 2019 (85 anos) |
Nacionalidade | brasileira |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | arquiteto, escritor, historiador |
Biografia
editarBenedito Lima de Toledo nasceu em São Paulo, em 22 de julho de 1934.[3]
Ele se formou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, em 1961.[4] Foi professor titular da graduação e pós-graduação, em História da Arquitetura.[2] Foi autor de mais de dez livros, sendo as mudanças na urbanização da capital paulista um tema recorrente de suas obras.[2]
Foi pesquisador na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, em 1968. Era especialista em Restauro e Conservação de Monumentos Arquitetônicos pela USP, em 1974, e na École Nationale des Ponts et Chaussées, em 1983.[4]
Era casado com a bibliotecária Suzana Aléssio Toledo.[4]
Obra
editarÉ autor de vasta obra, em que se destacam os livros:[5]
- São Paulo: três cidades em um século. 2ªed. aum. São Paulo, Duas Cidades, 1983.[5]
- Álbum iconográfico da Avenida Paulista. São Paulo, ExLibris/ João Fortes Engenharia, 1987.[5]
- Anhangabaú. São Paulo, FIESP/CIESP, 1989.[5]
- Prestes Maia e as origens do urbanismo moderno em São Paulo. São Paulo, Empresa das Artes/ ABCP, 1996.[5]
É também colaborador na produção de obras, em que se destacam:[5]
- São Paulo: Belle Époque. Texto Benedito Lima de Toledo; desenhos Diana Danon. São Paulo, Ed. Nacional/ EDUSP, 1974.[5]
- A imperial cidade de São Paulo vista por Militão. In: Álbum comparativo da cidade de São Paulo, 1862- 1887: Militão Augusto de Azevedo. São Paulo, SMC/DPH, 1981. p. 5-22.[5]
- São Paulo: registros 1899-1940. Texto Benedito Lima de Toledo e José A. V. Pontes. Fot. Acervo Eletropaulo. São Paulo, Eletropaulo, 1982. (Idem, ed. Inglês).[5]
- Do séc. XVI ao início do séc. XIX: maneirismo, barroco e rococó. In: Zanini, W., org. - História geral da arte no Brasil. São Paulo, Inst. Walther Moreira Salles, 1983. v.1[5]
Frei Galvão: um arquiteto paulista. In: Museu de Arte Sacra. Mosteiro da Luz. São Paulo, Artes, 1987. p.31-8.[5]
- Calixto e a iconografia paulistana. In: Pinacoteca do Estado, São Paulo - Benedito Calixto: memória paulista. São Paulo, Projeto/ Banespa/ Pinacoteca do Estado, 1990, p.25-36.[5]
- O edifício na cidade: uma visão urbanística. In: MUSEU Paulista um monumento no Ipiranga. São Paulo, FIESP/CIESP, 1997. p.344-361[5]
- A cidade de Santos: iconografia e história. Revista USP, São Paulo. Engenho dos Erasmos, n. 41, p.48-61, março/maio 1999.[5]
- Robert Chester Smith e a arquitetura no Brasil. In: Robert C. Smith (1912-1975). A investigação na História da Arte. Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. p.82-107[5]
Relevância
editarDisse ao jornal O Estado de São Paulo: “O ideal de um professor é difundir o conhecimento. Quero que esse material fique disponível para os pesquisadores das gerações futuras, porque assim continuarei contribuindo para difundir o conhecimento”.[4]
No artigo sobre ele na Enciclopédia Cultural é dito:
"Na tese sobre Victor Dubugras, Toledo destaca a importância documental dos cartões-postais para a história da cidade e da arquitetura, tema retomado nos livros Álbum Iconográfico da Avenida Paulista (1987), Anhangabaú (1989) e Prestes Maia e as Origens do Urbanismo Moderno em São Paulo (1996). Neles, aproveita grande parte de sua coleção iconográfica. Complementados com mapas da cidade, planos urbanísticos, plantas, cortes e elevações de edificações variadas, o material colecionado por Toledo é de extremo interesse para quem se dedica a conhecer São Paulo e sua arquitetura.
Parte dele é explorado no livro São Paulo: Três Cidades em um Século (1981). Conformado por uma série de ensaios escritos originalmente para os jornais O Estado de S. Paulo e o Jornal da Tarde, cujo objetivo é mais documentar os “danos irreversíveis ao patrimônio cultural da cidade” e despertar uma consciência patrimonialista do que analisar as transformações em curso do ponto de vista das forças econômicas, políticas, sociais e culturais envolvidas na construção da cidade. O livro apresenta uma tese de grande aceitação entre pesquisadores de outras áreas. Segundo Toledo, “(...) a cidade de São Paulo é um palimpsesto – um imenso pergaminho cuja escrita é raspada de tempos em tempos, para receber outra nova, de qualidade literária inferior, no geral. Uma cidade reconstruída duas vezes sobre si mesma [no século XX]”."[3]
Morte
editarBenedito Lima de Toledo faleceu aos 85 anos, em 31 de julho de 2019, em São Paulo.[4]
Referências
- ↑ «Morre o arquiteto Benedito Lima de Toledo, historiador de São Paulo | CAU/SP». www.causp.gov.br. Consultado em 20 de fevereiro de 2020
- ↑ a b c «Morre Benedito Lima de Toledo, arquiteto membro da Academia Paulista de Letras». Folha de S.Paulo. 31 de julho de 2019. Consultado em 20 de fevereiro de 2020
- ↑ a b Cultural, Instituto Itaú. «Benedito Lima de Toledo»
- ↑ a b c d e Aos 85 anos, morre o arquiteto Benedito Lima de Toledo, historiador de São Paulo - CAU/BR, 31 de julho de 2019, consultado em 21 de março de 2020
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o «Sobre o acadêmico Benedito Lima de Toledo - cadeira 39»