Bento Mossurunga

músico brasileiro

Bento João de Albuquerque Mossurunga, conhecido como Bento Moçurunga (Castro, 6 de maio de 1879Curitiba, 23 de outubro de 1970) foi um maestro, pianista, violinista, regente de música e compositor brasileiro.[1]

Bento Moçurunga
Informação geral
Nome completo Bento João de Albuquerque Moçurunga
Nascimento 6 de maio de 1879
Local de nascimento Castro, PR
País Imperio do Brasil
Morte 23 de outubro de 1970 (91 anos)
Local de morte Curitiba, PR
Ocupação(ões) compositor, pianista, violinista e regente

Iniciação musical

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Bento era filho do tabelião João Bernardes de Albuquerque e de Graciliana Reis de Albuquerque. Foi registrado com um acréscimo em seu sobrenome: 'Mossurunga' (um simples apelido). Em casa, o ambiente era muito musical, pois seu pai e seu irmão tocavam viola e violão, enquanto suas irmãs tocavam órgão. Ainda pequeno aprendeu a tocar violinha sertaneja, tendo crescido entre violeiros populares e ouvindo música produzida por ex-escravos libertos que moravam numa colônia próxima à sua casa.[2]

Em 1895 foi para Curitiba estudar piano e violino no Conservatório de Belas Artes. Além de estudar, trabalhava numa loja de chapéus e freqüentava o Grêmio Musical Carlos Gomes, tendo convivido com os compositores e músicos da época. Após um período de volta à terra natal (1897 - 1902), retornou a Curitiba e retomou seus estudos musicais, enquanto lecionava piano e apresentava-se num café-concerto.[2]

No Rio de Janeiro

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Em 1905, a revista carioca O Malho publicou sua valsa Bela morena, o que o incentivou a mudar-se para o Rio de Janeiro, onde começou a atuar como violinista no teatro de variedades Guarda Velha. Prosseguiu seus estudos no Instituto Nacional de Música, passando a integrar em 1907 a orquestra do Centro Musical, regida por Antônio Francisco Braga, como primeiro violino.[2]

Sua carreira como maestro se iniciou em 1916 na companhia do Teatro São José, onde foi auxiliar do maestro José Nunes até a morte deste, quando então assumiu o cargo de diretor do teatro. No período de 1918 a 1922, Bento Mossurunga dirigiu ensaios, fez instrumentações e musicou operetas, revistas e burletas, de autores como Cardoso de Meneses, Viriato Correia e Gastão Tojeiro. Depois dessa fase, foi regente em diversos teatros cariocas, como o Lírico, o Apolo, o Carlos Gomes e o Recreio Dramático.[2]

Ainda morando no Rio de Janeiro, casou-se com Belosina Lima em 21 de setembro de 1924.[2]

De volta a Curitiba

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Em 1930 voltou a Curitiba para dirigir um curso de música e trabalhar na Sociedade Musical Renascença. Fundou a Sociedade Orquestral Paranaense e passou a produzir para o teatro musicado e a compor hinos, canções e obras para orquestra. Em 1946 organizou, com um grupo de estudantes e músicos, a Orquestra Estudantil de Concertos, que em 1958 se transformaria na Orquestra Sinfônica da Universidade do Paraná.[2]

Em 1947, seu Hino do Paraná, composto em 1903, tornou-se o hino oficial do Estado. Foi professor de canto orfeônico no Colégio Estadual do Paraná e de instrumentação na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.[2]

Sua obra popular, que inclui numerosos sambas, tangos, choros, marchas carnavalescas, valsas e mazurcas perdeu-se em grande parte. Musicou, entre outras, as seguintes peças:[2]

  • Gato, baeta, carapicu, revista de Cardoso de Meneses (em colaboração com Bernardo Vivas) (1920)
  • Reco-reco, de Carlos Bittencourt e Cardoso de Meneses (1921)
  • Olelê olalá, de Carlos Bittencourt e Cardoso de Meneses (em colaboração com Freire Júnior (1922)
  • Segura o boi, de Carlos Bittencourt e Cardoso de Meneses (1921)
  • Meu bem, não chora!, de Carlos Bittencourt e Cardoso de Meneses (em colaboração com Assis Pacheco) (1922)
  • Florzinha, opereta de Ivete Ribeiro (em colaboração com Henrique Vogeler) (1927)
  • Boas falas, revista de Bastos Tigre (1927)

Obras do autor

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Música orquestral[2]
  • Bucólica paranaense (s.d.)
  • Dezenove de Dezembro (hino militar) (1904)
  • Guaicará (s.d.)
  • Hino do Paraná (1903)
  • Ingrata (mazurca) (1904)
  • Marcha da cidade de Curitiba (s.d.)
  • Ondas do Iapó (s.d.)
  • Pintassilgo dos pinheirais (s.d.)
  • Rincão (s.d.)
  • Sapecada (s.d.)
  • Hino do Município de Telêmaco Borba (s.d.)
  • Hino do Colégio Estadual do Paraná.
Música instrumental[2]
  • Doce reminiscência (para piano) (s.d.)
  • Fantasia romântica (para violino e piano) (s.d.)
  • Serenata (para piano) (s.d.)
  • Serenata rústica (para celo e piano) (s.d.)
Música vocal[2]
  • Bandeira do Brasil (para quatro vozes) (s.d.)
  • Berceuse (para canto e piano) (s.d.)
  • Canções paranaenses (para canto e piano) (s.d.)
  • Luar no mato (para canto e piano) (s.d.)
  • Nosso Brasil (para canto e piano) (s.d.)
  • Ondas do Iapó (para soprano e orquestra)
  • Só (para canto e piano) (s.d.)

Ligações externas

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Referências

  1. «Biografia no Cravo Albin». dicionariompb.com.br. Consultado em 11 de julho de 2013 
  2. a b c d e f g h i j k Governo do Paraná (8 de setembro de 2011). «Biografia». Paraná Turismo. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo. Consultado em 11 de agosto de 2021