Bento Ribeiro
Bento Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro (Jaguarão, 20 de setembro de 1856 — Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1921) foi um militar e político brasileiro.[1]
Bento Ribeiro | |
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Prefeito do Distrito Federal | |
Período | 16 de novembro de 1910 16 de novembro de 1914 |
Antecessor(a) | Serzedelo Correia |
Sucessor(a) | Rivadávia da Cunha Correia |
Dados pessoais | |
Nome completo | Bento Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro |
Nascimento | 20 de setembro de 1856 Jaguarão, Rio Grande do Sul |
Morte | 28 de agosto de 1921 (64 anos) Rio de Janeiro, Distrito Federal |
Ele era neto do herói militar Bento Manuel Ribeiro, que combateu na Guerra da Cisplatina e na Guerra dos Farrapos.
Bento foi prefeito do então Distrito Federal entre 16 de novembro de 1910 e 16 de novembro de 1914, durante o governo do Marechal Hermes da Fonseca.
Ao tomar posse na prefeitura, implantou um programa rigoroso de contenção de despesas, na tentativa de estabilizar as finanças municipais. Deu porém grande contribuição à cultura, concedendo à Biblioteca Municipal autonomia administrativa. Com a transferência da Escola Normal para um novo edifício construído no Estácio, sua antiga sede foi restaurada para que a Biblioteca Municipal fosse ali instalada, podendo voltar-se para as suas finalidades e organizar seus serviços e livros.[1]
Sensível à má remuneração do funcionalismo municipal, Bento Ribeiro defendeu junto ao Legislativo o aumento dos vencimentos dos funcionários. Também reduziu a jornada de trabalho dos empregados no comércio, sendo um dos primeiros políticos brasileiros a tratar de questões referentes às condições de trabalho.[1]
Tentou concretizar um projeto não realizado de Pereira Passos, a criação de um Parque Zoológico, mas não dispunha de terreno apropriado. O parque da Quinta da Boa Vista, após ter sido remodelado e incorporado ao patrimônio da prefeitura, foi cotado para abrigar o Zoológico. Entretanto, tal projeto somente seria realizado anos mais tarde, na gestão do prefeito Henrique Dodsworth (1937-1945).[1]
Deu continuidade às obras de viação iniciadas na administração anterior, bem como à conservação e melhoramento de alguns logradouros públicos, com a pavimentação de ruas, conservação de estradas e caminhos, construção de muralhas de sustentação, obras contra inundações, canalizações de rios, construção de galerias de águas pluviais, bueiros e pontes.[1]
Em 1914, urbanizou a área do Forte de Copacabana, no promontório em que se situava a Igrejinha de Copacabana, posteriormente demolida. Autorizou a Companhia Jardim Botânico a prolongar as linhas de bondes de Ipanema até o Leblon.[1]
O bairro de Bento Ribeiro, na cidade do Rio de Janeiro, recebeu esse nome em sua homenagem.[2]
Retornando ao Exército, foi Chefe do Estado-Maior, entre 19 de fevereiro de 1915 e 30 de abril de 1921.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f «Bento Manuel Ribeiro Carneiro Monteiro» (PDF). Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 25 de janeiro de 2021
- ↑ Lucena, Felipe (17 de abril de 2017). «Breve História do bairro de Bento Ribeiro». Diário do Rio de Janeiro. Consultado em 28 de maio de 2019
- ↑ «Ex-Chefes do EME». Consultado em 25 de janeiro de 2021
Precedido por Serzedelo Correia |
Prefeito do Distrito Federal (1889-1960) 1910 — 1914 |
Sucedido por Rivadávia da Cunha Correia |
Precedido por Antônio Geraldo de Souza Aguiar |
10º Chefe do Estado-Maior do Exército 1915 - 1921 |
Sucedido por Celestino Alves Bastos |