Biblioteca de Manguinhos
A Biblioteca de Manguinhos é uma instituição brasileira, depositária do patrimônio bibliográfico e documental da atual Fundação Oswaldo Cruz. Seu acervo teve início junto com a instituição, em 1900, com publicações de áreas como microbiologia, parasitologia, zoologia, entomologia e botânica. Recebeu publicações europeias, incluindo raridades de séculos anteriores e revistas científicas da época; e também doações de coleções de pesquisadores do Instituto e adquiriu livros no Rio de Janeiro.[1]
Biblioteca de Manguinhos | |
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Tipo | biblioteca |
Geografia | |
Coordenadas | |
Localização | Rio de Janeiro - Brasil |
História
editarSeu funcionamento iniciou em um barracão próximo do atual Pavilhão Mourisco, à época em construção. Além de depósito para os livros e revistas, o local era o espaço em que pesquisadores da instituição se reunirem e discutias os artigos atuais que ali se encontravam. Em 1903, o projeto do Castelo Mourisco passou a incluir um espaço para abrigar essa biblioteca que estavam em conformação, incluindo salão de leitura e espaço para acervo.[1]
O primeiro bibliotecário-chefe foi o bibliófilo Assuerus Hippolytus Overmeer, contratado em 1909 por Oswaldo Cruz para organizar o acervo e gerir a coleção. Ele adquiriu catálogos e outros recursos técnicos de acesso às coleções. Em seguida, Emilia Machado de Bustamante assumiu a função e a exerceu em dois períodos: entre 1946 e 1965, e entre 1971 a 1976. Ela expandiu o acervo, principalmente por meio da permuta de periódicos.[1]
Esse crescimento exponencial do acervo provocou desafios com o espaço físico; que, em partes, foi solucionado com a criação do Centro de Informação Científica e Tecnológica (CICT), em 1986, e a construção do Pavilhão Haity Moussatché.[2]
Seção de Obras Raras A. Overmeer
editarA seção de Obras Raras da Biblioteca de Manguinhos está localizada no 3º andar do Pavilhão Mourisco. Na década de 1990, foi nomeada em homenagem ao seu primeiro bibliotecário-chefe, A. Overmeer.[3][4]
São cerca de setenta mil volumes dos séculos XVIII, XIX e XX, que estão alocados no Pavilhão Mourisco desde a inauguração da da Biblioteca, em 1909.[2][5] São 8.000 livros, 70.000 periódicos e 2.000 teses, manuscritos e folhetos, publicados entre os séculos XVII e XX. Além disso, 604 periódicos nacionais e internacionais (alguns existem apenas nesta biblioteca).[1]
As obras abrangem ciências biológicas (como botânica, farmacologia, genética e zoologia), ciências da saúde (como farmácia e medicina) e saúde pública; além de obras de cunho histórico sobre o Brasil e outros países.[1]
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Ex-libris do Instituto Oswaldo Cruz
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Ex-libris de Oswaldo Cruz
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Folheto
Referências
- ↑ a b c d e Bortoletto, Maria Élide; Sant'Anna, Marilene Antunes (abril de 2002). «A história e o acervo das obras raras da Biblioteca de Manguinhos». História, Ciências, Saúde-Manguinhos: 187–203. ISSN 0104-5970. doi:10.1590/S0104-59702002000100009. Consultado em 1 de agosto de 2023
- ↑ a b TARTAGLIA, Ana Roberta (2018). «As Encadernações Da Coleção De Obras Raras E Especiais Da Casa De Oswaldo Cruz: Um Estudo Para Sua Preservação» (PDF). Casa de Oswaldo Cruz - Fiocruz. Consultado em 1 de agosto de 2023
- ↑ «Assuerus Hippolytus Overmeer - Base Arch». basearch.coc.fiocruz.br. Consultado em 1 de agosto de 2023
- ↑ Rodrigues, Jeorgina Gentil (dezembro de 2007). «O espelho do tempo: uma viagem pelas estantes do acervo de obras raras da Biblioteca de Manguinhos». Perspectivas em Ciência da Informação: 180–194. ISSN 1413-9936. doi:10.1590/S1413-99362007000300013. Consultado em 1 de agosto de 2023
- ↑ «Seção de Obras Raras». www.obrasraras.fiocruz.br. Consultado em 1 de agosto de 2023