Blondi (194130 de abril de 1945)[1] foi uma cadela pastor-alemão pertencente a Adolf Hitler, presenteada a ele por Martin Bormann.[2] Blondi permaneceu com Hitler mesmo quando ele se mudou para o búnquer subterrâneo em janeiro de 1945. Em março, ou mais provavelmente em abril de 1945, ela deu luz à uma cria de cinco filhotes com o pastor alemão Harras, pertencente a Paul Troost.[3] Hitler batizou um dos filhotes de "Lobo", seu apelido favorito e o significado de seu próprio nome, Adolf ("lobo nobre"), treinando-o.[4][5]

Blondi

Blondi em 1942
Espécie Canis lupus familiaris
Raça Pastor Alemão
Sexo Fêmea
Nascimento 1941
Morte 29 de abril de 1945 (3–4 anos)
Berlim, Alemanha Nazista
Causa da morte Envenenamento por cianeto
Nacionalidade Alemanha Nazista
Proprietário Adolf Hitler
Filhos Wulf e mais quatro filhotes

De acordo com testemunhas, Hitler era muito afeiçoado à Blondi, mantendo-a a seu lado e permitindo que ela dormisse em seu quarto no búnquer, uma afeição não compartilhada por Eva Braun, companheira de Hitler, que preferia seus dois cães scottish terrier, Negus e Stasi (ou Katuschka).[6] De acordo com Traudl Junge, secretária pessoal de Hitler, Eva detestava Blondi e costumava chutá-la por baixo da mesa de jantar.[7]

Antes de Hitler cometer suicídio em 30 de abril de 1945, ele ordenou que o médico Werner Haase testasse em Blondi os comprimidos de cianeto que ele utilizaria, temendo que as pílulas fossem falsas. Comprovada a eficácia do veneno, ele ficou completamente inconsolável e tirou sua própria vida pouco tempo depois quando ficou cercado pelos soviéticos.[8] De acordo com um relatório encomendado por Stalin e baseado em depoimentos de testemunhas, o sargento Fritz Tornow, que cuidava dos cães no búnquer, arrancou as crias de Blondi dos braços dos filhos de Joseph Goebbels e matou os animais a tiros no jardim do búnquer. Ele então matou os cães de Eva Braun e seu próprio dachshund com uma injeção letal. Tornow foi posteriormente capturado pelos aliados.[9] Quando a Batalha de Berlim terminou, o corpo da cadela foi exumado e fotografado pelos soviéticos.[10] Há, também, quem diga que Hitler matou sua própria cadela e os cães da casa pois tinha medo do que os soviéticos poderiam fazer com ela quando invadissem.

Referências

  1. Roger Eatwell (1995). Fascism: a history. Chatto & Windus. pp. 152.
  2. Comfort, David (1994). The first pet history of the world. New York: Simon & Schuster. pp. 247. ISBN 0-671-89102-2.
  3. Eberle, Henrik; Uhl, Matthias; MacDonogh, Giles (2000). The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared for Stalin from the Interrogations of Hitler's Personal Aides. PublicAffairs. pp. 188. ISBN 978-1-58648-456-9.
  4. Bullock, A. (1962) Hitler: A Study in Tyranny. Penguin Books. pp. 785.
  5. Kohler, Joachim; Taylor, Ronald K. (2001). Wagner's Hitler: The Prophet and His Disciple. Polity Press. pp. 19. ISBN 0-7456-2710-2.
  6. Junge, Traudl, Until the Final Hour, 2002, ISBN 0-297-84720-1
  7. Traudl Junge: Bis zur letzten Stunde. Hitlers Sekretärin erzählt ihr Leben. Claassen, Düsseldorf 2001, ISBN 3-546-00311
  8. O'Donnell, James (1978). The bunker: the history of the Reich Chancellery group. Boston: Houghton Mifflin. pp. 166. ISBN 0-395-25719-0.
  9. The Hitler Book: The Secret Dossier Prepared For Stalin From The Interrogations of Hitler's Personal Aides, Edited by Henrik Eberle and Matthias Uhl and translated by Giles MacDonogh, Public Affairs, 2005, ISBN 1586483668.
  10. Tony le Tissier. Berlin Then and Now. After the Battle, 1992.

Ligações externas

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